domingo, 31 de julho de 2022

DENIS BEZERRA (PSB) E A CAMPANHA DO ROBERTO CLÁUDIO (PDT) AO GOVERNO DO CEARÁ

 


https://www.ocafezinho.com/2022/07/28/denis-bezerra-e-a-campanha-do-roberto-claudio-ao-governo-do-ceara/

Nesta quarta-feira, 27, o deputado federal e dirigente do PSB cearense, Denis Bezerra, oficializou durante a convenção socialista o apoio da sigla a candidatura do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), ao governo do Ceará.


“O maior capital político do deputado federal, Denis Bezerra, não é somente a presidência estadual do PSB, é sem dúvida a capacidade de construir um palanque pró-Lula”, destaca o consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa.


Além do PSB, a campanha de RC ao Palácio da Abolição também conta com o apoio do diretório estadual do Cidadania, presidido pelo empresário Alexandre Pereira. Não há dúvidas de que PSB e Cidadania são as espinhas dorsais da candidatura pedetista ao executivo cearense.

Artigo - Alexandre Pereira e a campanha de Roberto Cláudio

 



https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2022/07/22/artigo-alexandre-pereira-e-a-campanha-de-roberto-claudio.html

A escolha do ex-prefeito fortalezense, o médico Roberto Cláudio, como o candidato pedetista-cirista ao cargo de chefe do Executivo do Governo do Ceará, é sem dúvida o tema do momento na imprensa tradicional e nas redes sociais. Alguns detalhes, porém, são muito pouco analisados pelos comentaristas políticos cearenses. Na minha opinião, um fato importante é sem dúvida o papel do presidente estadual do Cidadania, o empresário Alexandre Pereira, em relação à defesa dessa agremiação partidária à candidatura de Roberto Cláudio, como a primeira defesa midiática contra os ataques do lulopetismo. Alexandre Pereira antecedeu o que eu iria chamar do novo condomínio político -administrativo cirista-pedetista sem o Partido dos Trabalhadores. É preciso frisar que o Cidadania não atacou o ex-governador Camilo Santana (PT) e nem a governadora Izolda Cela (PDT), mas apenas defendeu a capacidade técnica e administrativa do ex-chefe do executivo do maior município do Ceará.


No pleito eleitoral de 2012, para prefeito de Fortaleza, no segundo turno, o governador Cid Gomes foi responsável pela vinda de três agremiações partidárias com histórico de anti-petista: PPS (Cidadania), Democrata e o PDT. A administração pública do então recente prefeito eleito de Fortaleza, o socialista Roberto Cláudio, já nasceu com viés de agregador de várias forças políticas, porém, segue refém do instinto dominador do lulopetismo, na política local. O PPS-Cidadania sempre foi a agremiação partidária da base governista robertista-cirista, com a característica de defender a administração municipal da capital. Com bastante ênfase, nesse aspecto o PPS-Cidadania sempre foi embrionário do robertismo sem o lulopetismo, pois o PDT a nível estadual não podia fazer essa tarefa, em função da sua aliança regional e da aliança nacional, com o Partido dos Trabalhadores. Em síntese, o robertismo sem o lulopetismo não vai nascer durante esse pleito eleitoral, no primeiro turno, para o Governo Estadual. O próprio já existe via o PPS-Cidadania.


O presidente estadual do Cidadania fez uma aliança com o então deputado federal Moroni Torgan (DEM) para a sua indicação ao cargo de vice-prefeito, na chapa majoritária de reeleição do prefeito Roberto Cláudio (PDT), no pleito eleitoral de 2016. O papel do Cidadania sempre foi muito relevante para o projeto administrativo de Roberto Cláudio, quando o mesmo era chefe do Executivo da capital cearense; e agora como candidato pedetista-cirista ao cargo de governador do Ceará. Roberto Cláudio sabe da disponibilidade da direção estadual do Cidadania de lhe fazer uma defesa convincente, com outrora fogo amigo do lulopetismo. O novo papel do Cidadania é, sem dúvida, demonstrar que não há isolamento partidário por parte do Partido Democrático Trabalhista, para o pleito eleitoral de 2022. É necessário frisar o também importante papel do PSB sob o comando do deputado federal Denis Bezerra a favor da candidatura própria do trabalhismo cearense.


A direção estadual do Cidadania, na figura de sua liderança regional Alexandre Pereira, e assim como também do seu mais ilustre filiado, o ex-deputado federal Moroni Torgan, com certeza vai manter o discurso de defesa das qualidades administrativas do ex-prefeito Roberto Cláudio, como candidato pedetista-cirista ao cargo de governador do Ceará. Cidadania não vai em momento algum atacar o ex-governador Camilo Santana (PT) e a atual governadora Izolda Cela (PDT), contudo, o discurso contra a tentativa de controle do lulopetismo ao campo progressista local, sem dúvida será sempre uma bandeira do Cidadania, seção cearense. Roberto Cláudio tem noção do papel do Cidadania como o seu aliado primordial ao lado do Partido Socialista Brasileiro, para o pleito eleitoral de 2022.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB

Artigo - O general no front

 


https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2022/07/18/artigo-o-general-no-front.html

Há de se passar um tempo, até alguém puxar o debate que o erro na estratégia do PDT na escolha do nome do partido para a disputa ao Governo do Ceará foi a presença do general na linha de frente da batalha. Por certo, os quatro nomes pedetistas - Izolda Cela, Roberto Cláudio, Evandro Leitão e Mauro Filho - nunca teriam formado batalhões se o general Ciro Gomes não tivesse ido para o front e defendido o nome de Roberto Cláudio.


Cabe a um general se posicionar na linha de tiro quando bombas já tiverem estourado, munições praticamente se exaurido e mortos e feridos puderem ser contados.


É o caso da oportuna entrada do general Cid Gomes, que, infelizmente, encontra em ferimento o general Ciro Gomes, atingido por um processo até então desconhecido a qualquer líder e estrategista.


Também há baixas nos batalhões, que sequer deveriam ter sido formados.


Difícil convencer aos componentes das tropas que agora todos são aliados, que sempre foram aliados. Que as baixas e suas dores fazem parte de um... sei lá!.. fortalecimento da aliança.


Difícil, ainda, conter as guerrilhas internas que se estenderão ao longo da grande e única batalha verdadeiramente a ser combatida.


Talvez, nesse “há de se passar um tempo”, ninguém atentará por qual motivo o general Ciro Gomes se colocou no front. Até porque novas batalhas estarão em curso e provavelmente novas patentes terão surgido.


Mas essa discussão poderá evitar a repetição de erros estratégicos gritantes. Como a omissão do prefeito Sarto. Sim, sem reconhecer a importância do cargo de prefeito de Fortaleza e da sua fundamental missão política, diante de 1,8 milhão de eleitores (cerca de 30% do eleitorado do Estado), Sarto jogou Ciro Gomes no front.


Era de Sarto a missão de conduzir ou direcionar o processo das pré-candidaturas, até mesmo com a legitimidade pela defesa do nome de Roberto Cláudio, diante do apoio recebido pelo ex-prefeito de Fortaleza na eleição ao Palácio do Bispo.


Na forma correta, Roberto Cláudio conduziu todo o processo na última eleição em Fortaleza, até ter a sua preferência por Sarto confirmada pelos generais Ciro e Cid Gomes, sem desgaste para as duas maiores lideranças políticas no Ceará.


Tivesse Sarto à frente do atual processo, caberia neste instante a entrada dos dois generais para confirmar a preferência do atual prefeito de Fortaleza. Ou negá-la, novamente sem desgaste para as duas maiores lideranças políticas no Ceará.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB

A Izolda Cela vai ficar ao lado do Lula - A saída do Partido Democrático Trabalhista (PDT)

 



A governadora Izolda Cela vai ficar ao lado do ex-presidente Lula, na sucessão presidencial de 2022. Izolda Cela não deve ficar no Partido Democrático Trabalhista (PDT), com a escolha do ex-prefeito fortalezense, Roberto Cláudio, como o candidato ao Governo do Estado do Ceará. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB.

Artigo - Ceará Hollywood

 


https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2022/07/15/artigo-ceara-hollywood.html

Há quem pense que o drama e o suspense que envolvem a indicação do PDT ao governo do Ceará, não passaria de encenação. Em um roteiro de conspiração, digno de um premiado 007, a ideia seria manter a pauta diária da chapa governista, ao mesmo tempo que esvaziaria a agenda do opositor Capitão Wagner.


Acredite, Wagner é o menor dos problemas nessa história.


Prova que a crise no PDT é real seria o partido a maior escola qualificada no mundo na formação de atores, tudo “made in Ceará”. Estariam protagonistas, antagonistas, coadjuvantes e até figurantes nesse processo de escolha de candidatura ao Palácio da Abolição desperdiçando tempo com a política, ao invés de faturar milhões de dólares em Hollywood, com o direito da fama e de liderar qualquer causa social sem nenhuma rejeição.


O imaginário daqueles que acreditam na encenação é justificado na repetitiva estratégia eleitoral dos irmãos Ferreira Gomes, que sempre se dividem entre as duas maiores candidaturas aliadas em disputa.


Quem não lembra da eleição à Prefeitura de Fortaleza, em 2008, quando o então governador Cid Gomes manteve o apoio à reeleição de Luizianne Lins, enquanto Ciro debandou para a candidatura Patrícia Saboya? Sim, a então candidata pedetista é mãe de filhos de Ciro. Mas, quando foi mesmo que isso já contou alguma vez no frio jogo da política?


Mais recente, tivemos o aceno do eleito senador Cid Gomes a um possível apoio a Bolsonaro, no segundo turno, diante da declaração “Lula está preso, babaca”! Enquanto isso, seria natural Ciro anunciar o apoio ao professor Haddad. A indiferença de Bolsonaro teria resultado na ida de Ciro a Paris. Não haveria de arriscar tudo em um só cavalo.


Mas, os irmãos se dividiriam dentro do próprio partido? Há de se atentar para novos tempos...


No quadro atual, temos Ciro Gomes mergulhado na pré-candidatura de Roberto Cláudio, enquanto Cid se mantém em silêncio. Se o som do silêncio não ecoa entre os menos antenados, eis Ivo Gomes fazendo valer o apoio a Izolda Cela.


E, nesse arco de encenações, ficaria até difícil escolhermos o melhor filme, o melhor diretor, o melhor ator, a melhor atriz... Essa última estatueta não necessariamente caberia a Izolda Cela, apesar de única mulher na trama. E isso, talvez, explicaria uma possível escolha por Roberto Cláudio, ora melhor protagonista, ora melhor “meu malvado favorito”.


Apesar de se colocar protagonista na escolha da candidatura do PDT ao governo do Ceará, Ciro Gomes terá que escolher entre melhor roteiro ou coadjuvante nesse processo. Por certo, o homem que já foi deputado estadual, deputado federal (o mais votado no país), prefeito de Fortaleza, governador, ministro da Fazenda, ministro da Integração Nacional e candidato a presidente do Brasil, em três eleições, relutaria em abrir mão do protagonismo para um mero papel de coadjuvante. Esquece, porém, que a estatueta não é uma das mais menosprezadas, pois já foi disputada por Robert De Niro, Anthony Hopkins, Paul Newman, Robin Williams, Denzel Washington, George Clooney, Tom Hanks, Brad Pitt, Tom Cruise, Sylvester Stallone, Jack Nicholson e Al Pacino, todos um dia já protagonistas.


Assustador é o papel de figurante do prefeito Sarto nesse processo. Pior, sem chance de estatueta.


Não fosse o roteiro de drama e suspense do próprio processo de escolha da candidatura do PDT, o melhor filme poderia ficar mesmo com a trama de Cid Gomes: “Sujeito Oculto”.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB

Roberto Cláudio é o candidato pedetista-cirista ao Governo Estadual

 



O comentário do gerente-executivo da Consultoria LCFB, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, em relação a candidatura pedetista ao Governo do Estado do Ceará. O ex-prefeito fortalezense, Roberto Cláudio, é o candidato oficial da direção nacional do PDT, para a sucessão da governadora, Izolda Cela, no Ceará.

Artigo - Tasso, o fiel da balança

 


https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2022/07/10/artigo-tasso-o-fiel-da-balanca.html

Desde 1986, Tasso Jereissati tem se constituído como uma referência na política brasileira, em especial no Ceará. Sua trajetória de sucesso na vida empresarial, refletida na atuação pública é reconhecida pela firmeza nos propósitos, coerência, zelo pela coisa pública e a habilidade de articular. Basta resgatar que a história comprova suas relações com os mais diversos segmentos na política e no mundo da economia. Em tempos de escassez de grandes líderes no Brasil, acompanhar as manifestações sensatas do senador cearense parece-nos uma luz no fim do túnel.


Nos últimos dias, temos acompanhado um turbilhão de fatos que estão agitando a base governista cearense, em momento de definição. Em meio ao aumento de temperatura e pressão, é em Tasso Jereissati que se concentram as atenções, e articulações. A última envolveu diretamente Roberto Cláudio, que se reuniu com o senador, segundo relatos de aliados do pedetista, há alguns dias. No encontro, ambos teriam conversado sobre a realidade conflituosa (PDT x PT) e os próximos passos. Em seguida, Tasso manifestou-se de forma equilibrada, como sempre, relatando sua posição - "de não tomar partido por nenhum dos lados", e posicionou-se pela discussão do que chama de projeto para o Ceará.


O peso político do tassismo é inquestionável e esse aspecto é bem identificado tanto por ciristas como por camilistas, que identificam nele um referencial. Por isso, há os que veem nele "o fiel da balança" nesse momento de instabilidade política governista. E ele tem sido apontado como o articulador credenciado para encaminhar a definição em torno da participação do tucanato na eventual composição. Além de Tasso, outro tucano que tem se inserido no debate é o ex-secretário de saúde, Dr. Cabeto, que é visto por lideranças governistas como um quadro importante numa eventual aliança com a presença do tucanato.


No PSDB tudo está no seu lugar. Sob a liderança e respaldo político de Tasso, os tucanos devem aguardar a definição da candidatura governistas e com um amplo debate interno definir qual o tamanho da participação da sigla na composição. Definitivamente, Tasso está se consolidando como o fiel da balança.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB


terça-feira, 12 de julho de 2022

O Escritório de Apóio da Consultoria LCFB

 



O escritório de apóio da Consultoria LCFB no prédio comercial do Riomar Kennedy. No ALL Business Coworking






Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB 


sábado, 9 de julho de 2022

O MOVIMENTO ANTI-ROBERTISTA NO PDT CEARENSE

 

https://www.ocafezinho.com/2022/07/08/o-movimento-anti-robertista-no-pdt-cearense/


Nos últimos dias, os bastidores da política cearense foram bastante movimentados em torno da definição do nome do PDT para a sucessão estadual.


O xadrez foi movimentado principalmente pelo ex-governador Camilo Santana (PT), um apoiador declarado da atual governadora Izolda Cela (PDT), que trava uma polarização interna com o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT).


Na prática, a disputa interna no PDT tornou-se uma disputa clássica entre as correntes petistas no Ceará. Neste caso, essas correntes do Partido dos Trabalhadores se unificaram em torno da pré-candidatura pedetista de Izolda.


Para o sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB, Luiz Cláudio Barbosa, esse processo prejudica a imagem de RC dentro do seu próprio partido.


“Como é de costume, nas disputas internas no PT, uma chapa bater com a outra sempre vai criar uma imagem negativa do seu concorrente. Esse processo se repete quando o ‘camilismo’ petista também faz isso, arranhando a imagem do Roberto Cláudio”, observa.


Nos bastidores, a avaliação é que essa movimentação antecipa a criação do “anti-robertismo” na disputa interna do PDT. Outro ponto avaliado é que tanto o ex-ministro Ciro Gomes, quanto o senador Cid Gomes, perderam o controle da legenda no Ceará.


Com isso, o próprio Camilo (em parceria com Izolda) de forma hábil, traz um grupo de aliados partidários como o Progressistas (PP), MDB, PV, PC do B e o próprio PT para que entrem no núcleo governista anti-Roberto Cláudio.


“Isso é algo muito temerário, que poderá prejudicar, de alguma maneira, a campanha do Roberto Cláudio, caso ele seja escolhido como candidato ao governo do Ceará”, alerta Luiz Cláudio Barbosa.

Quarta Via

 



A Consultoria LCFB no seu último relatório aos clientes, já defendia a possibilidade do surgimento da quarta via a sucessão presidencial. A coligação majoritária entre o PROS e o Avante 70, com dois postulantes ao cargo de candidato a presidente da República: Pablo Marçal e André Janones.

O presidenciável do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar, vai aderir a tese da quarta via, como novo pólo da sucessão presidencial. Luciano Bivar já iniciou uma aproximação com a executiva nacional do PROS, na figura do candidato a presidente, o empresário Pablo Marçal, na noite dessa terça-feira (05/07). O próximo passo da frente partidária UB-PROS será procurar a executiva do Avante 70, na figura do deputado federal, André Janones, nas próximas horas. 

O presidente estadual do PROS, Adilson Pinho, sem dúvida vai se tornar uma liderança muito forte, no núcleo da campanha do pré-candidato a governador do Ceará do União Brasil, o deputado federal Capitão Wagner, no pleito desse ano.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB

Na Sede do PROS Ceará

 



Na companhia do presidente estadual do PROS, Adilson Pinho, na sede da agremiação partidária. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB


 

Qual o papel de Acilon Gonçalves na movimentação política do Ceará

 

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/pontopoder/qual-o-papel-de-acilon-goncalves-na-movimentacao-politica-do-ceara-1.3250877


Uma das principais lideranças da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves (PL), tem comandado articulações que o fazem ser apontado por aliados e adversários como um possível “fiel da balança” no pleito deste ano. Chefiando ou tendo correligionários em ao menos seis prefeituras no entorno da Capital – e oito em outras regiões do Estado –, o político é cortejado por lideranças da base governista e também da oposição.


O mandatário, que até pouco tempo era considerado aliado de primeira ordem do grupo Ferreira Gomes, é um dos raros políticos cearenses que consegue ter em seu plantel de aliados petistas e bolsonaristas. Desde o fim do ano passado, quando tornou-se correligionário do presidente Jair Bolsonaro (PL), o cearense se viu emparedado e teve sua liderança questionada até por colegas de sigla no Estado. 


No entanto, a três meses das eleições, o político já ganha elogios de bolsonaristas cearenses enquanto é disputado pelo senador Cid Gomes (PDT), líder das articulações governistas, e pelo deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), principal nome da oposição. 


Para entender qual é o papel de Acilon Gonçalves na movimentação político-eleitoral no Ceará, o Diário do Nordeste ouviu analistas políticos, lideranças partidárias e aliados do prefeito como parte da série Influências Políticas.


TROPA DE PREFEITOS

Em termos quantitativos, o que credencia Acilon como essa liderança forte no Ceará é justamente o poder de influência nos municípios cearenses, aponta o cientista político Cleyton Monte, que também é professor universitário e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem) da Universidade Federal do Ceará (UFC).


“Ele é uma liderança muito importante por ter um poder de influência sobre, praticamente, 15 prefeituras, isso não é pouco, faz dele um player importante. Além disso, é uma figura que está liderando o PL no Ceará, o partido de Bolsonaro, essa liderança garante a ele o poder de distribuir os recursos eleitorais”

CLEYTON MONTE cientista política


Nas eleições de 2020, além de conseguir ser reeleito como prefeito do Eusébio, Acilon emplacou integrantes de seu grupo político em municípios vizinhos. Em Aquiraz, Bruno Gonçalves conseguiu ser eleito como chefe do Executivo municipal. O político é filho de Acilon.


Os prefeitos de Itaitinga, Paulo César Feitosa; Beberibe, Michele Queiroz; e Pindoretama, Dedé Soldado, também são aliados do prefeito de Eusébio. Além desse grupo, o PL ainda elegeu mandatários para as prefeituras de Baturité, Cariús, Choró, Milhã, Miraíma, Mulungu, Nova Russas e Santana do Acaraú. Ao todo, no pleito de 2018, esses municípios somaram quase 390 mil eleitores.


Para Capitão Wagner, esses números enchem os olhos daqueles que, como ele, querem se aliar a Acilon. 


“Além de presidir um partido extremamente importante, o Acilon traz consigo a experiência de uma gestão reconhecida: o melhor IDH do Ceará está no Eusébio. Além disso, ele tem uma grande força política nas prefeituras que são vinculadas a ele, é um grupo político muito consolidado, forte e leal”

CAPITÃO WAGNER (UNIÃO BRASIL)

Deputado federal e pré-candidato ao Governo do Ceará


“Tem ainda experiência de gestão como secretário, vereador e deputado, tem força política, experiência de gestão, partido importante, então é um aliado que é cobiçado por todas as forças políticas do Estado e terá um peso político muito importante”, conclui Wagner.


 UM PASSADO QUE EXPLICA O PRESENTE

Assessor de Acilon Gonçalves no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, o consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa relembra que ainda na primeira metade da carreira política, o atual prefeito do Eusébio já dava sinais do poder de influência que teria nos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza.


Em sua segunda disputa eleitoral, em 1992, Acilon foi eleito vereador de Fortaleza. O político só deixou o legislativo municipal em 1998, quando conseguiu ser eleito para a AL-CE.


“Ele compreende logo que é uma figura forte na Grande Fortaleza, principalmente na Capital e em Eusébio. Nascido em Aurora, mas com colégio eleitoral na Região Metropolitana, ele já se projetava, nessa época, como liderança estadual”, conta. 


Ainda em 2001, ele vai para o PSB e apoia o grupo que lançou Anthony Garotinho como candidato à Presidência. Isso é importante para entendê-lo agora, o Acilon sempre se adequou aos projetos nacionais e locais. Algumas pessoas acham que esse processo dele é recente, mas tomando como princípio o rearranjo nacional, ele já fez esses movimentos há 20 anos”

LUIZ CLÁUDIO FERREIRA BARBOSA consultor político

Em sua trajetória política, Acilon foi eleito prefeito do Eusébio em 2004 e reeleito em 2008. O mandatário, à época, indicou o sucessor, Arimatéa Júnior, e retornou ao cargo quatro anos depois.


De acordo com Luiz Cláudio, nos anos seguintes, a influência de Acilon – tão disputada no pleito deste ano – é capilarizada pelos municípios próximos ao Eusébio, chegando ao auge da influência em 2020, quando ele consegue eleger aliados em cinco municípios. 


Paralelamente, o político também expande a força partidária – até então abrigada no Patriota – para o Legislativo Federal, elegendo o deputado Júnior Mano (PL). No ano seguinte, Acilon e seu grupo político desembarcam no PL, que tinha em seus quadros o deputado federal Dr. Jaziel. 


Assim, até o fim do ano passado, Acilon parecia ter um cenário favorável para se consolidar como uma das principais lideranças governistas do Ceará: comandava um dos maiores partidos do Brasil, tinha dois nomes na bancada Legislativa Federal e ainda comandava direta ou indiretamente quase 15 prefeituras cearenses.


ALIADO DE BOLSONARO

No entanto, a filiação do presidente Jair Bolsonaro em novembro do ano passado revirou o tabuleiro político do prefeito do Eusébio e o obrigou a tomar medidas que podem ser decisivas tanto para a base quanto para a oposição do Ceará neste ano.


Em um primeiro momento, atraídos pela filiação do chefe do Executivo nacional, bolsonaristas cearenses desembarcaram no PL Ceará e, mais que isso, investiram para tomar o comando da sigla. A frente incluía o vereador de Fortaleza Carmelo Neto, os deputados estaduais André Fernandes e Dra. Silvana, além do deputado federal Dr. Jaziel. 


Porém, a investida fracassa e o prefeito acaba conseguindo aval do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, para ser reconduzido ao comando do PL Ceará. Essa decisão atesta o interesse de Valdemar em manter a política pragmática de Acilon no comando da sigla no Estado.


“O Valdemar Costa Neto transformou o Partido Liberal no maior partido governista, mas não em um partido bolsonarista. Ele tem quadros bolsonaristas. Agora ele quer transformar o PL em uma potência eleitoral, aí ele faz uma estratégia interessante, que é manter o Acilon. Assim, ele consegue fincar o pé na Prefeitura de Fortaleza, no Governo do Ceará e no Governo Federal”, avalia o consultor político.


As manobras tomadas por Acilon desde novembro o fizeram ganhar espaço também entre a ala mais bolsonarista do partido. Antes crítica do presidente da sigla, a deputada Dra. Silvana passou a exaltar o correligionário.


“Ele comprovadamente tem experiência em montar partido, em ganhar eleição [...] Em princípio, cheguei a duvidar, falei até para ele mesmo que achava difícil que ele fosse marchar com Bolsonaro, mas vi que ele tem palavra, as atitudes dele têm demonstrado que ele realmente vai marchar com o presidente Bolsonaro”, afirmou em entrevista ao Diário do Nordeste.


PRAGMATISMO

Desde que Bolsonaro passou a ser correligionário de Acilon, o político cearense fez movimentos de aproximação com o presidente da República. Em fevereiro deste ano, por exemplo, Acilon viajou até Jati, no Ceará, para recepcionar o presidente. Ele não chegou a compor a mesa ao lado de Bolsonaro e assistiu a todo o evento da plateia, no entanto, foram apresentados um ao outro por Wagner.


Mas os acenos não pararam por aí. Em março, ele confirmou que estará engajado na campanha de Bolsonaro no Ceará.


"A partir de abril, vamos trabalhar toda a sistemática do partido para angariar votos para todos os filiados ao partido. (...) Hoje temos como objetivo fortalecer o partido, fazer boa bancada e levar muitos votos para os candidatos majoritários: hoje tem o presidente Bolsonaro, (candidato a) presidente pelo partido", disse Acilon.


Em outra via, Acilon também tem reforçado a base bolsonarista no Estado. Ele já lançou a pré-candidatura da médica Mayra Pinheiro, que deve disputar vaga como deputada federal. Outro pré-candidato da sigla é o Coronel Aginaldo, diretor da Força Nacional de Segurança Pública e marido da deputada federal Carla Zambelli (PL).


No mês passado, o prefeito ainda iniciou uma ofensiva de apoio a Bolsonaro, tentando estruturar a coordenação de campanha do presidente. Ele fez viagens ao Cariri ao lado do ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos, mas sem a presença de articuladores tradicionais de Bolsonaro no Estado, como o deputado estadual André Fernandes.


Acilon tem um modus operandi político que difere dos aliados mais fiéis do presidente, que rejeitam as instituições e se aproximam da figura de Bolsonaro. O prefeito cearense atua na construção de alianças e expansão da força política por meio do pragmatismo, sem adotar radicalismos.


"QUERIDO AMIGO”

Mesmo caminhando para trincheiras adversárias, a situação de Acilon é compreendida pelo senador Cid Gomes (PDT), líder do grupo governista no Ceará. Em fevereiro deste ano, durante evento pedetista em Pacajus, ele comentou sobre o futuro do prefeito de Eusébio.


“É uma situação que eu não queria estar. O Acilon é um querido amigo nosso e não é de hoje, ele compôs a base de apoio quando o Ciro foi prefeito em 1989, então é uma relação de muito tempo. Agora, o presidente Bolsonaro se filiou ao partido dele, isso criou uma situação constrangedora”, disse.


“Tenho certeza que a situação dele é absolutamente desconfortável. O Acilon não tem nada de bolsonarista, pelo contrário, ele acredita na ciência, é um médico, acredita na boa gestão, mas está nessa sinuca de bico"

CID GOMES (PDT) senador

Para o cientista político Cleyton Monte, ainda que o presidente do PL Ceará aproxima-se de Bolsonaro, não é possível afirmar que haja uma ruptura dele com o grupo governista no Ceará. 


“(Acilon) está buscando garantir pontes com Bolsonaro e com o Governo do Ceará, tanto que ele nunca anunciou oficialmente o rompimento com o grupo governista daqui, a ideia dele, como pragmático, é garantir os dois espaços”, avalia.


A nível estadual, Acilon, de fato, tem participado constantemente de eventos ao lado da governadora Izolda Cela (PDT) e até do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT). O político também não garantiu, até agora, apoio ao nome de Wagner, pré-candidato da oposição. Pelo contrário, o prefeito de Eusébio tem articulado o lançamento da candidatura de Raimundo Gomes de Matos.


PODER DE BARGANHA

Para Cleyton Monte, essa postura dá a Acilon “poder de barganha” nas negociações, seja de um lado ou de outro, em um eventual segundo turno.


"Acilon tem se distanciado dos Ferreira Gomes e de Camilo Santana, mas isso não os tornou adversários. Ele tem portas abertas, talvez até para um futuro próximo. Não existe um rompimento verbal entre eles”

LUIZ CLÁUDIO FERREIRA BARBOSA consultor político

Tanto o cientista político quanto o consultor apontam que o foco de Acilon Gonçalves e Valdemar Costa Neto é ampliar a bancada legislativa, garantindo ao PL mais força no Congresso Nacional. Nesta conjuntura, o lançamento de uma chapa majoritária, defendida pelo prefeito, serve principalmente como palanque para os candidatos a deputado.


“Para eleger três ou quatro deputados estaduais e federais, ele necessita de uma candidatura própria. Do lado governista, há interesse em formar essa oposição consentida, que é como uma dissidência da base governista estadual com um pé no presidente da República”, acrescenta o consultor.


Por outro lado, para Luiz Cláudio, em um estado onde a rejeição a Bolsonaro é alta, como o Ceará, uma eventual candidatura lançada pelo partido do Acilon pode beneficiar inclusive Wagner. 


“É interesse do Wagner regionalizar a campanha, então essa candidatura do PL pega para si a bandeira de defender o Governo Federal, deixando Wagner em uma situação mais livre, que é de interesse dele, para atrair votos mais diversos e também os votos bolsonaristas, lavajatistas etc”, aponta.

  


Título - Artigo - Que carta faz falta no jogo sucessório do PDT?

 



https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2022/07/02/artigo-que-carta-faz-falta-no-jogo-sucessorio-do-pdt.html


Os quatro ases já estão postos na mesa, há algum tempo, no jogo sucessório do PDT ao Governo do Ceará. O Ás de Ouros é representado pelo ex-prefeito e médico Roberto Cláudio. O Ás de Copas pela governadora Izolda Cela. O Ás de Espadas pelo deputado estadual Evandro Leitão. O Ás de Paus pelo deputado federal Mauro Filho.


Com uma invejável mão como essa, então por que o partido ainda não deu início à aposta no pôquer eleitoral, ao invés de submeter Ciro Gomes em uma complicada partida de xadrez e a manter Cid Gomes a uma sem graça brincadeira de esconde-esconde?


É porque, no pôquer, se joga com cinco cartas!


A quinta carta, aquela que não interfere no four de ases, mas se mostra imprescindível na composição do jogo, deveria ser José Sarto. Não por sua experiência política, tampouco por sucessivas vitórias em pleitos eleitorais. Mas pelo cargo que atualmente ocupa: prefeito de Fortaleza.


Logo Sarto, que teve a campanha ao próprio Paço Municipal levada nas costas pelo então prefeito Roberto Cláudio, quando acometido de covid-19, além de outros exemplos de grande influência do maior cargo do Executivo de Fortaleza, nos mandatos de Luizianne Lins e Juraci Magalhães.


A ausência do prefeito de Fortaleza no momento mais importante do jogo sucessório, faz com que o ex-governador Camilo Santana ganhe de forma inapropriada o protagonismo da escolha do nome do PDT. Ou mesmo o prefeito de Caucaia, Vitor Valim, exercendo com boa vontade uma função estratégica. Mais recentemente Ivo Gomes, com igual boa vontade.


Vereadores, deputados estaduais, deputados federais, ex-parlamentares, lideranças de bairros e até opositores tumultuam o processo, diante do vácuo provocado pelo prefeito de Fortaleza.


Por certo, Sarto não está acostumado a tamanho protagonismo. Talvez esqueceram de avisá-lo de todas as responsabilidades do cargo ao qual ocupa. Talvez apenas se omitem de atentá-lo da omissão.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB



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O governador Lúcio Alcântara

 


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Na companhia do governador, Lúcio Alcântara, no Ideal Clube. Tema - Avaliação dos quadros do União Brasil seção cearense.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB 




SIMONE TEBET E O SEU TÍMIDO CRESCIMENTO ELEITORAL

 


A pesquisa de opinião pública da Exame/Ideia trouxe sopro de esperança a candidatura presidencial, Simone Tebet, da seguinte coligação partidária: MDB, PSDB e Cidadania.

A presidenciável emedebista começa lentamente pontual na casa dos 3% até 5% nas pesquisas estimuladas. Na pesquisa Exame/Ideia divulgada hoje, a senadora registrou 3% na estimulada.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB.