domingo, 3 de setembro de 2017

Camilo Santana e o cálculo político-eleitoral do ex-presidente Lula no Ceará



O governador Camilo Santana (PT) demonstra interesse em manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no seu palanque de reeleição, no próximo ano. Camilo Santana sabe do peso político-eleitoral do lulismo cearense nas pequenas cidades, onde há enorme sentimento de saudosismo da Era Lula (2003-2010) devido as políticas sociais e aos créditos financeiros. A candidatura presidencial do petista poderá ter entre 17% até 25% dos votos válidos, no pleito de 2018, em nosso estado.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) não recebeu a caravana do ex-presidente Lula, em terras cearenses. Ciro Gomes começa a trabalhar com a perspectiva de não receber apoio do Partido dos Trabalhadores a sua postulação política-eleitoral ao Governo Federal. O condomínio político-administrativo que era cirista-cidista-lulista (2003-2016) já não existe mais, com isso o governador Camilo Santana (PT) vai ser a ponte entre os antigos aliados nas eleições do Ceará.

O governador Camilo Santana (PT) ampliou o seu arco de aliança após o fim da Era Lula-Dilma (2003-2016) à frente do Palácio do Alvorada, em Brasília. Camilo Santana mantém um  bom relacionamento administrativo com o presidente Michel Temer (PMDB) através do deputado federal Danilo Forte (PSB) e do presidente nacional do PSDB, o senador Tasso Jereissati.  O chefe do executivo estadual também já começa uma reaproximação com o senador Eunício Oliveira (PMDB), para ajudá-lo nas liberações dos recursos financeiros do Governo Federal.

Eu acredito na saída do governador Camilo Santana dos quadros do Partido dos Trabalhadores. Camilo Santana deverá ir para o Podemos ou para o Partido Socialista Brasileiro no início do próximo ano, com a construção do seu palanque de reeleição, porém terá três palanques a nível presidencial: Ciro Gomes (PDT), Lula (PT) e o candidato nacional do PSDB. A lógica política do Palácio de Iracema é a garantia antecipada da reeleição do atual chefe do executivo do Governo Estadual, já o processo eleitoral a nível nacional, sem dúvida é questão secundaria. Assistam aos vídeos:


 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político

Fortaleza, 03 de Setembro de 2017