segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Danilo Forte e o presidenciável Geraldo Alckmin - O Neotucanismo Cearense


O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) tem muita dificuldade em fazer campanha perante o público cearense. Geraldo Alckmin foi o grande responsável por trazer o deputado federal, Danilo Forte, para os quadros do PSDB secção local. O deputado federal Danilo Forte deverá fazer do seu comitê de reeleição à Câmara Federal, o principal ponto de congruência do eleitorado de Geraldo Alckmin na cidade de Fortaleza. O neotucanismo  cearense terá o seu primeiro grande teste através da simbiose das campanhas de Danilo Forte e de Geraldo Alckmin. 

O deputado federal Danilo Forte é o principal parlamentar do PSDB secção Ceará, que mantém critica quase diária ao setor de segurança pública do Governo do Estado. Danilo Forte tem noção da necessidade da radicalização do discurso político anti-Camilo Santana-Cid Gomes feito por um líder tucano, para atrair os setores organizados da sociedade, que não aceitam esse grande pacto eleitoral estadual, sem participação do cidadão-eleitor, como principal fiador. 

O presidenciável tucano, o ex-governador Geraldo Alckmin (SP), tem noção da necessidade de atrair parte do eleitorado moderado da classe média cearense, que nesse primeiro momento está tendendo a votar no presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Geraldo Alckmin e o deputado federal Danilo Forte compreenderam a necessidade de dialogar com o eleitor cirista não camilista-lulista, que poderá dar voto útil durante o primeiro turno, caso a disputa de uma das vagas, para o segundo turno fique entre o candidato tucano e o presidenciável Fernando Haddad (PT). Em síntese teremos o voto útil do cirista contra o candidato tampão lulista.

A perspectiva da provável vitória do presidenciável Geraldo Alckmin vai depender do período eleitoral de rádio e televisão, como também dos seus palanques regionais. O deputado federal Danilo Forte deverá ser o principal porta-voz informal do candidato presidencial tucano perante os setores organizados cearenses, com ênfase no público fortalezense. A dobradinha política-eleitoral entre o deputado federal Danilo Forte e o presidenciável Geraldo Alckmin pode dar excelente resultado tanto no primeiro turno, como no segundo turno. 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 20 de Agosto de 2018 



sábado, 18 de agosto de 2018

Camilo Santana e a Política da Conciliação: Cid Gomes e Eunício Oliveira

O governador Camilo Santana (PT) montou o maior palanque de reeleição da política cearense nos últimos vinte anos. Camilo Santana praticamente pacificou uma boa parte das forças políticas locais, no pleito eleitoral de 2018. O ônibus-administrativo camilista talvez acomode por muito  anos as principais lideranças regionais, com a divisão do poder central de acordo ou proporcional ao tamanho de um grupo político específico.

O grupo político-eleitoral do ex-governador Cid Gomes (PDT) ainda irá manter alguns dos postos chaves no provável segundo mandato do governador Camilo Santana (2019-2022). Cid Gomes fez a indicação da vice-governadora, a educadora Izolda Cela, na chapa de reeleição do atual mandatário do Governo do Estado do Ceará. Os principais secretários estaduais da futura gestão pública terão ainda o DNA cirista-cidista. 

O grupo político-eleitoral do senador Eunício Oliveira (MDB) deverá conquistar enorme espaço na administração pública no provável segundo mandato do governador Camilo Santana. O eunicismo-emedebista tentará fazer a indicação do futuro presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, ocorrendo certa alternância de posições na mesa diretora, com os petistas nos próximos biênios: 2019-20 e 2021-22. Em síntese dois distintos presidentes à frente do legislativo estadual nos próximos quatro anos. 

O governador Camilo Santana (PT) caso seja reeleito esse ano, deverá ser peça fundamental na indicação do futuro prefeito de Fortaleza. Camilo Santana poderá ser o grande fiador da manutenção do grupo político-eleitoral do ex-governador Cid Gomes (PDT), no comando administrativo da maior cidade cearense. O futuro bloco político entre o PT e o MDB poderá fazer a indicação do futuro governador do Ceará, nas eleições de 2022. É preciso combinar com o cidadão-eleitor cearense nesse ano.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 18 de Agosto de 2018 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa