quarta-feira, 30 de julho de 2014

Blog do Eliomar de Lima: Eunício Oliveira e Tasso Jereissati – Juntos ou misturados

Com o título “Eunício Oliveira e Tasso Jereissati – Juntos ou misturados?, eis o artigo de Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, consultor político e sociólogo.  Ele analisa o capital político dessa junção de forças. Confira:
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/eunicio-e-tasso-juntos-e-misturados/ 

A construção da aliança entre o senador Eunício Oliveira (PMDB) e o ex- governador Tasso Jereissati (PSDB) não um foi processo trabalhado no campo político-eleitoral, tendo como base projetos comuns. Pelo contrario, o processo foi pragmático, em cima do calendário eleitoral. Essas duas lideranças estão juntas numa chapa majoritária (Governador e Senador), mas ainda não conseguiram mesclar ou juntar os seus capitais políticos.

O senador Eunício Oliveira (PMDB) rompeu, há menos de três meses, com o grupo político do governador Cid Gomes (PROS), por divergência referente a sua não indicação para candidato natural da sucessão do Governo pelo condomínio administrativo-eleitoral da coligação PMDB–PT–PROS. O PMDB acabou por se deslocar para o espectro eleitoral da oposição na política cearense.

A candidatura peemedebista ao cargo de governador não é uma postulação de oposição, mas apenas uma dissidência do antigo bloco dominante da política cearense. Eunício Oliveira já reuniu em torno de sua candidatura ao Governo estadual, outras lideranças que saíram do centro do poder, no caso especifico os ex-governadores Lúcio Alcântara (PR) e Tasso Jereissati (PSDB). A coligação PMDB–PR–PSDB não tem identidade interna, pois esse conjunto é feito de três sub-conjuntos, unidos pelo objetivo de deslocar o grupo dominante da política cearense do centro do poder, no pleito eleitoral de 2014.

A primeira pesquisa de opinião pública para sucessão política no Ceará, feita pelo Ibope, não trouxe grande novidade, já havia a certeza dos bons números dos candidatos da coligação PMDB – PR – PSDB: o candidato ao governo estadual, o senador Eunício Oliveira (PMDB), com um teto máximo na pesquisa estimulada na casa de 45% dos votos válidos, já o seu companheiro de chapa majoritária, para o cargo de senador, o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), com um patamar consolidado de 60% dos votos na mesma pesquisa estimulada.

O candidato Eunício Oliveira (PMDB) procura criar várias fissuras na base de apoio do seu principal concorrente, o deputado estadual Camilo Santana (PT), que é apoiado pelo governador Cid Gomes (PROS). A candidatura ao Senado do empresário Tasso Jereissati (PSDB) procura transformar o pleito eleitoral numa espécie de plebiscito para devolver a vaga do Parlamento Alto ao seu ex-inquilino. Eunício Oliveira e Tasso Jereissati não desenvolveram ainda uma estratégia conjunta de trabalho, em relação aos pontos comuns de seus respectivos grupos políticos.

O PMDB não abre mão de apoiar a candidatura da presidenciável Dilma Rousseff (PT) no palanque do seu candidato Eunício Oliveira, devido a isso existirá uma estrutura a parte da campanha tucana do candidato ao Senado, o ex – governado Tasso Jereissati, que vota no presidenciável Aécio Neves. O problema dessa coligação não é o objetivo de derrotar o grupo político dos irmãos Gomes, mas a dificuldade em unificar os interesses conflitantes entre os seus integrantes.

* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.



quinta-feira, 24 de julho de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Alerta Vermelho - Dilma Rousseff e os números negativos da economia

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 24 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
Durante o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), uma economia em desaceleração foi contida pela criação de empregos e pela demanda de consumo. Dados publicados nos últimos dias já apontam que a economia está mudando de cenário: queda na criação de emprego; queda no consumo interno.
A equipe econômica do governo federal já reavaliou o crescimento de vagas de trabalhos, para somente 1 milhão de novos empregos, com carteira assinada, pois a previsão anterior, era a criação de 1 milhão e 500 mil novos empregos de carteira assinada. Saldo negativo de menos 500 mil vagas de empregos no mercado de trabalho. O Ministério do Trabalho já não acredita na continuação do processo de pleno emprego em 2015.
Nesta terça-feira, o governo reduziu suas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 para 1,8 por cento, ante 2,5 por cento. No mercado, já há estimativas de crescimento abaixo de 1 por cento. A presidente Dilma Rousseff (PT) não esperava esse cenário negativo do crescimento do PIB, para o período de renovação eleitoral do seu mandato a frente do Planalto.
A presidente Dilma Rousseff (PT) começa a perder a capacidade político-eleitoral de vencer o pleito eleitoral de 2014, no primeiro turno. Nos últimos dias, tivemos três grandes pesquisas do quadro sucessório da Presidência da República: Datafolha, Sensus e Ibope. Dilma Rousseff (PT) mantém a  média de 36% na preferência do eleitorado, no cenário de primeiro turno, já os seus principais oponentes bem atrás: Aécio Neves (PSDB) em torno de 20% e o Eduardo Campos (PSB) com média de 8% nas pesquisas estimuladas. Nos cenários de segundo turno, já temos empate técnico entre os candidatos do PT  e do PSDB.
A coligação da candidata Dilma Rousseff (PT) tem grande vantagem em relação aos adversários na propaganda de TV. Enquanto ela terá 11 minutos e 48 segundos para alardear as ações do governo e novas propostas, o candidato do PSDB, senador Aécio Neves, terá 4 minutos e 31 segundos, e o Eduardo Campos, candidato do PSB, terá apenas 1 minutos e 49 segundos.
A equipe de marketing da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) vai criar uma série de campanhas publicitárias no período do programa eleitoral gratuito (televisão e rádio), para diminuir o impacto das noticias negativas na área da economia. Os principais candidatos de oposições vão ao sentido contrario, em seus programas eleitorais irão atacar direto nos números negativos do Planalto. O mercado financeiro já acendeu o alerta vermelho para as equipes econômicas dos principais presidenciáveis.
Entrevista do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa para TV Fortaleza
Entrevista do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa para TV União


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Programa Pela Ordem da TV Fortaleza

A minha participação no Programa Pela Ordem da TV Fortaleza. No horário da 19 horas dessa quinta - feira, 17 de Julho de 2014: Tema: A Copa das Copas - O legado Econômico, Social e Político. A violência no Ceará e no Brasil. O processo eleitoral de 2014.

O link do canal na Internet:
http://www.cmfor.ce.gov.br/tvfortaleza.html


Entrevista do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa para TV Fortaleza

Artigo no Jornal O Estado - Aliança Oposicionista - Quem será o adversário da Dilma Rousseff no segundo turno: Aécio Neves ou Eduardo Campos.

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 17 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
Nas últimas duas eleições para presidente da República, não houve união das oposições no segundo turno. No pleito eleitoral de 2006 a terceira colocada, a senadora Heloisa Helena (PSOL), não apoiou o candidato oposicionista no segundo turno, o tucano Geraldo Alckmin, contra a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No pleito eleitoral de 2010, a ex-senadora Marina Silva (PV) pregou a neutralidade em relação ao segundo turno entre os candidatos: Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
O processo pré-eleitoral da sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), foi marcado pela aproximação tática do Partido da Social Democracia Brasileira e do Partido Socialista Brasileiro, já nas eleições e reeleições de vários prefeitos nos pleitos eleitorais de 2012. O PSDB e o PSB vão coabitar em vários palanques regionais, com intuito de criar uma estratégia competitiva para os seus principais candidatos aos cargos do executivo (Governador) e dos legislativos (Câmara – Senado): Paraná, São Paulo, Pernambuco e outros.

Os atuais presidentes nacionais do PSDB e PSB são também presidenciáveis por seus respectivos partidos: o senador Aécio Neves e o ex-governador Eduardo Campos. A quase perfeita simetria entre essas duas lideranças das oposições a permanência da presidente Dilma Rousseff (PT), por mais quatro no Planalto, sempre teve um empecilho, pois somente um dos dois poderá ir ao segundo turno, para o perdedor somente restaria apoiar o outro. Os tucanos e os socialistas têm vários pontos divergentes nas suas visões de fazer oposição ao governo federal.
O presidenciável tucano Aécio Neves procura atrair os dissidentes da base governista da presidente Dilma Rousseff, com isso tenta construir uma média de onzes palanques regionais competitivos pelo Brasil. O PSDB tem ligação histórica com a ala rebelde do PMDB, como também, com outras siglas governistas (PP – PR – PSD), sempre fazendo contraponto nos rearranjos locais as alianças do Partido dos Trabalhadores e os seus aliados históricos. Aécio Neves tem o perfil de conciliador de interesses políticos antagônicos entre os atores políticos, por isso tem apoio de setores conservadores e liberais da sociedade civil.
O presidenciável socialista Eduardo Campos procura atrair os setores urbanos e os dissidentes do campo democrático do Planalto para o seu palanque, por isso do discurso progressista oposicionista em relação ao candidato tucano e a presidente Dilma Rousseff (PT). Eduardo Campos será obrigado a dividir a sua campanha majoritária em duas frentes ou dois núcleos, com a sua companheira de chapa majoritária: a candidata socialista a vice-presidência Marina Silva. O PSB acredita nessa estratégia para chegar ao segundo turno contra o Partido dos Trabalhadores.
Entrevista no Programa Pela Ordem - TV Fortaleza -  Quinta - feira, 17 de Julho de 2014.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - A manutenção do “Cidismo” sem Cid Gomes

Com o título “Nova Modernidade – Conservadora no Ceará – Cidismo sem Cid Gomes”, eis artigo do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele analisa a perspectiva dos neocidistas no Estado. Confira:
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/manutencao-cidismo-sem-cid-gomes/
O governador Cid Gomes (PROS) deseja fazer uma renovação nas lideranças políticas do Ceará, apesar de adotar o conservadorismo da manutenção do poder, e por outro lado quer a renovação dos quadros administrativos dos principais cargos (Governador e Prefeitos), usando nestes casos o discurso da modernidade. Cid Gomes no último pleito eleitoral de Fortaleza e Sobral, foi o responsável pelo surgimento de dois novos prefeitos, que são os expoentes da modernidade – conservadora na gestão pública: o prefeito reeleito de Sobral, José Clodoveu de Arruda (PT), e o prefeito eleito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS).
Os irmãos Gomes (Ciro – Cid) já são considerados os políticos, com maior longevidade no poder da política cearense, com quase três décadas de participação no centro político da administração do Governo do Ceará: Tasso Jereissati (1987 – 1991); Ciro Gomes (1991 -1994); Tasso Jereissati (1995 – 2002); Lúcio Alcântara (2003 – 2006) e Cid Gomes (2007 – 2014).
O ex-ministro Ciro Gomes (PROS) optou pela coabitação política- administrativa, com o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), para a manutenção do poder central, sem perspectiva de surgimento de uma terceira força, sem anuência dos dois. A única liderança permitida para dar um sopro de renovação na estratégia tática do condomínio político-administrativo de Tasso – Ciro, foi o ex-prefeito de Sobral e atual do chefe do executivo do Governo estadual, o engenheiro Cid Gomes, que foi eleito em 2006, com intuito de manutenção do poder central, mas havia um discurso de modernidade administrativa.
O governador Cid Gomes (PROS) desfez o acordo de coabitação política, com o grupo do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), bem no início do seu primeiro governo, pois cedeu um espaço reduzido ao Partido da Social Democracia Brasileira, com somente duas secretárias estaduais: Turismo e Justiça e Cidadania. Cid Gomes rompeu com o grupo político tassista na montagem de sua chapa majoritária para a sua reeleição no pleito eleitoral de 2010.
O modelo de coabitação política-administrativo de Ciro Gomes e Tasso Jereissati, foi substituído por uma nova modernidade-conservadora no campo político-administrativo do governador Cid Gomes (PROS), no seu segundo mandato. A criação de lideranças instantâneas para os cargos eletivos, em detrimento das lideranças tradicionais, com peso na política local, o caso mais bem sucedido, foi a eleição do atual prefeito de Fortaleza. Cid Gomes (PROS) procura fazer do deputado estadual Camilo Santana (PT) e da ex-secretária estadual, a pedagoga Izolda Cela (PROS), a sua chapa majoritária, que não teve compartilhamento ou consulta, com nenhuma outra força política aliada, pois o processo foi gestado no núcleo do poder do Palácio da Abolição. Cid Gomes deseja fazer a renovação consentida no seu grupo político: Cidismo sem Cid Gomes.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.

sábado, 12 de julho de 2014

O torcedor-cidadão fez a sua parte na Copa das Copas

O cidadão brasileiro não estava otimista, com a infraestrutura na área de mobilidade urbana e os caríssimos estádios nas cidades-sede, nem com a utilização dos recursos públicos do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica. A presidente Dilma Rousseff (PT) foi vítima do maior protesto público que foi feito na abertura do Campeonato Mundial do Futebol de 2014.


O cidadão-eleitor era contra o evento da Copa das Copas no Brasil. A pesquisa Datafolha no início do evento esportivo foi o retrato desse descontentamento social-político: 55% contra apenas 45% favorável da opinião pública. O torcedor -cidadão surgiu durante os jogos, com os públicos recordes nos estádios, onde na maior parte das partidas, a grande maioria dos presentes eram brasileiros. Não houve multidões nas ruas ou praças, e sim, a invasão nos restaurantes e nas praças de alimentação dos shoppings e lógico a vibração e alegria nos lares do nosso amado povo. O torcedor-cidadão recebeu bem os visitantes e turistas, com recordes de hotéis lotados nas cidades-sede. O Brasil vai ter um legado positivo na área de turismo internacional.

A pesquisa do Datafolha no início desse mês, já mostrou outro cenário de concretização do torcedor – cidadão, com a grande maioria da opinião pública: 60% favorável e 40% contra o evento esportivo mundial no Brasil. A presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou a onda positiva na sociedade brasileira para fazer uma série de críticas aos setores pessimistas das oposições e os críticos da sociedade civil, em relação a Copa das Copas.

O cidadão-eleitor vai surgir no lugar do torcedor, com o término da Copa das Copas. O alegre torcedor-cidadão perdeu a sua magia nos últimos dois jogos da Seleção Brasileira. As derrotas humilhantes para os adversários, com certeza, vai criar uma onda de críticas negativas na imprensa brasileira, com isso surge uma opinião pública raivosa, em relação ao legado de infraestrutura nas cidades-sede. A presidente Dilma Rousseff (PT) não terá aumento de capital político ancorado na copa para o pleito eleitoral de 2014.

Entrevista a TV União

    Entrevista a TV Fortaleza - Câmara Municipal de Fortaleza





quinta-feira, 10 de julho de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Campanha Eleitoral - As estratégias antagônicas: Aécio Neves e Dilma Rousseff.

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 10 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/campanha-eleitoral-0

A campanha eleitoral para Presidência da República teve início no dia 6 de julho de 2014 ou primeiro domingo deste mês. A presidente Dilma Rousseff (PT) terá o maior tempo de televisão e rádio no Horário Eleitoral Gratuito, com aproximadamente 11 minutos e meio em cada dois blocos de propaganda de 25 minutos, que começarão a ser vinculados no dia 19 de agosto. O Partido dos Trabalhadores montou a maior coligação partidária deste pleito eleitoral: PT – PMDB – PSD – PP – PR – PROS – PDT – PCdoB e PRB.
A campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) será centralizada nas conquistas na área social do seu atual mandato: obras do Minha Casa Minha Vida, a política educacional do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico ( Pronatec ), e nas entregas dos novos hospitais nos estados, como vinha fazendo num processo frenético nos últimos meses. O PT vai centralizar um esforço extra nos palanques estaduais dos seus aliados na região do Nordeste: Ceará, Bahia e Pernambuco.

O presidenciável Aécio Neves (PSDB) montou o segundo maior palanque nacional, com direito de tempo de televisão e rádio no Horário Eleitoral Gratuito, com algo em torno de seis minutos, a cada bloco.  A sua coligação terá os seguintes partidos aliados: PSDB – DEM – Solidariedade – PTB. Aécio Neves (PSDB) contará com apoio de vários palanques estaduais dissidentes da base governista do Planalto, em especial do PMDB nos estados do Rio de Janeiro e do Ceará, com o PP no estado do Rio Grande do Sul.
A campanha presidencial tucana do senador Aécio Neves tem uma estratégia simples para obter uma grande votação nos principais estados governados pelo PSDB: São Paulo, Minas Gerais e Paraná. No interesse de garantir o apoio do PSDB seção paulista, o presidenciável tucano escolheu o senador Aloysio Nunes como seu companheiro de chapa, como candidato a vice-presidente. O PSDB montou palanques locais bem fortes na região do Nordeste: Bahia, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Maranhão.
A campanha do presidenciável Eduardo Campos (PSB) somente teve adesão de um partido médio, no caso o Partido Popular Socialista do deputado federal Roberto Freire (SP). Eduardo Campos somente vai ter dois minutos no Horário Eleitoral Gratuito (HEG), nos dois blocos diários. O Partido Socialista Brasileiro terá que dividir os seus principais palanques regionais, com os seus dois principais concorrentes: PT e PSDB. Eduardo Campos está refém do eleitorado da sua companheira de chapa, a ex-senadora Marina Silva (PSB), que não conseguiu fazer essa proeza político-eleitoral da transferência de voto até o momento.


quinta-feira, 3 de julho de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Palanque Duplo ou Nulo

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 03 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/palanque-duplo-ou-nulo

Os principais concorrentes da sucessão presidencial de 2014 vão estar em palanques distintos em nível federal, mas reunidos, em alguns estados, nos mesmos palanques locais. A presidente Dilma Rousseff terá a maior coligação proporcional, para a sua reeleição, mas será obrigada a dividir palanques regionais com os seus principais concorrentes: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O Partido dos Trabalhadores montou a maior coligação partidária dos últimos vinte anos, para a sua candidata natural, na sucessão presidencial de 2014. A presidente Dilma Rousseff (PT) tem apoio de uma frente ampla de agremiações partidárias no seu palanque nacional de reeleição: PT-PMDB-PSD-PP-PR-PCdoB. Dilma Rousseff terá vários diretórios estaduais dissidentes no seu atual bloco político-eleitoral.

A presidenciável Dilma Rousseff (PT) será obrigada a dividir o mesmo palanque, com o seu concorrente, o presidenciável Eduardo Campos (PSB), pelo menos em três estados: Amapá, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Os socialistas foram aliados dos petistas nas últimas eleições regionais, mas o caso mais emblemático, sem dúvida é aliança no estado, do Rio de Janeiro, que criou uma situação clara de único palanque local, com uma divisão oficial para dois presidenciáveis. Nos outros estados já temos uma coabitação das duas candidaturas à Presidência da República.
O Partido do Movimento Democrático Brasileiro será o principal aliado na esfera federal do Partido dos Trabalhadores, mas isso não impede que vários diretórios estaduais possam compor palanques duplos, situação que se repetirá no Rio de Janeiro, Ceará, Piauí e Bahia. O presidenciável tucano Aécio Neves será beneficiado com os peemedebistas que não terão primazia de fazer aliança regional com o partido da presidente Dilma Rousseff, onde não houve acomodação dos interesses eleitorais de peemedebistas e petistas, o palanque foi aberto à participação do PSDB, como principal aliado.
O fato novo na sucessão presidencial de 2014 será a existência de dois palanques peemedebistas, que não desejam apoiar nenhum candidato presidenciável: São Paulo e Paraná. O candidato peemedebista à sucessão estadual de São Paulo, o empresário Paulo Skaf já rejeitou abertamente o palanque nacional de sua agremiação partidária. O caso quase similar, ocorre com a candidatura peemedebista do ex-governador Roberto Requião no Estado do Paraná, que também não apresenta interesse de fazer dobradinha PT- PMDB na política local ou apoiar outra candidatura presidencial. A presidente Dilma Rousseff (PT) não esperava os palanques estaduais, com o seu antigo aliado, o PSB, como não esperava perder alguns palanques locais do PMDB para o PSDB. Fato ainda mais emblemático foi o surgimento de dois palanques peemedebistas nulos.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Camilo, Eunício e Eliane, todos raízes de uma mesma planta política

Com o título “As três candidaturas do antigo bloco hegemônico da política cearense”, eis artigo do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele analisa o cenário pós-definição das últimas chapas majoritárias. Confira:
As três principais candidaturas para governador do Estado do Ceará poderiam ser classificadas como três polos distintos: situação, oposição e terceira via. Eu analiso de maneira diferente, pois são apenas três sub-conjuntos do antigo conjunto do condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes (2007 – 2014).
No último pleito eleitoral estadual de 2010, os três principais concorrentes a vaga de governador fizeram parte do mesmo palanque. O deputado estadual Camilo Santana (PT) foi eleito na mesma chapa proporcional que elegeu a deputada Eliane Novais (PSB), como também, ambos pediram votos, para o candidato ao senado Eunício Oliveira (PMDB), que era companheiro de chapa majoritária do governador Cid Gomes (PROS) na sua reeleição à frente do executivo cearense.
O atual governador Cid Gomes (PROS), não manteve a coesão do seu condomínio político-administrativo para a sua própria sucessão estadual. Cid Gomes compreendeu que não manteria os seus antigos aliados no mesmo palanque, por isso as rupturas já esperadas nos últimos meses. A primeira ruptura com o seu antigo partido, com isso a ida da deputada estadual pessebista Eliane Novais, para a oposição ao seu futuro palanque, no final do segundo semestre de 2013. A segunda ruptura se deu quando não aceitou a pressão do seu mais antigo aliado político-eleitoral, o senador peemedebista Eunício Oliveira (PMDB), como o seu candidato natural, na sucessão estadual do Ceará, com isso o PMDB, foi para oposição no primeiro semestre de 2014.
O deputado estadual petista Camilo Santana representa em tese o candidato do governador Cid Gomes (PROS), como o seu herdeiro político – administrativo, com a manutenção da maioria dos partidos da base aliada do Governo estadual, na sua coligação, para o pleito eleitoral de 2014. O senador Eunício Oliveira (PMDB) recebeu o apoio de uma frente partidária de oposição (PSDB – PR – DEM – PPS e outros) para a sua candidatura ao Governo do Estado do Ceará, que não tinha uma candidatura natural e nem competitiva, por isso da adesão, a essa candidatura dissidente. A deputada estadual Eliane Novais (PSB) será candidata à sucessão estadual, para construir um palanque local, para o presidenciável Eduardo Campos (PSB).
O senador Eunício Oliveira (PMDB) e os deputados estaduais Camilo Santana (PT) e Eliane Novais (PSB) são representantes do mesmo grupo hegemônico da política cearense dos últimos oito anos. A pulverização de postulantes ao Governo do Estado do Ceará é um fenômeno político novo, pois são todos oriundos de mesma matriz política – eleitoral, que se dividiu em três filiais distintas.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.