quinta-feira, 1 de maio de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Eduardo Campos e Marina Silva

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 24 de Abril de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/eduardo-campos-e-marina


O Partido Socialista Brasileiro trabalha com a possibilidade da chapa pura para a presidência da República: Eduardo Campos e Marina Silva. O processo nunca foi novidade desde a adesão do movimento cívico-ecológico, que é conhecido como REDE aos quadros do PSB, no final do ano passado. Eduardo Campos procura construir o melhor dialogo possível com os eleitores marineiros, que são 27% dos entrevistados na última pesquisa do Datafolha.
O fenômeno político-eleitoral da ex-senadora Marina Silva ainda é uma incógnita para os principais analistas políticos do Brasil. De onde vem essa maré de votos, para a ex-ministra lulista–petista, nas consultas de opinião pública? Esse mistério continua sendo um grande ponto de interrogação no núcleo de campanha da coligação PSB-PPS, pois ainda não houve transferência real do eleitorado da Marina Silva para o pré-candidato Eduardo Campos nas pesquisas eleitorais.

O Partido Verde aceitou a filiação da senadora Marina Silva aos seus quadros no final de 2009, na condição de lançar a mesma à sucessão presidencial de 2010, como uma espécie de terceira via de polarização do PT e do PSDB. O PV acreditava que seria benéfica essa aliança pragmática, com a ministra do Meio Ambiente do ex–presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se manteve durante  sete anos de seus dois mandatos (2003 – 2010).
O Partido Verde elegeu no pleito eleitoral de 2006 uma bancada de congressista na Câmara Federal, com 14 representantes ou deputados federais, sem nenhuma candidatura, para presidente da República. No pleito eleitoral de 2010 a dobradinha Marina Silva e PV se tornariam as grandes surpresas, mas apenas parcialmente, pois os quase 20 milhões votos na candidatura presidencial, não se refletiram no aumento da bancada parlamentar, que apenas elegeu um deputado federal a mais, em relação ao pleito eleitoral de 2006, a bancada saiu de 14 para 15 representantes no Congresso Baixo (Câmara).
Á cúpula nacional do Partido Verde deseja usar o capital político de quase 20% do total de votos válidos do primeiro turno da sucessão presidencial de 2010, como moeda de negociação, com um dos candidatos no segundo turno. Marina Silva adotou postura de neutralidade no final do processo eleitoral, que terminou com a vitória de Dilma Rousseff (PT). O PV e a sua antiga presidenciável acabariam por romper logo no início de 2011.  Eduardo Campos precisa fazer com que essa transferência de votos aconteça para beneficio eleitoral do palanque do PSB-PPS, mas não será tarefa fácil. O eleitor de Marina Silva é muito personalista, com tendência de não ter identificação partidária, como já aconteceu com o PV num passado recente.

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