sexta-feira, 28 de abril de 2017

Greve Geral e os seus Acertos e Erros no Ceará- A CNBB é a verdadeira força oposicionista ao presidente Michel Temer (PMDB)



O presidente Michel Temer (PMDB) demonstra preocupação mínima em relação às manifestações da Greve Geral realizada nas principais cidades brasileiras, nesta sexta-feira, 28 de Abril de 2017. Os partidos oposicionistas e as centrais sindicais discursaram contra as reformas na área trabalhista e na área previdenciária, mas o principal discurso foi o Fora Temer, com isso houve esvaziamento das manifestações. 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apoiou a greve geral no Brasil, com nota e apoio logístico das suas dioceses aos manifestantes. A CNBB tem enorme capacidade de dialogar com os setores conservadores e moderados da sociedade civil, porém foi impedida pelas centrais sindicais de ser a principal porta-voz da Greve Geral a nível nacional. O discurso de saída do presidente Michel Temer (PMDB) não tem apelo ou eco entre os membros eclesiásticos conservadores da Igreja Católica, por este motivo diminuiu o raio de ação do movimento operário e campesino cristão. 

Os partidos oposicionistas ao Palácio do Planalto (Brasília) e os sindicatos dos trabalhadores ainda não foram a público fazer mea-culpa pelo período, que mantiveram uma relação de convivência pacífica, com o capital financeiro durante a Era Lula-Dilma Rousseff (2003-2016). A reforma trabalhista e a reforma previdenciária poderiam ter sida feitas com  pautas favoráveis as manutenções dos direitos conquistados da classe trabalhadora brasileira, nos quatro governos petistas. O discurso de ataque ao atual status quo da política nacional, não é vista pela opinião pública, como legítima nas vozes dos ex-governistas e aliados de primeira ordem dos banqueiros nos últimos treze anos ou até agosto 2016.

O discurso ideológico com refrão Fora Temer é propício para a criação de um gueto político-institucional, que agradaria ao presidente Michel Temer (PMDB), que não tem nenhuma pretensão de ser um líder carismático perante a sociedade civil, pois os setores moderados e conservadores não vão embarcar numa parceria política, com os partidários do ex-presidente Lula. O presidente Michel Temer (PMDB) sabe que a principal organização oposicionista, com credibilidade na opinião pública é a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A CNBB deverá ser o principal fórum político nacional contra a votação final da Reforma da Previdência no Congresso, com apoio dos partidos oposicionistas e das centrais sindicais.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político
Fortaleza, 28 de Abril de 2017


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Camilo Santana e a Encruzilhada Lulista-Petista no Ceará




O fim da invencibilidade do bloco lulista-petista e aliados regionais na política nacional, sem dúvida vai ter reflexo no cenário eleitoral do Ceará. O governador Camilo Santana (PT) compreende que não existem mais os cenários eleitorais pró-Lula-Cid Gomes: 2006, 2010 e 2014. O provável quadro da sucessão estadual deverá ser de total dependência política do desempenho pessoal do chefe do executivo.


O ex-governador Cid Gomes (PDT) tem noção do fim do campo hegemônico na política cearense do seu grupo político-administrativo, sem o respaldo do Governo Federal. Cid Gomes foi beneficiado pelo alto índice de popularidade da Era Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), como também pelo abundante repasse de recursos financeiros do Governo Federal para o Governo Estadual, que foi mantido no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).


O governador Camilo Santana (PT) ainda tem lembrança do processo político-eleitoral do ex-governador Lúcio Alcântara (PR), que foi obrigado a enfrentar uma frente partidária, com apoio do Governo Federal, na eleição estadual de 2006, quando o mesmo não foi reeleito. Camilo Santana compreende o poder de uma oposição turbinada politicamente pelo Governo Federal.


A candidatura presidencial do ex-ministro, Ciro Gomes (PDT), não garante alavancar a reeleição do governador Camilo Santana (PT), pois no pleito eleitoral de 2002, o bloco político-administrativo tassista-cirista quase não elegeu o governador Lúcio Alcântara contra a frente partidária, com o apoio do futuro Governo Federal. A reeleição do governador Camilo Santana mais lembra o cenário de 2006 do que a reeleição do seu antecessor à frente do Governo do Estado do Ceará, no pleito eleitoral de 2010.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político

Fortaleza, 26 de Abril de 2017


O futuro presidenciável Ciro Gomes e o cidadão-eleitor (Anti-Lula)






A minha análise semanal da política nacional e local. Livraria Ler - North Shopping Jóquei. Tema: O futuro presidenciável Ciro Gomes e o cidadão-eleitor (Anti-Lula) | O eleitorado anti-lulista e os seus lideres: João Doria (PSDB) e Jair Messias Bolsonaro (PSC) | O senador Tasso Jereissati (PSDB) e as forças políticas pró- João Doria no Estado do Ceará.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 26 de Abril de 2017