domingo, 22 de julho de 2018

Ciro Gomes e a Nova Cruzada Constitucional - O Novo Itamar Franco


O presidenciável Ciro Gomes (PDT) deverá fazer a sua campanha eleitoral baseada no discurso da necessidade das reformas estruturais: Trabalhista, Tributária e Política. Ciro Gomes precisa ser o principal crítico do presidencialismo coalizão e do neofisiologismo da aliança política-eleitoral do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) e do presidente Michel Temer (MDB). A classe média brasileira necessita de uma candidatura presidencial que represente a responsabilidade fiscal e a responsabilidade administrativa, porém tudo isso numa linguagem bastante técnica.

O núcleo da campanha do presidenciável Ciro Gomes precisa ressuscitar o período no qual, o mesmo foi ministro da Fazenda, isso ocorreu em 1994, na época  da estabilização do Plano Real. O ex-presidente Itamar Franco foi o grande responsável pelo equilíbrio fiscal e o equilíbrio financeiro da economia brasileira, na véspera da entrada do segundo milênio. Ciro Gomes tem tudo para relembrar esse período importante do qual foi o grande fiador da área econômica, com busca ser visto como o novo guardião da estabilidade democrática nos próximos anos.

A tendência do Partido Democrático Trabalhista é a de talvez não fazer nenhuma aliança no campo do centro-esquerda lulista: PSB e o PC do B. O presidenciável Ciro Gomes poderia abrir  a mesa de negociação, com os presidenciais de centro no campo político brasileiro: Marina Silva (REDE) e o Álvaro Dias (Podemos). Ciro Gomes deveria direcionar as suas energias para a construção da primeira coligação partidária brasileira anti-lulista e anti-tucano. Os presidenciáveis Marina Silva e Álvaro Dias não teriam nenhum problema de conversar com o presidenciável Ciro Gomes, nos próximos dias, lógico que isso terá que ser antes do dia 05 de agosto.

O ex-governador Leonel Brizola quase foi ao segundo turno na eleição presidencial de 1989. Leonel Brizola reconheceu após a vitória do candidato direitista (Fernando Collor), que o seu erro estratégico  foi  não ter feito o diálogo de aliança eleitoral, com o presidenciável Mário Covas do PSDB. O próprio Mário Covas também reconheceria depois o mesmo erro estratégico na sucessão presidencial de 1989. O presidenciável Ciro Gomes tem poucos dias para construir uma nova frente partidária, para impor uma derrota aos políticos fisiológicos brasileiros. 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 22 de Julho de 2018

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa