segunda-feira, 19 de julho de 2021

Eunício Oliveira e o Neolulismo

 



O ex-presidente Lula está reconstruindo a sua base aliada política-institucional via o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, nos últimos três meses: abril, maio e junho. Lula mantém um diálogo pertinente e uma linha direta de ação política, com o presidente estadual do MDB cearense, o empresário Eunício Oliveira, em função da reorganização do palanque lulopetista a nível nacional, com rearranjos nos estados. A nova fase do lulismo local terá neste primeiro momento o Eunício Oliveira como principal organizador, com o aval do ex-presidente Lula, isso ocorre independentemente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores.

 

As últimas pesquisas de opinião pública na sucessão presidencial de 2022, sem dúvida colocam o ex-presidente Lula (PT), como a maior liderança política da região do Nordeste. Lula tem uma compreensão muito pragmática de reaproximação, com os seguintes diretórios emedebistas nordestinos: Alagoas, Pernambuco, Maranhão e Ceará. O ex-senador Eunício Oliveira é o ator emedebista responsável pela construção de várias pontes de diálogos, com os emedebistas não pró-Governo Federal, portanto, é um trabalho árduo, com o aval do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, sem nenhum empecilho da executiva nacional do MDB.

 


É necessária a compreensão de que o papel do ex-senador Eunício Oliveira (MDB), como articulador político-institucional da pré-candidatura presidencial petista, tem o aval do ex-presidente Lula (PT). O neolulismo deseja ser a principal força no campo democrático anti-bolsonarista, no Brasil e nos estados. Eunício Oliveira é a principal liderança neolulista não petista na região nordestina, com isso o diretório cearense do MDB vai fazer parte do palanque do ex-presidente Lula, em terra alencarina, contudo, o governador Camilo Santana (CE) é o aliado incontestável do terceiro mandato de presidente da República da maior liderança petista, no Brasil. 

 

A direção nacional do Partido dos Trabalhadores demonstra descontentamento, com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) por sua postura agressiva ao ex-presidente Lula, nas suas entrevistas aos veículos tradicionais de comunicação, como também nas redes sociais. Ciro Gomes já avisou que não vai fazer nenhuma aliança política-eleitoral, com o ex-presidente Lula, em hipótese alguma, no pleito eleitoral de 2022, a nível nacional. Lula tem  Ciro Gomes como adversário e não é mais provável aliado, num eventual segundo turno contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. 

 


O ex-presidente Lula vai defender uma candidatura própria, do Partido dos Trabalhadores, à sucessão do governador Camilo Santana no próximo ano, com o apoio do ex-senador Eunício Oliveira (MDB).Lula não vai reeditar aliança política-eleitoral com o senador Cid Gomes (PDT), no Ceará. O ex-senador Eunício Oliveira será o principal anfitrião da passagem do ex-presidente Lula, em terra alencarina,  nos próximos dias. O neolulismo tem o ex-senador Eunício Oliveira como uma grande liderança a nível nacional e a nível regional.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político






terça-feira, 13 de julho de 2021

Cid Gomes precisa do eleitorado do ex-presidente Lula

 



O senador Cid Gomes (PDT) sempre foi adepto da realidade política, pois o mesmo nunca trabalharia com ilusão de ótica. Cid Gomes compreendeu que  não teria o apoio do ex-presidente Lula (PT), para a sua terceira tentativa de ser governador do estado do Ceará. Lula não tem nenhum interesse em dar uma sobrevida política-eleitoral ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ou grupo político-administrativo cirista-cididista à frente do poder executivo cearense. O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores vai lançar uma candidatura própria à sucessão do governador, Camilo Santana, isso é independente da direção estadual dessa agremiação partidária.

 

As pesquisas eleitorais do Atlas - Valor Econômico e do Paraná Pesquisa, para presidente da República, em território cearense, confirmou a hegemonia política-eleitoral do ex-presidente Lula sobre o presidenciável local, o ex-ministro Ciro Gomes, em todos os cenários espontâneos e nos cenários estimulados. 

 


O senador Cid Gomes (PDT) já espera o divórcio político-eleitoral do lulopetismo, como também a criação de um núcleo ou frente partidária pró-Lula, em solo alencarino, por causa das direções nacionais dos seguintes partidos: PT, MDB, PSD, Solidariedade, PSB, PC do B e PCO. Cid Gomes não vai cobrar do governador, Camilo Santana (PT), um fidelidade no campo político, nesse momento de hegemonia lulista, na região do Nordeste, pois somente seria um suicídio coletivo, no campo político de cidistas e de camilistas não mais petistas. 

 

O deputado federal, Capitão Wagner (PROS), não vai atacar o ex-presidente Lula e o pré-candidato petista ao Governo Estadual, o deputado federal José Airton, contudo, esse papel de ser antipetista deve ser feito em solo cearense pelo o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e os seus auxiliares locais. Capitão Wagner não precisa do rótulo de ser adversário do ex-presidente Lula, pois na sua coligação, a sua agremiação partidária deverá a nível nacional está no palanque do Partido dos Trabalhadores. O PROS nacional é aliado do ex-presidente Lula (PT), porém, também tem a compreensão da possibilidade de eleger o governador do Ceará, com alguém dos seus quadros partidários. 

 


O governador cearense, Camilo Santana, não vai romper com o ex-presidente Lula e a direção nacional do Partido dos Trabalhadores, pois o mesmo vai marchar junto à candidatura petista presidencial, no próximo ano. Camilo Santana vai tentar lançar a pré-candidatura  de governador do ex-deputado estadual petista, Nelson Martins, com o interesse de fazer uma aliança branca, com o grupo político-eleitoral do senador Cid Gomes (PDT); e sem dúvida haverá a certeza da garantia da presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (2023-2024). 

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 





quinta-feira, 1 de julho de 2021

Capitão Wagner e o Centro Democrático

 



O deputado federal Capitão Wagner (PROS) deve montar o maior grupo de oposição da política cearense, sem necessariamente precisar dos setores governistas dissidentes do condomínio político-administrativo do governador Camilo Santana (PT) e do senador Cid Gomes (PDT). Capitão Wagner montou um novo arco de alianças partidárias, com o controle do diretório estadual do PSL, como também conseguiu a consolidação da parceria local, com a direção nacional do Republicano.

 

O surgimento do bloco conservador na política cearense já é uma realidade política-partidária, fruto do trabalho, do deputado federal Capitão Wagner (PROS) e do senador Eduardo Girão (PODE), nos últimos dois anos. A frente partidária oposicionista cearense tem dois partidos matrizes o PROS e o Podemos, com três partidos satélites: PSL, Republicano e PTB. Os setores liberais não alinhados politicamente e administrativamente ao Governo Estadual e a prefeitura de Fortaleza, ainda não têm vínculo forte ou consistente com o grupo wagnerista-eduardista que poderia ser feito através de um ou dois partidos. Capitão Wagner poderia acomodar os atores sociais liberais, nos seguintes partidos: PTC e Democracia Cristã.

 


Os liberais cearenses oposicionistas ao grupo do ex-ministro, Ciro Gomes (PDT), têm feito alinhamento político-eleitoral com as candidaturas majoritárias do Capitão Wagner, contudo, nunca houve um alinhamento de adesão definitiva através de uma agremiação partidária. Capitão Wagner necessita de um campo democrático na sua coligação partidária, no próximo ano, com candidaturas competitivas ao Congresso e a Assembleia Legislativa do Ceará. O momento é propício para fazer à regionalização da sua candidatura a sucessão do governador, Camilo Santana (PT), em detrimento da nacionalização do pleito eleitoral; é a única saída do deputado federal Capitão Wagner (PROS). 

 

O governador Camilo Santana (PT) precisa reorganizar a sua base política-eleitoral nos setores organizados da sociedade civil, porém, através de agremiações partidárias. O Cidadania (PPS) e o Novo 30 são as principais opções partidárias de acomodação de aliados do setor liberal cearense, numa eventual frente partidária pró-situação ou pólo governista. O Solidariedade deve ser procurado nos próximos dias pelo governador Camilo Santana (PT) e o deputado federal, Capitão Wagner (PROS), como a principal agremiação partidária independente da política cearense, no pleito eleitoral do próximo ano.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político