quarta-feira, 28 de março de 2018

Narcoterrorismo e a dissolução das elites políticas cearenses

As facções criminosas e os seus atos de terrorismos destruíram os discursos dos principais grupos políticos do estado do Ceará. O governador Camilo Santana (PT) procura dar explicação para os incidentes causados pelos atos de vandalismo contra o patrimônio publico, que ocorreram nas principais cidades cearenses. O principal líder da oposição, o deputado estadual Capitão Wagner (PROS), apenas se pronunciou, sobre cada ato do narcoterrorismo, após os mesmos se tornarem noticiário nas redes sociais e nos meios de comunicação tradicional (Rádio, Televisão e Jornal).

O debate público em torno do que devemos fazer para combater ou conter os atos narcoterroristas nos espaços de convivência social, já não tem impacto na opinião pública, que anseia por medidas concretas que mude esse cenário de insegurança em que vivemos. A base governista simplesmente deixou no holofote, o governador Camilo Santana (PT), num monólogo ou rosário de culpabilidade do pacto federativo na área de Segurança Pública. A frente partidária oposicionista tem várias vozes, mas apenas o discurso oposicionista do deputado estadual Capitão Wagner (PROS) tem respaldo entre os formadores de opinião pública, porém o mesmo não defende a intervenção federal na área de segurança pública do Governo estadual.

O governador Camilo Santana (PT) e o deputado estadual Capitão Wagner não têm tanta discordância da política pública de combate ao narcotráfico, em solo cearense. Camilo Santana mantém excelente relação administrativa, com as forças de segurança pública (Polícia Militar, Polícia Civil e Bombeiros), assim como o Capitão Wagner que não desejam o aumento da mortalidade dos oficiais , servidores públicos nos conflito  com as facções criminosas.

O governador Camilo Santana (PT) sofre nesse momento, imenso desgaste político-eleitoral, porém num segundo momento o deputado estadual Capitão Wagner (PROS) vai precisar apresentar solução administrativa ao caos na área de segurança pública, com apenas mudanças pontuais, em relação a atual ação do Governo estadual. O Pacto Administrativo na área de Segurança Pública entre a situação e a oposição seria bem recebido pela sociedade civil cearense. 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 28 de Março de 2018

terça-feira, 27 de março de 2018

Narcoterrorismo e as Eleições 2018 - Pequena Análise Antropológica


As facções criminosas que atuam no estado do Ceará, já são responsáveis pelas mudanças no cenário político-eleitoral nesse ano. O tema Segurança Pública deverá ser o principal foco dos partidos oposicionistas (PSDB-PROS-SD-PSD e PSL) ao governador Camilo Santana (PT), nesse período de pré-campanha nas eleições 2018, em terras cearenses. O narcoterrorismo imposto na cidade de Fortaleza, já mudou a rotina do fortalezense, assim como o seu humor e a sua percepção das políticas públicas na área de Segurança do Governo Estadual.

A onda de violência que aconteceu nas últimas horas na capital cearense (Fortaleza), modificou a rotina do cidadão-eleitor local, que por segurança restringiu seu direito de ir e vir, fazendo somente os trajetos estritamente necessários do dia-a-dia. É compreensível o instinto de sobrevivência do indivíduo estendido aos familiares e aos seus círculos sociais. A sensação de impotência frente aos desmandos das facções criminosas, somente aumenta a decepção com a classe política, o eleitor não mais aceitará promessas vagas, criticas com fins eleitoreiros, o momento requer honestidade, eficiência e compromisso.

O WhatsApp é o principal meio de propagação de notícias, praticamente em tempo real, dos atentados aos prédios públicos, como também dos ataques aos transportes coletivos de Fortaleza. As matanças entres os membros das facções criminosas já são corriqueiras no cotidiano, sendo amplamente difundidas  nas redes sociais e nos veículos de comunicação tradicional (Rádio, Televisão e Jornal), com isso toda cultura de violência é compartilhado nos lares cearenses.

Os principais grupos políticos locais deveriam fazer uma pausa nas suas querelas eleitorais, para a construção de uma agenda comum, na área de Segurança Pública. As discussões estéreis entre os políticos não irão consolar ou abreviar o sofrimento da população cearense.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 27 de Março de 2018


sábado, 17 de março de 2018

Aliança Política-Eleitoral entre Ciro Gomes e o Lula-PT: Cirismo Petista ou Petismo Cirista



O pedetista Ciro Gomes já começa a receber sinalização positiva de apoio, dos representantes do Partido dos Trabalhadores, à sua postulação à presidência da República . Os petistas começaram um debate interno na sigla partidária a revelia do diretório nacional e do ex-presidente Lula, para apoiar outra candidatura presidencial não oriunda do Partido dos Trabalhadores. Ciro Gomes deverá receber nos próximos dias o apoio aberto de vários petistas e lulistas, como único representante ou candidato presidencial apoiado por  uma grande frente partidária progressista: PDT-PT-PC do B e PSB.

O ex-ministro Fernando Haddad, em função do cenário negativo na área jurídica-eleitoral para o ex-presidente Lula , já tomou a frente do debate interno petista, para a construção de uma candidatura alternativa de centro-esquerda, que não seja petista. O governador da Bahia, o petista Rui Costa, não tem interesse na implosão da Frente Brasil Popular, em várias candidaturas presidenciais, com prejuízo para o seu próprio palanque de reeleição, na política baiana, por isso já sinalizou apoio ao presidenciável Ciro Gomes (PDT). Os governadores petistas (Acre, Ceará e Piauí) têm essa preocupação em seus palanques regionais, pois é necessária a construção de uma frente partidária nacional, com reprodução nos estados. 

Os intelectuais petistas e os intelectuais lulistas já começaram a apoiar o nome do presidenciável Ciro Gomes (PDT), como única alternativa viável num curto espaço de tempo, para reorganizar as forças progressistas na Frente Brasil Popular. A direção nacional do PDT começa a receber sinalização positiva do diretório nacional do Partido Socialista Brasileiro, em função do apoio dos pedetistas à reeleição do governador Márcio França (SP). O PSB poderá vir a apoiar a postulação presidencial do trabalhista Ciro Gomes.

Os setores moderados do mercado financeiro, assim como dos representantes da indústria e comércio e do agronegócio, irão abrir as suas agendas nos próximos dias, para debates econômicos com o presidenciável Ciro Gomes (PDT). Ciro Gomes começa a impor agenda política-eleitoral propositiva que contagiará outros setores das forças progressistas, com isso teremos que a construção do seu palanque presidencial poderá ser a única alternativa de unificação da esquerda brasileira.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 17 de Março de 2018

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

quinta-feira, 15 de março de 2018

Jair Bolsonaro e o cidadão-eleitor cearense | Nova Direita Fortalezense

O presidenciável Jair Messias Bolsonaro (PSL) já é a grande surpresa política-eleitoral entre os cearenses. Jair Messias Bolsonaro com o seu discurso de segurança pública e do resgate da autoridade do gestor público, já conquistou alguns setores das classes médias das grandes cidades do Estado do Ceará: Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Sobral, Camocim, Quixadá, Quixeramobim, Iguatu, Juazeiro do Norte e Crato. O movimento social pró-Jair Bolsonaro ou Direita Ceará deverá fazer a transição eleitoral para o Partido Social Liberal (PSL) secção local, com expectativa de eleger para a nova bancada de parlamentares: 01 deputado federal e 02 deputados estaduais.

O deputado estadual Capitão Wagner (PR) é a maior liderança política cearense que irái votar no presidenciável Jair Messias Bolsonaro (PSL), nas eleições de outubro de 2018. Capitão Wagner compreendeu a similaridade entre seus apoiadores locais  e os apoiadores de Jair Messias Bolsonaro, em solo alencarino. A classe média tradicional fortalezense tem rejeição política-eleitoral diminuta, em relação a pré-candidatura presidencial do Jair Messias Bolsonaro, por causa dos altos índices de violência nos bairros nobres da capital cearense. 

A Nova Direita Ceará deverá ser tornar uma força política institucionalizada através do Partido Social Liberal (PSL), com isso irá centralizar os seus pré-candidatos aos cargos legislativos numa única frente partidária: PSL-PROS e outros. Devemos compreender que independente do resultado da eleição do presidenciável Jair Messias Bolsonaro no Brasil, Ceará e Fortaleza, já teremos um novo grupo político orgânico e organizado de direita nos principais municípios cearenses. 

A campanha dos apoiadores do presidenciável Jair Messias Bolsonaro poderá ser a principal frente oposicionista na sociedade civil contra a reeleição do governador Camilo Santana (PT), assim como a campanha presidencial do cearense, Ciro Gomes (PDT), nas redes sociais e nos espaços públicos de manifestações populares. Jair Messias Bolsonaro não terá votação abaixo de 15% nas pesquisas estimuladas entre os eleitores cearenses, com possibilidade de chegar até 30% dos votos válidos no final do primeiro turno da eleição presidencial, em solo do estado do Ceará.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 15 de Março de 2018 



quarta-feira, 14 de março de 2018

Ética da Responsabilidade do discurso de Segurança Pública de Tasso Jereissati e Capitão Wagner

O senador Tasso Jereissati (PSDB) deverá manter uma certa distância da discussão sobre a chacina da praça da Gentilândia, no bairro Benfica. Tasso Jereissati como ex-governador não tem interesse em curto prazo de propagar a sensação de caos urbano ou incompetência da atual política pública na área de Segurança Pública do Estado do Ceará. É necessário compreender que o líder tucano cearense deixará o palco das explicações somente para o monólogo do governador Camilo Santana (PT), em relação à crise decorrente das chacinas, na cidade de Fortaleza.

O gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB) foi alimentado por várias pesquisas de opiniões públicas após o ato criminoso do último final de semana. A frente de partidos oposicionistas (PSDB-PSD-SD-PROS) com futura adesão do Podemos e do PSDC, não atacou ou se contrapôs com ênfase sobre as linhas de investigações policiais no caso da chacina da Gentilândia. Os veículos tradicionais de comunicação (televisão, rádio e jornal) são os responsáveis pelo contraponto aberto ao secretário de Segurança Pública, o delegado André Costa, como também referente às falas públicas do governador Camilo Santana (PT). 

O deputado estadual Capitão Wagner (PR) compreendeu bem  a estratégia de deixar os atores políticos governistas sozinhos nas explicações dos problemas na área de Segurança Pública. Capitão Wagner mantém agenda forte de pré-candidato ao cargo de governador do Estado do Ceará. O papel de oposição midiática é feita pela página da Direita Ceará nas redes sociais, com enorme agressividade referente às falas dos aliados do chefe do executivo estadual, assim como às suas ações no executivo e no legislativo.

O silêncio do cidadão cearense é o principal motivo de preocupação da área de comunicação do governador Camilo Santana (PT). Outra preocupação do Palácio da Abolição é o tamanho do descontentamento dos setores organizados da sociedade civil, que poderá ser reproduzido na esfera da opinião pública dos meios de comunicação tradicional. O senador Tasso Jereissati e o deputado estadual Capitão Wagner não têm interesse em polemizar com o governador Camilo Santana (PT), esse papel  ficará para a opinião pública via os órgãos jornalísticos.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 14 de Março de 2018 



sábado, 10 de março de 2018

O Narcoterrorismo em Fortaleza - Terror no Bairro do Benfica



A chacina no bairro do Benfica pode ser considerada como o marco inicial do narcoterrorismo na cidade de Fortaleza. Os narcotraficantes nunca levaram as suas guerras, por pontos de tráficos, aos bairros nobres da capital cearense. As facções criminosas praticavam as ações de extermínio dos seus rivais nos aglomerados urbanos, como o entorno da praça da Gentilândia , ponto movimentado de bares e restaurantes, conhecida área cultural, boêmia e universitária.


No início dos anos 2000 a região da praia de Iracema foi tomada por usuários de drogas e vendedores de entorpecentes. O mesmo fenômeno ocorreu no início dessa década no entorno do Dragão do Mar. A migração do público alternativo foi natural para a região do bairro do Benfica. Na praia de Iracema e no Dragão do Mar ocorrem mortes por furtos ou por dívida de drogas. Os narcotraficantes daquela área nobre de Fortaleza não desejam levar o terror aos seus consumidores, e também pelo fato dos chefes ou barões serem moradores da região.



A praça da Gentilândia já era um ponto de disputa das facções criminosas.  Infelizmente a violência não é um fato novo no cotidiano dos moradores. A intenção da chacina era de amedrontar o consumidor de droga local, viciados dos bairros nobres que não frequentam mais a região do Dragão do Mar-Praia de Iracema, nos finais de semana. O bairro Benfica é próximo ao Centro, bairro de Fátima, Parquelandia ( av.Bezerra de Menezes) , Montese  e Parangaba. Os grandes chefes traficantes não moram na região da Gentilândia.

A morte dos jovens torcedores, inocentes, é outra faceta da guerra das drogas. Os narcotraficantes desejam usar as redes de vendas de materiais esportivos e souvenirs como sub-locação de entorpecentes. O governador Camilo Santana (PT), o secretário da área de segurança pública, o policial federal André Costa, vão precisar dar muita explicação administrativa, para esse novo tipo de chacina próximo aos redutos de diversão da classe média fortalezense.



Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político


Fortaleza, 10 de Março de 2018