quarta-feira, 31 de julho de 2019

Jair Bolsonaro e o Inimigo Público (Político)



O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tem interesse de construir o consenso democrático, como desejaria a imprensa brasileira e a classe intelectual. Jair Bolsonaro já deixou bem nítido o interesse da governança plena para somente 1/3 do eleitorado brasileiro, assim como a governança parcial, para outro 1/3 do eleitorado brasileiro via as reformas estruturais na área econômica (Paulo Guedes). Em síntese 2/3 do eleitorado é o alvo administrativo do Governo Federal.
O restante do 1/3 do eleitorado de perfil oposicionista é simplesmente considerado pelo o presidente Jair Bolsonaro (PSL), como público descartável do seu Governo Federal. O ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores procuram manter a hegemonia desse contingente eleitoral não prioritário ao bolsonarismo, assim como o ex-governador Ciro Gomes (PDT) procura também elo de ligação, com esse eleitorado preso ao gueto eleitoral pró-Lula-PT-PC do B- PSOL. Ciro Gomes poderia procurar o Cidadania e Podemos, para a construção do novo polo partidário independente, com viés político e econômico pró- reformas.

A imprensa privada brasileira é um pária político-empresarial, para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) por causa das suas redes sociais. Jair Bolsonaro procura destruir o grupo O Globo e o grupo UOL entre outros (Jornal Estadão), com um ponto muito interessante que é o fato de não colocar nada no seu lugar, pois o grupo Record e o grupo SBT são apenas auxiliares midiáticos das plataformas das redes sociais do Governo Federal. Os veículos de comunicação não terão êxito na tentativa de pautar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na sua conduta pessoal e na sua conduta administrativa. O bolsonarismo institucional tem a imprensa brasileira como o seu principal inimigo público, já o seu principal inimigo político ainda é o lulismo.
O discurso raivoso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) contra os seus desafetos internos, como o presidente da Câmara e as cúpulas partidárias. É também estendido aos seus inimigos das oposições. Jair Bolsonaro manterá o tom agressivo nas redes sociais, para consumo do seu eleitorado mais fiel, assim como as medidas econômicas da equipe de Paulo Guedes, Mansueto de Almeida, Rogerio Marinho e outros têm o interesse de atender as classes médias tradicionais, porém a imprensa brasileira é aliada mercadológica das reformas: Previdência, Tributaria e Trabalhista. Os intelectuais brasileiros são pregadores no deserto da falta de bom senso dos atores políticos da sociedade civil.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político
Fortaleza, 31 de Julho de 2019



terça-feira, 30 de julho de 2019

Camilo Santana e o afastamento político-administrativo de Ciro Gomes

O governador Camilo Santana (PT) sempre foi a simbiose político-administrativo entre o senador Cid Gomes (PDT) e o ex-presidente Lula (PT), com isso nunca houve identificação por parte do chefe do executivo estadual, com o ex-governador Ciro Gomes (PDT). Camilo Santana fez da sua visita ao cárcere de Lula; o seu principal movimento abrupto na política cearense. Ciro Gomes foi aliado (2003-2018) do Lula e do Partido dos Trabalhadores até o primeiro semestre do ano passado.

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) não teve grande vitória eleitoral no primeiro turno da sucessão presidencial de 2018, na sua terra natal (Ceará). Ciro Gomes teve 41% dos votos válidos dos cearenses, no primeiro turno da sucessão presidencial, já o ex-presidenciável Fernando Haddad (PT) teve o sufrágio de 33% dos eleitores alencarinos, no mesmo pleito eleitoral. O governador Camilo Santana (PT) não fez campanha, para o seu companheiro partidário na primeira etapa da eleição para presidente, em solo cearense. A campanha de reeleição do senador Eunício de Oliveira (MDB) foi responsável por fazer a campanha do candidato petista a presidente da República, no Estado do Ceará, nessa etapa eleitoral. Eunício de Oliveira tinha o aval de Camilo Santana e do ex-presidente Lula.

O grupo político do ex-governador Ciro Gomes (PDT) não fez campanha favorável a candidatura à reeleição de Eunício de Oliveira ao Congresso Alto (Senado), pois o mesmo era aliado do ex-presidente Lula e do candidato petista (Fernando Haddad) a presidente da República. A não recondução do senador Eunício de Oliveira ao seu cargo parlamentar, acendeu a luz amarela no grupo político do governador Camilo Santana, que no período do segundo turno da sucessão presidencial, não poupou nenhum esforço pró-Fernando Haddad entre os eleitores cearenses. Destaco o importante detalhe de que essa foi a primeira eleição majoritária de Camilo Santana na política cearense, sem a participação do grupo do ex-presidenciável Ciro Gomes, no mesmo palanque. A ação conjunta do triunvirato Camilo Santana - Lula - Fernando Haddad foi responsável pela votação recorde de 71% dos votos válidos, no segundo turno da sucessão presidencial, em solo cearense.

O governador Camilo Santana (PT) deverá lançar uma candidatura petista a sucessão municipal do prefeito, Roberto Cláudio (PDT), ou fazer aliança informal, com o pré-candidato Capitão Wagner (PROS), na sucessão municipal da capital cearense. O ex-governador Ciro Gomes (PDT) tentará  fazer aliança com o senador Tasso Jereissati que deverá sair do PSDB, para ir ao partido Democrata, com isso teremos a reedição da aliança política-administrativa entre PDT e DEM, em síntese antipetista, no pleito eleitoral de Fortaleza. O senador Cid Gomes (PDT) manterá a sua aliança política-administrativa, com o governador Camilo Santana (PT). Cid Gomes é o único pedetista que teria o apoio de Camilo Santana, para sucedê-lo no comando do executivo do Governo Estadual.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 30 de Julho de 2019