quinta-feira, 1 de maio de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Blocão e o PMDB

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 13 de março de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/blocao-e-o-pmdb

A presidente Dilma Rousseff (PT) não teve problema com a bancada das oposições (PSDB-DEM-PPS-Psol) nas votações das suas mensagens no Congresso, nos últimos quatro anos (2011 – 2014). O surgimento do Blocão acendeu a luz amarela na equipe de articulação política do Planalto, pois o adversário é interno na Câmara Federal.

No final do mês de fevereiro, foi organizando o bloco dos partidos independentes ou blocão na Câmara: PMDB, PP, PR, Pros, PDT, PSC e PTB da base governista, com a participação do Solidariedade, como agremiação partidária de oposição no bloco. O PMDB é a incubadora dessa frente parlamentar dissidente na base governista do Planalto, pois são os peemedebistas os seus principais organizadores: Vice-presidente Michel Temer (SP), líder do PMDB na Câmara Eduardo Cunha (RJ) e o presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (RN).

O Partido dos Trabalhadores não esperava a formação do Blocão que foi organizado pelos peemedebistas, como uma resposta ao projeto de dominação do Congresso, para o biênio de 2015 – 2016  que seria orquestrado pela cúpula petista, com ajuda do Planalto. Os parlamentares petistas desejam o controle das presidências da Câmara e do Senado no início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, em caso de sucesso da reeleição.
O vice-presidente Michel Temer não deseja o rompimento da aliança do PMDB com o PT no pleito eleitoral de 2014, por isso ainda deseja ser o companheiro da chapa majoritária da presidente Dilma Rousseff. Michel Temer procura mostrar o seu poder de articulação na Câmara, como o fundador do maior bloco parlamentar independente (Blocão) da base governista de apoio ao Planalto, com influência nos partidos de oposições, como por exemplo, o Solidariedade.
O líder da bancada peemedebista na Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (RJ) é o principal articulador do blocão, com ajuda das lideranças da bancada PP-Pros. Eduardo Cunha não deseja o diálogo, nesse primeiro momento, com o ministro da Casa Civil, o petista Aloizio Mercadante, pois o seu principal objetivo é a criação de um novo grupo de pressão parlamentar, para confrontar os interesses do Planalto e do PT nas votações da Câmara no ano de 2014.
O presidente da Câmara, o deputado peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), tem como principal objetivo a sua pré-candidatura ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, tendo como segundo plano a sua recondução a presidência da Câmara no próximo biênio legislativo (2015 -2016). Henrique Eduardo Alves não pensou duas vezes em colocar a estrutura da mesa diretora do Congresso baixo para construir a maior bancada governista sem a liderança do PT e do Planalto.


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