domingo, 11 de maio de 2014

Cid Gomes não errou – As circunstâncias políticas mudaram

O governador Cid Gomes (PROS) não fez nenhuma análise política eleitoral, na mudança de domicilio partidário, quando saiu do PSB para o PROS, no mês de setembro de 2013. Cid Gomes procurava espaço vital dentro da base aliada da presidente Dilma Rousseff, num momento de recuperação da popularidade da mesma, com probabilidade de vencer, no primeiro turno do pleito presidencial de 2014, os seus principais concorrentes
.

A decisão de ficar no palanque do Partido dos Trabalhadores na sucessão presidencial de 2014, sem dúvida era o melhor dos mundos, naquele momento político de meados do ano passado, para os irmãos Gomes (Ciro /Cid). O PROS era um partido governista por natureza, com o seu DNA peemedebista, na construção dos seus diretórios estaduais. O passaporte para acomodação no condomínio político-eleitoral da presidente Dilma Rousseff, por parte dos ex – socialistas cearenses, era adesão ao novo partido.

O governador Cid Gomes (PROS) não acreditava no crescimento da pré- candidatura do ex-governador pernambucano, o economista Eduardo Campos, no primeiro semestre de 2014, para presidente da República. A saída do Partido Socialista Brasileiro foi um calculo político, com certa margem de dar certo, para os irmãos Gomes, pois por incrível que pareça, o futuro presidenciável socialista, ainda não conseguiu o desempenho esperado nas pesquisas eleitorais. Eduardo Campos cresceu dentro do desempenho de uma terceira via ao confronto PSDB e PT, com média de 9% até 11%, nas pesquisas de opinião pública: Sensus, Datafolha, MDA e Ibope.

A presidente Dilma Rousseff (PT) não manteve o seu crescimento de popularidade no início de 2014. A tendência do Planalto será a de enfrentar uma opinião pública desejosa de mudança na maneira de administrar o Governo Federal. Dilma Rousseff já perdeu parte do seu capital político recuperado no segundo semestre de 2013.

O governador Cid Gomes (PROS) não esperava esse cenário tão negativo, para a presidente Dilma Rousseff (PT), na véspera de uma explosão de manifestações populares contra o mau uso dos recursos público nas obras do Campeonato Mundial de Futebol, com sede no Brasil. A direção nacional do PROS, já procura romper, com o Planalto, nos próximos dias, por isso do confronto direto, com os irmãos Gomes, em relação aos cargos do Ministério da Integração Nacional.

O PROS procura aderir à pré-candidatura presidencial do PSB, em função da aliança no Estado do Rio de Janeiro. Existe uma parceria entre essas duas agremiações, na pré-candidatura do deputado federal Miro Teixeira (PROS) ao Governo estadual, tendo como parceiro na chapa majoritária, o deputado federal Romário (PSB), para vaga de senador.

O governador Cid Gomes (PROS) nunca poderia prever uma mudança tão drástica do cenário político na imagem da presidente Dilma Rousseff (PT), nem também a quase formalização da aliança estadual do PSB e do PROS no Estado do Rio de Janeiro, em detrimento de sua aliança, com o Planalto. O PROS não vê perspectiva no palanque nacional do PT, para os próximos meses, mas deseja criar uma ponte num futuro Governo Federal nas mãos das oposições: PSDB ou PSB.


Nenhum comentário:

Postar um comentário