quinta-feira, 8 de maio de 2014

Artigo no Jornal O Estado: Novo Antônio Palocci

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 08 de Maio de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/novo-antonio-palocci

A presidente Dilma Rousseff nunca esteve tão sozinha no poder, como nesse momento, pois o seu estilo político- administrativo não ampliou o seu grupo de partidários nos últimos quatro anos. Dilma Rousseff está bem dependente do capital político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesse pleito eleitoral de 2014.

O ex-ministro da Casa Civil, o médico Antônio Palocci, assumiu a função de gerente político-administrativo, no início do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), com a missão de dialogar com os setores políticos e econômicos da base de sustentação do Planalto. A chefe do executivo do Governo Federal nunca teve paciência para o jogo de cintura necessário nas barganhas políticas.


A presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu seu principal homem forte, logo no início do seu primeiro ano de mandato, com isso foi criada uma enorme lacuna, na negociação entre o executivo e os partidos aliados, como também com os setores produtivos da economia brasileira. Antônio Palocci somente foi substituído fisicamente, mas nunca, por alguém, com semelhante trânsito livre entre os congressistas e os empresários.

O Planalto tinha no ex-ministro da Fazenda da Era Lula, o ex-deputado federal Antônio Palocci, o gerente político para manutenção do legado positivo da administração passada e para criação do novo legado da atual administração. Antônio Palocci dizia que no primeiro momento seria a marca administrativa Lula – Dilma (2011-2012), no segundo momento Dilma-Lula (2013) e por último somente a atual mandataria da Presidência da República: Dilma- Dilma (2014).

A presidente Dilma Rousseff (PT) não seguiu o plano, pois aproveitou a queda do seu principal articulador político, ainda no primeiro ano de seu mandato, quando o ministro Antônio Palocci, não abriu os dados sigilosos de sua empresa de consultoria na área econômica, para o Ministério Público. A saída do homem de confiança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Casa Civil, foi a senha, para a presidente Dilma Rousseff começar a impor a sua própria marca administrativa: Dilma por Dilma.

Nos dois primeiro anos (2011-2012) de sua atual gestão administrativa, a presidente Dilma Rousseff obteve alto índices de popularidades, com isso ficou menos dependente da base aliada parlamentar do Planalto. Na área econômica do Governo Federal não havia muito dialogo, com os grupos de interesses do empresariado nacional, isso causou um certo isolamento da presidente, com as demandas desses grupos sociais, que são importantes, para a manutenção da governabilidade. Nos últimos dois anos houve o caminho inverso, com baixa popularidade, por isso assistimos ao movimento Volta, Lula, com força no Congresso e junto aos Empresários. Dilma Rousseff precisa de um novo Antônio Palocci, com urgência.



                                              

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