quinta-feira, 1 de maio de 2014

Artigo no Jornal O Estado - PT e Dilma Rousseff

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 17 de Abril de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/pt-e-dilma

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem enorme dificuldade de manter a relação desgastada do Partido dos Trabalhadores e a atual presidente Dilma Rousseff, bem longe dos holofotes da mídia brasileira. O PT nunca aceitou o consenso artificial em torno de Dilma Rousseff, como candidatura natural, no pleito eleitoral de 2014, para presidência da República.
A presidente Dilma Rousseff nunca construiu uma relação confiável com os principais parlamentares petistas no Congresso. A bancada petista na Câmara Federal, no primeiro biênio (2011 -2012) da atual gestão pública no Planalto, foi responsável pela indicação do deputado federal Marcos Maia (PT – RS), para a presidência da Mesa Diretora, com o mesmo se tornando desafeto de Dilma Rousseff. A relação com os parlamentares petistas num primeiro momento sempre foi amortecido pelos altos índices de popularidade da chefe do Planalto.

A queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff no primeiro trimestre do ano, não foi bem recebida pelas correntes internas do Partido dos Trabalhadores. A maioria das lideranças do maior partido governista (PT) do Planalto, já lançou o movimento “Retorno 3” ou “Volta Lula”. O ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem imensa dificuldade de abafar esse movimento, pois parte dele é liderado por sua esposa, a ex-primeira-dama Marisa Leticia, com apoio do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores da seção de São Paulo.
A última pesquisa de opinião pública, que foi divulgada pela imprensa brasileira, feita pelo Instituto Datafolha, mostrou dois dados negativos: o recuo da popularidade pessoal da presidente Dilma Rousseff (PT), para um patamar de 33% de ótimo e bom. A mesma pesquisa revelou a desconfiança dos brasileiros, em relação a volta do terror da Inflação.
O Banco Central já admitiu que o índice da inflação será superior a 4,5%, chegando em torno de 6,5%, em 12 meses. A presidente Dilma Rousseff (PT) sofre a sua maior crise política-administrativa em função do escândalo de Pasadena, com a provável instalação da CPI da Petrobras no Congresso, isso tudo num ano eleitoral. Dilma Rousseff saiu em defesa do legado de sua administração pública à frente da Petrobras, sem apoio dos cardeais petistas. O PMDB tem feito o papel de defensor dos interesses do Planalto, em relação a nova frente oposicionista no Congresso.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve com a presidente Dilma Rousseff, nos últimos dias, para reafirmar o seu apoio à reeleição da mesma, no pleito eleitoral de 2014. O círculo íntimo do presidente de honra do Partido dos Trabalhadores, já não esconde o desejo de lançamento de sua pré-candidatura para o seu terceiro mandato. O PT procura manter o capital ativo do lulismo, como seu principal catalisador eleitoral, para aumentar as suas respectivas bancadas no Congresso.


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