quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Tasso Jereissati e Roberto Cláudio - E agora Chiquinho Feitosa?

 




O senador Tasso Jereissati aceitou o processo da real política da sobrevivência do seu legado administrativo-parlamentar, em detrimento do PSDB estadual. Tasso Jereissati definiu o seu apoio à candidatura do ex-prefeito fortalezense, Roberto Cláudio (PDT), a sucessão da governadora, Izolda Cela, no pleito eleitoral de 2022. O diretório estadual do PSDB simplesmente se tornou uma extensão política-institucional do grupo tucano tassista. O preço é muito alto para essa agremiação partidária.

O ex-governador, Tasso Jereissati, não participou ativamente do pleito eleitoral de 2012, na capital cearense. Tasso Jereissati literalmente desapareceu da campanha tucana, com a seguinte chapa majoritária: Marcos Cals (Prefeito) e Fernando Hugo (Vice-Prefeito). O fracasso eleitoral tucano foi muito redundante, porém, ainda havia o capital político reserva do tassismo, para o pleito eleitoral de 2014. A candidatura de Tasso Jereissati, para o cargo de senador, já era algo dado como com certeza de vitória, nas eleições de 2014, no Ceará. O PSDB seção cearense somente elegeria naquele pleito eleitoral dois parlamentares: Raimundo Gomes de Matos (Deputado Federal) e Carlos Matos (Deputado Estadual).

O senador Tasso Jereissati esteve na frente partidária pró-Capitão Wagner (PR), no pleito eleitoral de 2016, para o cargo de prefeito de Fortaleza. O grupo wagnerista apoiou a candidatura tassista-tucana, no pleito eleitoral de 2018, para o Governo Estadual. Tasso Jereissati começou um processo rápido de reaproximação com o grupo político do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), em detrimento dos principais quadros tucanos: Roberto Pessoa (Deputado Federal), Lúcio Alcântara (Ex-governador), Nelinho (Deputado Estadual), Fernanda Pessoa (Deputado Estadual), Danilo Forte (Deputado Federal) e Carlos Matos (Deputado Estadual). Nenhum desses quadros permaneceu no PSDB do Ceará.

O atual presidente estadual do PSDB, o empresário Chiquinho Feitosa, já traçou o seu provável destino político-eleitoral, nas eleições de 2022, no Ceará. Chiquinho Feitosa é muito grande como liderança regional, para simplesmente ser líder de um subgrupo do tassista-tucano que é um subgrupo do cirismo-robertista. Este é um papel terceirizado ou pequeno demais para o presidente estadual do PSDB. O senador Tasso Jereissati mantém o seu papel como aliado primordial do ex-ministro Ciro Gomes, já o presidente do diretório regional tucano, Chiquinho Feitosa, é um aliado histórico do ex-governador Camilo Santana (PT), nos últimos oito anos.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa - Gerente-executivo da Consultoria LCFB