sábado, 5 de outubro de 2013

Eduardo Campos e a Marina Silva – Lulismo Sem Lula

A ex-senadora Marina Silva fez uma manobra inusitada para os padrões da política nacional, já que a mesma abriu mão de sua pré-candidatura presidencial para apoiar o provável presidenciável do Partido Socialista Brasileiro, o governador pernambucano Eduardo Campos, no próximo pleito eleitoral de 2014.

A Rede de Sustentabilidade deverá ser a segunda maior corrente interna do Partido Socialista Brasileiro, com ganho político-eleitoral, para construção dos palanques regionais, para as eleições de 2014. O PSB sai fortalecido nas alianças regionais já construídas em parceria, com o Partido da Social Democracia Brasileira, com possibilidade de ser o principal partido de oposição ao Governo Federal.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

A construção do polo político-eleitoral ,formado por antigos aliados do ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva ou Lula, para o lançamento de chapa majoritária para Presidente e Vice-presidente da República é o novo movimento na esfera politica. O PSB tem uma chapa pura para derrotar o sonho da presidente Dilma Rousseff (PT) de ser reeleita no próximo ano.

O lulismo sempre foi o estilo político-administrativo dos oitos anos de mandatos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a frente do Planalto. O crescimento econômico nos últimos dez anos, com a saída de um grande contingente de membros das classes D e E, para a nova classe média, sem dúvida foi a sua principal marca positiva.

A presidente Dilma Rousseff (PT) acreditava na continuação do lulismo no centro do poder, assim como o Partido dos Trabalhadores, como a maior agremiação partidária, a permanecer no comando do Planalto. O surgimento do lulismo sem lula coloca em xeque-mate a tese do continuísmo do atual Governo federal, na preferência política dos seus leitores cativos: os lulistas.

A provável chapa majoritária do Eduardo Campos e da Marina Silva tem apelo político-eleitoral entre os lulistas das regiões Norte \ Nordeste, com respaldo nos eleitores anti-lulistas das regiões Sul \ Sudeste,  uma combinação nefasta para as pretensões eleitorais dos petistas e os peemedebistas de permanecerem por mais quatro anos no poder executivo do Governo Federal.

O senador Aécio Neves (PSDB) poderá ser prejudicado nas suas pretensões de ser o principal adversário da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).  A chapa tucana poderá se esvaziar como proposta de interromper o continuísmo do lulismo no poder central. O lulismo sem lula pode ser a preferência eleitoral do eleitor tradicional anti-Lula, que nos últimos pleitos eleitorais presidenciais, não votou nos candidatos do Partido dos Trabalhadores.

Luiz Cláudio Ferreira Brasileiro, sociólogo e consultor político 


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Tasso Jereissati forte e o PSDB fraco?

O ex–governador Tasso Jereissati ainda mantém respeitado capital político entre os eleitores do Estado do Ceará. O seu nome tem uma repercussão positiva perante a opinião pública, quando é colocado para qualquer cargo majoritário: governo ou senado. Qual será o destino do PSDB? Em termo de palanque estadual, com certeza será o mesmo do seu presidente de honra.


O Partido da Social Democracia Brasileira sofre um processo gradual de esvaziamento de seus quadros na seção do Ceará. Nos últimos dias há uma tendência de debandada dos seus prováveis candidatos proporcionais (Assembleia – Câmara), para outras agremiações partidárias, com isso  atinge o ponto mais baixo da  sua história eleitoral , na política local. O PSDB não terá como lançar uma chapa majoritária própria para o Governo Estadual.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O contraste de uma liderança, com força na opinião pública, e com condição de ser eleito senador ou governador, e por outro lado uma sigla sem quadros competitivos, para pleito eleitoral de 2014 aos cargos nos legislativos. O PSDB procura construir uma coligação na chapa proporcional, com o Partido da República e o Partido Republicano Brasileiro.

O novo bloco oposicionista (PSDB – PR – PRB) não tem um candidato natural para governador, por isso a necessidade de esperar a decisão do Partido Democrático Trabalhista de permitir a pré-candidatura do deputado estadual,  Heitor Férrer,  para chefe do executivo estadual do Ceará.

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) necessita dessa parceria estratégica, com o parlamentar pedetista, para a construção de uma chapa majoritária competitiva. A sua candidatura a única vaga de Senado, no próximo pleito eleitoral do Ceará, já não depende somente do PSDB, mas de uma sequência de rearranjos de alianças, em função da inanição política-eleitoral de sua agremiação partidária, na política local.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político

O Programa Pela Ordem - TV Fortaleza

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Roberto Cláudio e a necessidade do PDT

O prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS), já começa a compreender a necessidade de realizar um contraponto, no condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes. Roberto Cláudio  teme um papel pequeno no PROS em relação ao futuro promissor  que teria dentro do Partido Socialista Brasileiro.

 O movimento do grupo do prefeito de Fortaleza para fazer uma ponte de negociação com a direção nacional do PDT, não foi destaque na crônica jornalística dos principais meios de comunicação. Os robertistas acreditavam no empenho pessoal do seu líder, para conseguir  no PDT, a melhor opção partidária, para os cidistas-ciristas, na política cearense.

Roberto Cláudio desejava a ida dos ex- militantes do PSB e do PRB para o Partido Democrático Trabalhista, como principal alternativa partidária, no lugar do PROS. Já o novo partido não atende ao projeto político da equipe do prefeito Roberto Cláudio, pois essa agremiação partidária não tem uma vitrine nacional, somente representa  outro partido sem marca ideológica.

 O PSB tem apelo entre os formadores de opinião pública, como alternativa política futura da dicotomia do PT versus o PSDB, nos pleitos eleitorais, por todo o país, no próximo ano. O prefeito Roberto Cláudio acreditava que poderia ser o novo modelo de gestor público entre os quadros da agremiação socialista no Brasil. O PDT daria essa perspectiva de fórum nacional, para as políticas públicas da cidade de Fortaleza.

Somente o discurso de defesa da filiação em massa dos simpatizantes do grupo dos irmãos Gomes, na agremiação partidária brizolista, que denotou não haver um consenso entre as cúpulas do chefe do executivo da capital, com a cúpula do novo partido dos membros do Governo Estadual. O PROS é pequeno para as burocracias das duas principais máquinas administrativas públicas do Ceará.

O PROS será a pura reprodução do tamanho do grupo político do governador Cid Gomes, com o agravante de diminuir o papel dos partidários do prefeito Roberto Cláudio, que seriam somente um subgrupo do todo. O PDT representava o desejo de Roberto Cláudio de participar de uma dimensão política-administrativa de âmbito nacional, com reconhecimento da imprensa e da opinião pública do Ceará.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político