O ex-governador Cid Gomes compreendeu o momento da ruptura pragmática com o presidenciável Fernando Haddad (PT), em solo cearense. Os candidatos pedetistas aos governos estaduais, são todos bolsonaristas no segundo turno: Amazonas, Rio Grande do Norte e Amapá. Cid Gomes apenas reproduziu o clima anti-lulista interno no diretório nacional do Partido Democrático Trabalhista. A autocrítica trabalhista já foi feita. O divórcio com o ex-presidente Lula será no decorrer do segundo turno, com o total abandono do presidenciável Fernando Haddad pelos trabalhistas.
O processo de confronto do senador eleito cearense, o engenheiro Cid Gomes, com a militância petista já estava dada como certa no período do segundo turno. A liderança pedetista cearense apenas usou o ato petista do governador Camilo Santana, para simplesmente fazer o divórcio eleitoral entre as suas bases políticas, em relação ao voto útil no presidenciável Fernando Haddad.
A vitória do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) na região metropolitana de Fortaleza, já é dada como certa. A diferença eleitoral do presidenciável Fernando Haddad para o presidenciável Jair Bolsonaro pode ser irrisória entre os cearenses residentes no interior. O prefeito Roberto Cláudio (PDT) pode pagar um alto preço político, com a vitória do candidato do PSL na capital, com os votos dos eleitores ciristas.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tentará uma aproximação diplomática com o futuro presidente Jair Bolsonaro, após a construção do ministério ou primeiro escalão do Governo Federal. A bancada pedetista no Congresso (Câmara e Senado) não fará parte da oposição liderada pelo PT - PC do B, com isso teremos o posicionamento de independência ou de aliança informal com a bancada parlamentar bolsonarista.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político
Fortaleza, 16 de Outubro de 2018
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa |