quinta-feira, 26 de março de 2015

Cid Gomes rompeu com Lula – Dilma?


O ex-ministro da Educação, o cearense Cid Gomes (PROS), começa a colher um capital político oriundo das manifestações das redes sociais (Facebook, Twitter e outros), que é reproduzido pela mídia tradicional (Televisão, Rádio e Jornal). Cid Gomes enfrentou o presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), em relação ao seu discurso político-administrativo que reprovava a conduta nada republicana dos parlamentares, agravada com a crise de popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) e o seu pacote de Ajuste Fiscal.

O evento da última quarta-feira (18/03) no qual o ainda ministro da Educação, o engenheiro Cid Gomes, não retirou ou reiterou as suas afirmações negativas no púlpito do Congresso Baixo (Câmara), com o dedo sempre apontado para o presidente da Casa, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), que não esboçou reação do corpo, mas apenas uma reação político-partidária que foi atendida no mesmo dia pela presidente Dilma Rousseff (PT) e o ministro da Casa Civil, o economista Aloizio Mercadante, resultando na demissão do Cid Gomes, em tempo recorde, que foi noticiada pelo próprio presidente da Câmara aos meios de comunicação.

O ex-governador Cid Gomes (PROS) tem alma governista por natureza política-administrativa, sem o apoio do Governo Federal, o seu próprio grupo poderá se desidratar nos pleitos eleitorais dos municípios cearenses, em 2016, onde o seu irmão e deputado estadual, Ivo Gomes (PROS), deverá ser candidato na cidade de Sobral, com apoio do Partido dos Trabalhadores. O atual prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS), precisa manter a aliança com o governador Camilo Santana do Partido dos Trabalhadores, para garantir um bom tempo de televisão e rádio na sua reeleição. Cid Gomes não deverá alimentar por muito tempo essa fantasia de pré-candidato presidencial, nas redes sociais e nas mídias tradicionais, o seu caminho deverá ser o autoexílio: Estados Unidos ou Europa.

Os ativistas digitais estão usando o discurso do ex-ministro Cid Gomes (PROS) para atacar o Legislativo Federal na figura do presidente da Câmara, o parlamentar Eduardo Cunha (PMDB), numa projeção de imagem não real aos interesses políticos e administrativos do político cearense.  O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e a presidente Dilma Rousseff (PT) vão conversar com as lideranças petistas cearenses, em relação a uma aliança estadual com os irmãos Ferreiras Gomes (Cid e Ciro), sem dúvida deverão dar espaço político ao atual governador Camilo Santana (PT) de negociação direta, com o Governo Federal, sem a intermediação do ex-ministro Cid Gomes.

                                         Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.


Artigo no Ceará Em Off: Pesquisa Datafolha - Dilma Rousseff e o Fim da Era Lula.



Artigo publicado no portal de notícia Ceará Em Off. Quarta - feira, 18 de Março de 2015. Titulo: Pesquisa Datafolha - Dilma Rousseff e o Fim da Era Lula. 
http://cearaemoff.com.br/politica/309-pesquisa-datafolha-dilma-rousseff-e-o-fim-da-era-lula


A presidente Dilma Rousseff (PT) tem a maior taxa de rejeição administrativa da história política brasileira, nos últimos vinte anos. A pesquisa Datafolha desta quarta-feira (18/03) trouxe o tamanho político-administrativo do Planalto: 62% ruim e péssimo, 24% regular e 13% bom e ótimo. A pesquisa foi feita com 2.842 eleitores logo após as manifestações de Domingo (15/03), que foram contra Dilma Rousseff.
A pesquisa Datafolha tem margem de erro de 2% para baixo ou para cima, o levantamento mostra a deterioração da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), em todos os segmentos analisados pelo Instituto. Os indicadores econômicos estão batendo recordes negativos, a rejeição de Dilma Rousseff subiu 18% desde  fevereiro: saiu de 44% para 62%.
A presidente Dilma Rousseff (PT) tem no sentido oposto, a taxa de aprovação com pontuação mais baixa desde do inicio do seu primeiro mandato. Os que aprovam o seu governo como ótimo e bom somam apenas 13%. O tradicional eleitor Lula-Dilma na faixa de renda de dois salários até cinco salários, somente 10% destes eleitores aprovam a gestão púbica da atual mandataria do Palácio do Planalto.
Na região Nordeste onde a presidente Dilma Rousseff (PT) tinha o mais fiel eleitor, o seu índice de impopularidade ou rejeição quase que dobrou de 30% no levantamento de fevereiro, para 55%. O índice de bom e ótimo da administração petista despencou de 28% (fevereiro) para 16% (março), em apenas um mês. Dilma Rousseff pode ser ainda mais impopular se olharmos para as capitais nordestinas e nas cidades acima de 200 mil habitantes no interior.
A pesquisa Datafolha mostra que somente os simpatizantes dos eleitores do PT e de seus próprios eleitores ( lulista-dilmista) aprovam o governo, todos os demais segmentos socioeconômicos, políticos ou demográficos reprovam o desempenho administrativo da presidente Dilma Rousseff (PT). As pesquisas mostram que mesmo nos grupos sociais mais beneficiados pelas políticas econômicas do Planalto, a rejeição disparou; pela primeira vez também  a maioria dos que têm menor renda e menor escolaridade, já classifica a administração como ruim e péssima. Estes índices de desaprovação são significativos pois acontecem nas regiões Norte e Nordeste onde o governo tinha uma boa aceitação.
O segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) chega aos patamares de reprovação equivalente à instabilidade do governo Sarney (1985-1990) e os últimos dias do governo Fernando Collor (1990-1992) antes da sua renúncia. O Partido dos Trabalhadores viu a sua estratégia de lutas de classes sociais ir por água baixo entre os seus eleitores tradicionais. O Fim da Era Lula (2003-2010) e o início de uma nova fase da política brasileira. 

   Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.


                                                                                                                                                

sexta-feira, 13 de março de 2015

Manifestação Política Anti - Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff (PT) teve uma semana de manifestação intensiva ao seu segundo mandato. O pronunciamento em rede nacional no dia da mulher, no último domingo (08/03), com intenção de esclarecer os principais pontos do Ajuste Fiscal, não foi bem recebido por setores organizados da sociedade civil, que se manifestaram de maneira abrupta as palavras da presidente. A manifestação recebeu o nome de panelaço por seus organizadores.

A greve dos caminhoneiros dias anteriores, com a paralisação das principais vias de escoamento de produção da indústria nacional e do agronegócio, já havia deixado uma sinalização negativa de que os setores organizados da sociedade civil não estavam satisfeitos  com o pacote de medidas econômicas do Governo Federal, nem com o aumento dos combustíveis e nem com as mudanças dos direitos trabalhistas. Esta foi a primeira manifestação setorial contrária ao Planalto nos últimos doze anos.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
A presidente Dilma Rousseff (PT) enfrenta duas crises ao mesmo tempo: uma econômica e outra política. A crise econômica em função de tentar equilibrar as contas públicas do Planalto, com vários cortes nas áreas sociais, como no setor de educação, com a redução do número de bolsas de estudos. A crise política em função do escândalo do Lava–Jato da Petrobras, com vários nomes de políticos e empresários do circulo intimo do Planalto. O Governo Federal pode perder a maioria dos parlamentares no Congresso Nacional no decorrer dos próximos dias.

Na última terça-feira a presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu outra manifestação política negativa na cidade de São Paulo, na abertura do Salão Internacional da Construção Civil. Dilma Rousseff foi hostilizada não por manifestações organizadas, mas por operários e expositores que trabalhavam na montagem e na limpeza dos Stands da feira. O Planalto e o Partido dos Trabalhadores foram pegos de surpresa pelo nível verbal das ultimas manifestações populares.

No próximo domingo dia 15 de março serão realizados vários atos de manifestações nas principais cidades do Brasil, contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O Planalto teme uma participação maciça da população nos eventos anti-Dilma Rousseff, pois as adesões espontâneas ao panelaço e as vais, em protestos ao pacote fiscal e ao escândalo da Petrobras, já demonstram enorme corrosão da imagem do Governo federal, em todos os setores  da sociedade civil brasileira. O retorno do senso crítico dos principais assessores na área de comunicação da Presidência da República talvez seja o primeiro saldo positivo das manifestações políticas.

               Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.


sábado, 7 de março de 2015

Cid Gomes e a Crítica Negativa ao PMDB Nacional



Cid Gomes e a Crítica Negativa ao PMDB Nacional – Cid Gomes e os seus inimigos: Eunício Oliveira, Michel Temer e Eduardo Cunha

Dilma Rousseff sem Força Política no Congresso

O mês de março poderá ser caracterizado pela mediação de força política interna da coalização partidária que  garante apoio a presidente Dilma Rousseff (PT), pois os dois principais partidos, o Partido dos Trabalhadores e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro não conseguem manter uma pauta comum, em relação ao pacote de medidas provisórias enviado ao Congresso Nacional, para aprovação do Ajuste Fiscal.  

A presidente Dilma Rousseff (PT) viu a sua articulação política ,centralizada no Ministério da Casa Civil do ministro Aloizio Mercadante, ser esvaziada pelo  seu partido (PT) e o por seu principal aliado partidário (PMDB), por isso a mesma estar sendo forçada a fazer a mediação de interesses comuns, com as agremiações partidárias da base aliada do Planalto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o principal articulador político da chefe do executivo do Governo federal na coligação PT e PMDB.

O presidente do Senado, o parlamentar peemedebista Renan Calheiros, faz parte da relação da Procuradoria- Geral da República, enviada na noite de Terça-Feira (03/03) pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), com 28 pedidos de inquérito para investigação de 54 pessoas, com ou sem mandato parlamentar, suspeitas de envolvimento  num esquema milionário na Petrobras.

A presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB), para um jantar no Palácio da Alvorada na última segunda- feira (02/03), para definir uma agenda de ações comuns para aprovação das medidas provisórias do Ajuste Fiscal no Congresso Nacional. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), não esteve no evento que marcaria uma nova etapa da relação do PMDB, com o Planalto.

A crise do Lava Jato poderá desarticular politicamente o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) nos próximos dias do mês de março. Dilma Rousseff procura negociar com as cúpulas partidárias dos aliados, para aprovação de mediadas impopulares no Congresso Nacional: a modificação do acesso a benefícios do seguro - desemprego, abono salarial, e as pensões por morte, essas medidas sofrem grande resistência entre os parlamentares e as centrais sindicais.

A força política da presidente Dilma Rousseff (PT) poderá ficar menor em função dos estragos do escândalo da Petrobras, pois os principais envolvidos fazem ou fizeram parte de sua administração pública. Os protestos marcados para o dia 15 de março nos principais centros urbanos do Brasil, sem dúvida serão o termômetro político do descontentamento da sociedade civil organizada, em relação ao Escândalo da Petrobras. 

                                                 Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


Programa Pela Ordem - TV Fortaleza - Quinta - feira, 05 de março de 2015 

Artigo no Ceará Em Off - Os aliados informais de Camilo Santana: Moroni Torgan, Genecias Noronha e Alexandre Pereira

Artigo publicado no portal de notícia Ceará Em Off. Quarta - feira, 04 de Março de 2015. Titulo: Os aliados informais de Camilo Santana: Moroni Torgan, Genecias Noronha e Alexandre Pereira

A política cearense não está caracterizada pelo tradicional embate de situação e oposição, mas na personalização de atores políticos, em detrimento dos partidos e dos movimentos sociais. O governador Camilo Santana (PT) procura criar um guarda-chuva  composto por aliados da sua base governista, para criação do seu grupo ou corrente política nos próximos quatro anos.

O cenário político-eleitoral do segundo turno das eleições de 2014 no estado do Ceará, não existe mais, em decorrência do estilo conciliador do governador Camilo Santana (PT) que busca dialogar com os setores políticos das oposições. Camilo Santana não deseja ser apenas o continuísmo administrativo do seu antecessor, o ex-governador Cid Gomes (PROS),  que construiu  contra si uma frente política- partidária de ex-aliados nos últimos oito anos.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político
As forças de oposições estão dividas em dois ramos bem específicos: os adversários pessoais e os adversários ideológicos. Os adversários pessoais já fizeram parte em algum momento do condomínio político- administrativo do ex-governador Cid Gomes (PROS), como por exemplo o atual senador Eunício Oliveira (PMDB) e a deputada federal Luzianne Lins (PT). Os adversários ideológicos são reféns do cenário nacional de polarização entre situação e oposição na arena partidária, como é o caso dos seguintes políticos: Moroni Torgan (DEM), Genecias Noronha (Solidariedade) e Alexandre Pereira (PPS), mas eles não são inimigos do governador Camilo Santana (PT).

O governador Camilo Santana (PT) procura transcender o grupo político dos irmãos Ferreira Gomes, como também a sua agremiação partidária, para construir um novo pacto político- administrativo nesse período de crise nas finanças do Estado do Ceará. Camilo Santana tem um dialogo pessoal com o presidente estadual do DEM, o deputado federal Moroni Torgan, para uma relação cordial no campo político-administrativo que é reproduzida na construção da relação, com o presidente estadual do Solidariedade, o deputado federal Genecias Noronha, nos primeiros dias do seu mandato. O presidente estadual do PPS, o empresário Alexandre Pereira, já mantém uma relação antiga, devido ao convívio democrático, com o governador Camilo Santana (PT), independente das disputas partidárias de Brasília.

                                             Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


domingo, 1 de março de 2015

Quem será o líder do Anti-Lulismo-Petista no Ceará: Moroni Torgan ou Tasso Jereissati?



Quem será o líder do Anti-Lulismo-Petista no Ceará: Moroni Torgan ou Tasso Jereissati? Moroni Torgan vai ser candidato em 2016 ou vai apoiar a reeleição de Roberto Cláudio.

                               Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.