quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Cavalo de Troia de Sarto segue sendo empurrado às muralhas do Palácio da Abolição

 



Foi de estarrecer o discurso do prefeito Sarto, no fim de semana, sobre o cumprimento de 64% do plano de governo, elaborado durante a campanha de 2020 à Prefeitura de Fortaleza. Ao jogar números aleatórios de sua gestão, sem comprovação, Sarto ignora a dor do fortalezense na falta de políticas públicas, emprego, saúde, cultura, transportes e infraestrutura. A educação é uma rara exceção, em sua parte física, não na qualidade do ensino, mas por causa da continuidade dos projetos do ex-prefeito Roberto Cláudio. Ainda na educação, Sarto se vale de parcerias com o Governo do Estado, sendo a prefeitura a parte menor.


O plano de governo de Sarto previa geração de emprego, mas o próprio prefeito de Fortaleza persegue vendedores ambulantes, como ocorre com trabalhadores que há quase três décadas buscaram o sustento de suas famílias na Praça Coração de Jesus. Após um mês da entrega da reforma da praça, mesmo que incompleta, fiscais da Agência de Fiscalização (Agefis) impedem o retorno dos trabalhadores, diante da “oferta” de alguns quiosques que foram adquiridos por quem nunca trabalhou na Praça Coração de Jesus, tampouco houve facilitação àqueles que se dedicaram décadas na venda de milho verde, água de coco, batatinha frita, churrasquinhos e salgados. Também não houve transparência, segundo os vendedores ambulantes, na aquisição dos quiosques.

"Cabe ao poder público, de forma absolutamente transversal, em todos os temas, inserir dimensões e mecanismos que fomentem e induzam a geração de emprego e renda", aponta um trecho do plano de governo de Sarto, sobre geração de emprego e renda.


Em março deste ano, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, mostrou que Fortaleza alcançou um saldo positivo de 3.449 vagas de emprego, por causa do setor de serviços. No entanto, o número é consequência de investimentos do Estado no setor, puxado pelo turismo e eventos.


Enquanto isso, em dados mais recentes, setembro/outubro, a Pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza mostra que três em cada quatro consumidores estão endividados.


No critério ética e transparência do plano de governo, "os valores éticos são absolutamente os alicerces mais fundamentais que devem sustentar o Plano de Governo em todos os seus níveis, bem como a transparência dos atos públicos, pressuposto para o engajamento dos cidadãos no acompanhamento de todas as ações do poder público".


Mas não foi isso o que ocorreu quando do fechamento abrupto do Gonzaguinha da Messejana, quando nenhuma audiência pública foi realizada, tampouco laudos técnicos foram apresentados à sociedade ou órgãos fiscalizadores.


Outra afronta à população foi a divulgação do prazo para a entrega do novo Gonzaguinha da Messejana, mesmo sem a apresentação de um cronograma da obra. O prefeito anunciou para o ano eleitoral o novo hospital. No discurso cru e frio, o grande feito de Sarto será entregar à população o que ele próprio tirou.


É certo que o plano de governo, mesmo com apenas cinco páginas, está longe dos 64%, o que daria o cumprimento de três páginas e menos de um parágrafo da quarta página. Também é certo que o discurso do cumprimento do percentual de 64% não foi direcionado à população, mas ao governo eleito de Elmano (PT), como forma de o grupo político o qual Sarto está inserido demonstre força e consiga secretarias estaduais.


E Sarto é o melhor Cavalo de Troia... É o que restou ao grupo, após perder cadeiras na Câmara Federal e de iminente esvaziamento na Assembleia Legislativa.


Sarto foi convencido - ou se deixou convencer - que faz boa administração, ao ponto de vislumbrar um clima vitorioso de Copa do Mundo: "Time que está ganhando a gente não mexe".


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e diretor-gerente da Consultoria LCFB







Alexandre Pereira e a equipe de transição do Turismo de Lula

 



O secretário do Turismo de Fortaleza e empresário Alexandre Pereira fará parte da equipe de transição ou preparação para o terceiro mandato presidencial de Lula ( PT) e Geraldo Alckmin (PSB), no setor do turismo. Alexandre Pereira é indicação da direção nacional do Cidadania, na condição de técnico conceituado e dirigente partidário, para tão valiosa equipe de planejamento das políticas públicas. 


 direção nacional do Cidadania acredita na necessidade do fortalecimento da Frente Ampla, como principal eixo político-administrativo do futuro Governo Federal, isso é independente das suas críticas passadas ao lulopetismo. É um posicionamento de amadurecimento por parte do Cidadania, como também é uma maneira de trazer parte da federação partidária da qual faz parte em conjunto, com o PSDB nacional, para dentro do Governo Federal, como integrante formal.

A Frente Ampla no Ceará começa a ganhar o seu contorno através do Cidadania, e como também do PSB, em função dos seus espaços, no processo de transição de Jair Bolsonaro, para Lula e Geraldo Alckmin. Já a agremiação outrora PCB ou PPS acaba sendo o herdeiro natural do bloco partidário (Cidadania - PSDB e Podemos) que apoiou a candidatura majoritária presidencial da senadora, Simone Tebet (MDB), no que poderíamos chamar de pós-lulismo liberal ou novo campo de centro não fisiológico, como o não centrão tradicional.

A Consultoria LCFB previa que o presidente estadual do Cidadania, Alexandre Pereira, seria chamado como representante da agremiação partidária a nível nacional, na tarefa de consolidação da Frente Ampla, no terceiro mandato presidencial de Lula (PT), e assim como a construção da Frente Ampla, em solo cearense, como o parceiro político-administrativo do futuro Governo Estadual sob a tutela do deputado estadual Elmano de Freitas (PT), a partir do próximo ano.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e diretor-gerente da Consultoria LCFB




segunda-feira, 28 de novembro de 2022

E o Eleitorado Oposicionista Cearense

 



O Boletim Informativo da Consultoria LCFB - E o Eleitorado Oposicionista Cearense


O tamanho do eleitorado oposicionista cearense é algo acima de 45% dos votos válidos, constatado no resultado do primeiro turno do pleito eleitoral local. Não é um capital político - eleitoral desprezível para as forças oposicionistas, contudo, as coligações partidárias oposicionistas entraram em total colapso: Capitão Wagner (União Brasil - PL) e Roberto Cláudio (PDT - PSD).

O governador eleito petista, Elmano de Freitas, não vai fazer muito esforço para atrair algumas lideranças da oposição, porém, sem vocação de ser oposicionista. A Consultoria LCFB já fazia a previsão do movimento político-eleitoral espontâneo do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), em direção ao lulopetismo, todavia, não conversou nem com o ex-governador Ciro Gomes (PDT), e muito menos com o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT). José Sarto vai tentar criar o seu próprio grupo político.

O deputado federal Capitão Wagner é o presidente estadual do União Brasil (UB), mas, os parlamentares eleitos desta agremiação partidária vão fazer as suas alianças privadas, com o Governo Estadual, no próximo ano. Sendo esse o caso da deputada federal Fernanda Pessoa (UB) e do deputado estadual Firmo Camurça (UB), assim como dos deputados federais independentes, porém, não oposicionistas ao governador Elmano de Freitas (PT): Moses Rodrigues (UB) e Danilo Forte (UB).

Anexo:

O presidente estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo, não vai evitar a fragmentação de sua agremiação partidária, em vários grupos de interesses: Cid - Ivo Gomes, José Sarto e outros. A Consultoria LCFB acredita que a única saída do André Figueiredo é o cargo de ministro do Governo Federal, para iniciar o processo de reconstrução do trabalhismo cearense sem os Ferreira Gomes.

O presidente estadual do Partido Liberal, Acilon Gonçalves, ainda vai manter o seu silêncio estratégico após o término do segundo turno. O mesmo processo está sendo usado pelo futuro deputado federal, André Fernandes (PL), nos últimos dias. A Consultoria LCFB acredita num vácuo na esfera partidária cearense de uma força oposicionista minimamente organizada. O eleitorado oposicionista de perfil de direita conservador não vai desaparecer tão facilmente, contudo, a própria será a apartidária como no período pré - Jair Bolsonaro (2013 - 2018).

O governador eleito cearense, Elmano de Freitas (PT), vai precisar criar uma liderança oposicionista artificial, pois é necessária a divisão do eleitorado de sentimento contrário ao lulopetismo entre os bolsonaristas, ciristas e independentes. O bloco partidário de caráter oposicionista artificial é uma saída viável para a articulação do Governo Estadual a partir do próximo ano. Elmano de Freitas tem a compreensão de que sempre terá algo próximo ⅓ ou 33% do eleitorado cearense refratário a sua administração pública, porém, na cidade de Fortaleza; é mais de 40% do eleitorado local.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é diretor - executivo da Consultoria LCFB


terça-feira, 22 de novembro de 2022

Elmano de Freitas e o papel do PDT cearense?

 




O Boletim Informativo da Consultoria LCFB - Elmano de Freitas e o papel do PDT cearense?

O governador eleito petista, Elmano de Freitas, vai manter uma boa relação institucional, com a bancada pedetista, na Assembleia Legislativa do Ceará, num relacionamento de varejo ou relacionamento individual, com o parlamentar trabalhista. A vitória do lulopetismo sem a participação do cirismo-trabalhista como aliado no primeiro turno, e sim como adversário, com certeza mudou a relação entre PT e o PDT,o que se refletirá nos próximos quatro anos.

A Consultoria LCFB acredita que o principal parceiro político-administrativo do governador Elmano de Freitas é o Partido dos Trabalhadores, com o apoio do Governo Federal, então não há espaço relevante para outro ator político-eleitoral da mesma proporção, mas, somente para aliados secundários: Progressistas, MDB, PC do B, PV e outros. A direção estadual do PDT tem noção do seu papel como contraponto político - eleitoral ao governador Elmano de Freitas (PT), que foi bem construído no imaginário popular durante o pleito eleitoral de 2022, a nível estadual. O senador petista eleito, Camilo Santana, não convidou o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), e nem o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Henrique (PDT), para a campanha do segundo turno do presidenciável petista, no Ceará.

A direção estadual do Partido dos Trabalhadores avalia a possibilidade, nada remota, de uma candidatura majoritária oposicionista ao prefeito de Fortaleza, no pleito eleitoral de 2024. O lulopetismo cearense não tem interesse numa sobrevida do cirismo-trabalhista as suas custas. É simplesmente a tradicional soma zero das ciências políticas (+2 -2: 0), pois o mais dois é o lulopetismo e o menos dois cirismo - cidista, nesta equação da política cearense, no campo progressista.

Anexo:

O governador Lúcio Alcântara quando perdeu a sua reeleição, no pleito eleitoral de 2006, o próprio saiu do PSDB, e foi para o Partido da República ou futuro Partido Liberal. O senador Tasso Jereissati manteve o tucanato cearense, no primeiro mandato (2007-2010) do governador Cid Gomes (PSB), contudo, no segundo mandato (2011-2014) do governador Cid Gomes (PSB), a bancada tucana saiu quase toda, para o recém fundado Partido Social Democrata, no ano de 2011. O papel do tucanato cearense foi o de ser uma oposição sazonal ou aliado sazonal dos seguintes governadores: Cid Gomes (2011-2014) e Camilo Santana - Izolda Cela (2015-2022).

A Consultoria LCFB acredita no processo de hegemonia do lulopetismo, no condomínio político - institucional do futuro governador cearense, Elmano de Freitas, nos próximos quatro anos. A Consultoria LCFB prevê a saída de alguns parlamentares pedetistas para outros partidos, em processos de fusões ou de assimilações: Solidariedade + PROS; Podemos + PSC e outros. O senador Cid Gomes (PDT) é um aliado do futuro governador Elmano de Freitas, contudo, não é o fiador da governabilidade, já temos uma gama de aliados de primeira hora: Federação Partidária ( PT, PC do B e PV), MDB, Progressistas e outros. Num segundo plano como novos aliados do próximo Governo Estadual: PSB, Cidadania, Avante, PROS e outros.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é diretor - executivo da Consultoria LCFB


sexta-feira, 11 de novembro de 2022

A Frente Ampla no Brasil e no Ceará

 




O ex-presidente Lula (PT) precisou apenas de menos de duas semanas, após a sua vitória, no segundo turno, para a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL), para reorganizar a sua base parlamentar. Lula literalmente já reuniu o seu centro democrático no Congresso, para o biênio 2023 - 2024: PSD, MDB, PDT, Avante, PROS, Solidariedade e Outros. A federação partidária lulopetista (PT, PC do B e PV) em parceria com o Partido Socialista Brasileiro (PSB); é sem dúvida a nave mãe do terceiro mandato de Lula.


A Consultoria LCFB acredita na substituição do modelo administrativo do grande guarda-chuva político e administrativo do lulopetismo, pois tínhamos vários partidos de todas as cores ideológicas: do PC do B (Comunistas) até o Progressistas ( Ex-Arena). O novo modelo pós-lulismo é o ônibus - administrativo, com os partidos progressistas, nas cadeiras da frente, e os aliados do segundo turno da sucessão presidencial, nas cadeiras de centro, com certeza os adesistas, nas cadeiras de fundo. A Consultoria LCFB prevê um processo de inclusão de várias correntes políticas, no terceiro mandato presidencial tendo a frente Lula (PT).


O governador eleito do Ceará, o deputado estadual Elmano de Freitas (PT), sem dúvida vai manter o condomínio político-administrativo do ex-governador Camilo Santana (PT), contudo, o principal parceiro da administração pública, não será o grupo do senador Cid Gomes (PDT) sem os ciristas, pois esse papel é da seção cearense do Partido dos Trabalhadores. Elmano de Freitas vai manter o modelo administrativo e político ao estilo guarda-chuva, com a federação partidária lulopetista (PT, PC do B e PV) ao centro, já próximo do centro, mais ainda na sombra, o MDB e o Progressistas, porém, os seguintes partidos entre a sombra parcial e a não sombra total: PDT, PSB e Cidadania - PSDB. Não é um modelo de muita inclusão, mas somente de adesão espontânea dos aliados de segundo turno da sucessão presidencial; em solo cearense ao Governo Estadual. 


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é diretor - executivo da Consultoria LCFB 


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Os prováveis cearenses serão ministros do Lula e Geraldo Alckmin: André Figueiredo (PDT) e José Pimentel (PT)

 




A Consultoria LCFB acredita na possibilidade nada remota de que o deputado federal, André Figueiredo, seja indicado para algum ministério do futuro Governo Federal. André Figueiredo é a única liderança nacional do PDT, com capacidade de unificar as várias alas trabalhistas. Consultoria LCFB coloca o grupo do senador Cid Gomes, como dissidência do PDT nacional ou grupo a margem do trabalhismo.

 

O ex-ministro e ex-senador petista, José Pimentel tem sido não identificado pelos analistas políticos, como um nome lembrado para um provável ministério, para o terceiro mandato presidencial de Lula. A Consultoria LCFB acredita na indicação do cearense, José Pimentel, para o Ministério da Previdência Social ou cargo similar na estrutura do Governo Federal. José Pimentel participou da formulação do plano de governo da candidatura lulopetista, na sucessão presidencial de 2022. 

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é diretor - executivo da Consultoria LCFB

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Deuzinho apostou e... perdeu

 

https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2022/11/07/artigo-deuzinho-apostou-e-perdeu.html


Deuzinho imaginou o melhor dos mundos para si. Capitão Wagner à frente nos resultados do primeiro turno ao Governo do Ceará, além da eleição dos deputados federais Vanderlan Alves e Dayany do Capitão, como também ser o responsável pela eleição do deputado estadual Felipe Mota, todos do União Brasil.


Sem uma liderança política consolidada e à reboque das ações transformadoras do prefeito Vitor Valim, o vice-prefeito de Caucaia escolheu um mau momento para o rompimento político com o gestor, que atinge picos de aceitação por parte da população do município da Região Metropolitana de Fortaleza, diante de ações e obras como passagem gratuita no transporte público em toda Caucaia, distribuição de tablets para todos os alunos da rede municipal de ensino público, reformas de escolas, construção de abrigos nas paradas de ônibus, retomada da atividade turística e conclusão dos primeiros espigões que impedem o avanço do mar sobre barracas de praia e residências.


Com a vitória do governador eleito Elmano, em primeiro turno, Deuzinho viu ruir também a relação com Vanderlan Alves, que segue como vereador de Caucaia, assim como não conseguiu captar a eleição do deputado estadual Felipe Mota. Dayany do Capitão, sim! Obra de Deuzinho, que conseguiu transferir votos de Vanderlan para a esposa de Capitão Wagner, inclusive em áreas com liderança do próprio Vanderlan. Como um voto transferido possui peso de dois (deixou de ganhar e ainda fortaleceu a outra candidatura), a diferença de 1,4 mil votos entre Vanderlan e Dayany poderia ter tido outro resultado, caso o combinado fosse cumprido.


Enquanto isso, o prefeito Vitor Valim trabalhou a eleição do governador Elmano, do senador Camilo Santana, do deputado federal Eunício Oliveira e do deputado estadual Salmito. Todos vencedores. Também disponibilizou lideranças de Caucaia para a eleição de sua ex-secretária Emília Pessoa, igualmente vitoriosa.


Após Vitor Valim anunciar de forma oficial o apoio a Lula, no segundo turno da eleição presidencial, que contou com a adesão de Vanderlan Alves, Deuzinho viu a oportunidade de uma espécie de segundo round contra o prefeito, ao apoiar a candidatura Bolsonaro, inclusive com idas a Brasília e ao cercadinho no Palácio do Alvorada. A essa altura, não havia mais como afinar o discurso político entre prefeito e vice-prefeito de Caucaia, principalmente por ataques nas redes sociais de grupos bolsonaristas contra Valim, tentando inverter a situação de traído/traidor.


Com a eleição de Lula, Deuzinho se mantém recluso como forma de disfarçar sua derrota política e, quem sabe, fazer de conta que nada aconteceu.


Com a perda significativa de receita pela redução do ICMS, batalha que segue no Supremo Tribunal Federal (STF), entre governos estaduais e União, Caucaia reduz gastos e número de servidores não concursados. É possível que a fatura das apostas equivocadas de Deuzinho batam à porta do vice-prefeito.


São as regras do jogo político...


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB


Justiça suspende pedido de cassação do prefeito Bruno Gonçalves, por falta de provas

 


https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2022/11/07/justica-suspende-pedido-de-cassacao-do-prefeito-bruno-goncalves-por-falta-de-provas.html


Como forma de evitar danos irreparáveis contra a vida pessoal e política de Bruno Gonçalves, prefeito de Aquiraz, diante de "condutas genéricas" e falta de provas, o juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Aquiraz, Marcello Nobre, determinou nesta segunda-feira (7) a suspensão do pedido de cassação de Bruno Gonçalves, que seria votada na sessão da quarta-feira (9), na Câmara Municipal.


As  condutas genéricas imputadas, não individualizadas, dificultariam a condução na defesa de Bruno Gonçalves, bem como macula o devido processo legal, afirmou o juiz em seu despacho.


Em artigo no Blog do Eliomar / Coluna Eliomar de Lima, o sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa apontou uma perseguição política dos nove vereadores de oposição, com maioria na Câmara Municipal de Aquiraz e detentores da presidência do Legislativo, contra o prefeito Bruno Gonçalves.


"Muitos já foram os argumentos, desde o remanejamento de verbas até desvio de recursos da merenda escolar. Tudo baseado na convicção dos nove parlamentares da oposição, maioria na Câmara Municipal, por meio de achismo e disse-me-disse", disse o sociólogo e articulista do Blog do Eliomar / Coluna Eliomar de Lima.


O atual processo partiu de um estudante, que trabalhou na gestão anterior, que denunciou a contratação e o pagamento de gratificações a médicos e enfermeiros que combateram a pandemia da covid-19, em seu período mais crítico.


Revanchismo e ódio continuam a pautar oposição em Aquiraz

 


https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2022/11/06/artigo-revanchismo-e-odio-continuam-a-pautar-oposicao-em-aquiraz.html


A temporada de caça no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, é a mais longa que qualquer órgão de controle ambiental poderia delegar. Ela teve início tão logo divulgado o resultado da eleição à Prefeitura Municipal, ainda em 2020, e se arrasta até os dias atuais. Os atiradores, os nove vereadores de oposição. O alvo, o prefeito Bruno Gonçalves.


Muitos já foram os argumentos, desde o remanejamento de verbas até desvio de recursos da merenda escolar. Tudo baseado na convicção dos nove parlamentares da oposição, maioria na Câmara Municipal, por meio de achismo e disse-me-disse.


A munição da vez é a contratação e o pagamento de gratificações a médicos e enfermeiros que combateram a pandemia da covid-19, em seu período mais crítico. O curioso é que as contratações foram aprovadas pela própria Câmara Municipal. Já as gratificações ocorreram por meio de horas extras nas fases da vacinação. Na condição de médico, Bruno Gonçalves entendeu o momento de ser proativo, quando agora passa a ser alvo da oposição por ter trabalhado, ao invés de negligenciado.


Tão frágil quanto a peça da nova denúncia é o denunciante. Um estudante que trabalhou na gestão anterior - que contava com a maioria dos atuais vereadores de oposição -, sem nenhuma experiência ou conhecimento na área da saúde.


Mas, com a munição já em baixa, qualquer denúncia que chegue à Câmara Municipal deverá ser acatada.


O grupo da oposição, que detém a presidência da Câmara, reclama ainda que o prefeito não teria feito a suplementação orçamentária, a qual deveria ter a apreciação e a aprovação dos vereadores. Mas o Executivo já contava com 100% de suplementação orçamentária, inclusive aprovada anteriormente pela Legislativo Municipal, o que não mais se faria necessário o procedimento.


Na próxima quarta-feira, 9 de novembro, haverá a votação em plenário para a apreciação do pedido de cassação do mandato do prefeito, quando os nove oposicionistas tentarão convencer mais um, entre seis parlamentares, a aprovar o parecer, pois, independente da pauta, a oposição vota sempre em bloco, alheia inclusive à aprovação da gestão do prefeito, junto ao cidadão de Aquiraz, em quase 78%.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB


Jair Bolsonaro 2023?

 




A reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda é uma incógnita, mas, não é algo impossível de acontecer no dia 30 de outubro de 2022 ou final do segundo turno presidencial. Jair Bolsonaro está num empate técnico com o ex-presidente Lula (PT), na maioria das pesquisas eleitorais, todavia, nas margens de erros ainda temos uma disputa eleitoral aberta. A Consultoria LCFB acredita na possibilidade de vitória do presidente Jair Bolsonaro (PL), em síntese, contradizendo as consultas eleitorais.

O presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi o primeiro chefe de executivo federal a ser reeleito na Nova República, no pleito eleitoral de 1998; ainda no primeiro turno. O presidente Lula (PT) foi o segundo chefe de estado até o segundo mandato presidencial credenciado pelas urnas, no pleito eleitoral de 2006. A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com muita dificuldade, no segundo turno do pleito eleitoral de 2014. O presidente Jair Bolsonaro poderá repetir o feito dos seus antecessores no segundo turno deste ano. Lógico não é uma regra matemática ou regra exata.

A Consultoria LCFB acredita num movimento político-eleitoral muito silencioso das classes médias tradicionais, nas seguintes regiões pró - Jair Bolsonaro: Sul, Sudeste e Centro - Oeste. Nos grandes centros urbanos das regiões Norte e Nordeste há movimentos similares, porém, bem menores das classes médias tradicionais. É algo não perceptível na maioria das pesquisas eleitorais dos principais veículos de comunicação. O eleitor de perfil econômico de classe média, com renda média de dois até cinco salários mínimos, e o nível escolar superior, sem dúvida aprovam o Governo Federal, em detrimento da imagem do presidente da República. Existe o desejo do continuísmo administrativo mesmo rejeitando a pessoa do Jair Bolsonaro. É uma contradição moral, porém, não é contradição eleitoral.

O ex-presidente Lula (PT) não criou uma onda de crescimento parlamentar das forças progressistas, e ainda ficou muito refém do seu recall político-eleitoral, na região Nordeste. Lula ainda é uma memória presente no imaginário popular dos setores mais pobres da sociedade brasileira. A frente ampla ao redor do ex-presidente Lula (PT) tem sido o seu grande trunfo nesse segundo turno, com algumas lideranças de extrema importância: Geraldo Alckmin (PSB), Simone Tebet (MDB) e Marina Silva (Rede). O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem como o seu principal concorrente uma frente ampla pró - Lula de teor econômico liberal, todavia, sem um discurso concreto, para a classe média tradicional, neste final de segundo turno.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB


Queda no poder de compra pode influenciar o voto para presidente

 

https://www.brasildefatoce.com.br/2022/10/26/queda-no-poder-de-compra-pode-influenciar-o-voto-para-presidente


César Maia tem 48 anos e vem de uma família de agricultores que viveu épocas difíceis no interior do Ceará. Ele relembra com orgulho a trajetória do pai, meeiro de uma propriedade em Itapiúna, onde a família de 8 irmãos viveu por 23 anos. Mas também recorda da primeira eleição de Lula em 2002 e de como a vida aos poucos se modificou durante os governos do PT. “As duas cisternas que eu tenho foram dadas por Lula, a luz também. A minha casa também foi ele que deu e ele me deu poder de compra pra eu aumentar ela e encher de eletrodoméstico. Tudo que eu conquistei foi graças a ele”, diz emocionado o agricultor que mora em um assentamento Curimatã em Ibaretama, distante 115 quilômetros de Fortaleza.


César é pai de cinco filhos e todos foram criados no assentamento. Hoje, ele mora com a esposa e uma filha menor, plantando, colhendo e fazendo um movimento de resistência e consciência política, protagonizando sua própria história. “Criei todos os meus filhos sem as dificuldades que passei. Quando eu era jovem sofri pra comprar uma bicicleta, juntava o dinheiro e nunca dava. Com o PT, comprei três motos, paguei minha terra e não devo nada ao banco porque Lula e Dilma perdoaram muitas dívidas, quase todas. Com esse governo não consigo nem comprar o portão da casa. O óleo, açúcar, leite, tudo caro e dificultoso e não é só pro pobre do interior não, na capital é pior”, conta o agricultor.


Gilson não quer dizer o sobrenome porque tem medo de ser identificado no prédio onde trabalha, mas conta que está sendo difícil se manter e cuidar da família nos últimos anos. “No governo Lula eu consegui comprar meu carro, mas eu tive que vender e passei a andar de bicicleta. Eu comecei a construir minha casa, mas com o preço do material de construção eu tive que parar também. Tudo caro, ninguém consegue fazer nada nesse governo”, lamenta.


César e Gilson fazem parte de um movimento iniciado com o fim da recessão econômica em 2003, primeiro ano do governo Lula e que se seguiu até 2014, quando diversas articulações políticas e institucionais culminaram no golpe da presidenta Dilma, em 2016. Época onde houve crescimento da renda das pessoas acima do crescimento do PIB, a redução contínua da desigualdade e o avanço da economia. “A política econômica do PT vê o estado como um agente ativo que deve interferir na economia em casos de crises estruturais. É um governo que propõe maior investimento em políticas sociais, com oferta de crédito para micro e médios empresários, com créditos rurais e fortalecimento das empresas públicas, isso acaba influenciando no crescimento econômico. De forma mais ampla há uma diferença enorme entre a visão do papel do estado na economia”, analisa o economista e professor da Universidade Estadual do Ceará, André Lima, ao comparar a política econômica dos governos do PT e a do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).


A redução dos gastos do governo, inclusive os sociais, impacta no consumo agregado que interfere diretamente no PIB. Quem precisa de auxílio tem propensão a consumir tudo que recebe de renda. Eles não conseguem economizar porque têm baixa renda. Mais quatro anos de governo Bolsonaro vai agravar ainda mais a situação da classe trabalhadora, sobretudo, baixa e média”, reflete Lima.


Dados do Banco Central mostram que o endividamento das famílias representava 56% da renda anual em dezembro de 2020, patamar recorde da série estatística iniciada em 2005. Um ano antes, em 2019, estavam em 49%. Desemprego e queda na receita familiar causados pela política estabelecida na pandemia; perda dos auxílios e a alta dos preços compõem o retrato atual do Brasil. É com essa pauta econômica que se preocupa boa parte da classe média, uma parcela numerosa da população brasileira que está na mira dos presidenciáveis durante as eleições. “A classe média baixa e mediana, que ganha entre 2 e 5 salários, não é beneficiada diretamente pelo governo e também não ascendeu economicamente como a classe média alta. É um grupo que ainda sente os efeitos da crise econômica, mas que ideologicamente é contra a interferência do estado na economia”, analisa o consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, que complementa, “Estão polarizadas. No Nordeste, Bolsonaro precisa conquistar a classe média das capitais e Lula precisa ser ouvido pela classe média dos pequenos e médios municípios do Sul e Centro-Oeste”.


Classe média no Brasil


De acordo com a pesquisa Ipec, divulgada na última segunda (24), entre os eleitores de Bolsonaro, 54% estão na faixa de renda entre dois e cinco salários mínimos. Entre os eleitores de Lula, 40% estão dentro dessa renda. Essa população representa 34% dos cidadãos brasileiros. Controversa, não existe uma classificação consensual para a classe média no Brasil, mas especialistas são unânimes em apontar a queda monetária do grupo.


Critérios econômicos avaliam a renda das famílias, mas aspectos sociais e culturais também entram nas estatísticas. Para o professor de Economia e Economia Ecológica da Universidade Federal do Ceará, Fábio Sobral, cidadãos que recebem entre dois e cinco salários mínimos foram formados na ideia do empreendedorismo e quem teve relações formais com uma empresa, de modo geral, não compreende o papel da organização sindical coletiva. “Há a percepção do estado como inimigo, uma aceitação da ideia de que basta a vontade individual ou esforço próprio para vencer no mundo. Existe a ideia do sucesso como recompensa do esforço individual ou até mesmo da força divina. Bolsonaro expressa esse conservadorismo na compreensão religiosa e esse liberalismo extremado do ponto de vista econômico, eis o motivo da adesão ao projeto dele”, analisa.

 


Edição: Camila Garcia