quinta-feira, 1 de maio de 2014

Artigo no Jornal O Estado - A base aliada do Planalto

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 20 de Fevereiro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/base-aliada-do-planalto


A presidente Dilma Rousseff (PT) quando encerrar a reforma ministerial, poderá ter a maior base de apoio da história da novíssima república. A maior base parlamentar dos últimos vinte anos no Congresso Nacional, com o apoio de aproximadamente 357 parlamentares de um universo de 501. O presidencialismo de coalizão sobre a tutela do Partido dos Trabalhadores nos últimos doze anos.
O Planalto tem dez partidos com representantes na Esplanada dos Ministérios no período de termino de mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). O PROS e o PTB são os novos inquilinos da base aliada lulista-dilmista com assento numa autarquia do Governo Federal. O Brasil tem ao todo 39 ministérios na sua máquina administrativa.

O Congresso deveria ser uma seara de tranquilidade para a presidente Dilma Rousseff (PT), com uma oposição real (PSDB – DEM – PPS – SDD) reduzida a somente pouco mais de 100 parlamentares, para vetar os projetos do Governo federal. A realidade política das votações na Câmara e no Senado têm sido o oposto do esperado pelo Planalto, em função do gigantismo da sua base aliada.
Os parlamentares peemedebistas já iniciaram um processo lento e gradual de infidelidade nas votações dos projetos de interesses do Planalto. A bancada do PSD ainda não aderiu por completo à base aliada congressista da presidente Dilma Rousseff (PT). O bloco partidário (PP – PROS) não vai receber nenhum ministério na reforma do primeiro e segundo escalão do Governo federal, com isso aproximadamente 50 parlamentares são governistas apenas de forma simbólica no papel.
A presidente Dilma Rousseff (PT) começa a temer a maneira como as cúpulas dos partidos aliados do Planalto, não têm interesse de impedir as alianças regionais, com os seus principais adversários: PSDB e PSB. Na região Sul – Sudeste já são vários os palanques duplos ou triplos das siglas partidárias com espaço administrativo no Governo Federal. O ministro da Casa Civil, o economista Aloizio Mercadante (PT), não tem dúvida dessas traições consentidas da bancada governista nas votações do Congresso e dos palanques múltiplos dos partidos aliados nos estados.
O Partido dos Trabalhadores não cedeu espaço na reforma ministerial aos seus aliados no Congresso, com isso ainda será o maior partido beneficiado no presidencialismo de coalizão. O PMDB não deverá romper com o PT na chapa majoritária de reeleição da presidente Dilma Rousseff e do vice – presidente Michel Temer, mas com certeza os seus principais diretórios estaduais vão apoiar os presidenciáveis de oposição: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

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