quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Vídeo no Youtube: A (Re)União entre o Tasso Jereissati e o Ciro Gomes - Camilo Santana e o PT de Fortaleza.

A participação do sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, no Sociedade & Direito do apresentador, Hamilton Sobreira, no estúdio da TV Unigrande. Tema - A (Re)União entre o Tasso Jereissati e o Ciro Gomes - Camilo Santana e o PT de Fortaleza.



quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Vídeo no Youtube: O prefeito Roberto Cláudio (PDT) não terá o apoio do governador Camilo Santana (PT), na eleição de Fortaleza (2020).

A participação do sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, no Sociedade & Direito do apresentador, Hamilton Sobreira, no estúdio da TV Unigrande. Tema - O prefeito Roberto Cláudio (PDT) não terá o apoio do governador Camilo Santana (PT), na eleição de Fortaleza (2020).

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa



segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Moroni Bing Torgan e Três Décadas de Política Fortalezense

O ex-deputado federal e atual vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Bing Torgan, já vai completar três décadas como homem público. O moronismo é a mais antiga corrente política da capital cearense. A análise desse momento histórico é importante, com destaque para as suas grandes vitórias bem como sua constante participação em onze eleições : 1990-1994-1998-2000-2002-2004-2006-2008-2012-2014 e 2016. Qual o papel do moronismo no pleito eleitoral de 2020, em Fortaleza? 

A primeira grande vitória do Moroni Bing Torgan foi a sua primeira eleição para deputado federal, no desconhecido Partido Democrático Cristão, no pleito eleitoral de 1990. A sua segunda chegada ao cargo parlamentar da Câmara Federal, já foi no ano de 1998, pelo PSDB. A sua terceira eleição foi em 2002 e depois de alguns anos ressurge em sua quarta eleição ao Congresso Baixo (Câmara) no ano de 2014; ambas pelo PFL-Democrata. Moroni Big Torgan tem histórico de duas décadas na sua atual agremiação partidária. A média de suas votações é algo acima de duzentos mil votos. 

A sua primeira disputa eleitoral para prefeito de Fortaleza, já foi uma grande surpresa, obteve a terceira colocação, no pleito eleitoral de 2000. Na sua segunda tentativa (2004) e terceira tentativa (2008), para a chefia do executivo da capital cearense, suas votações  o consolidaram como a segunda força da política fortalezense. Na eleição de 2012 o eleitorado alencarino já desejava alguma candidatura da base aliada do ex-presidente Lula e do governador Cid Gomes (PSB), como futuro prefeito de Fortaleza,deste modo não havia espaço para uma candidatura conservadora. No pleito eleitoral de 2016, para prefeito de Fortaleza, a participação de Moroni Bing Torgan, sem dúvida foi decisiva para reeleição do atual prefeito. 

A passagem de Moroni Bing Torgan na vice-governadoria (1995-1998), no segundo mandato de Tasso Jereissati, assim como a sua campanha ao Senado (2006), sem dúvida mostraram a sua força política-eleitoral, como liderança estadual. O polo conservador cearense é fruto do moronismo, sendo algo bem anterior a onda neoconservadora do bolsonarismo na atual política cearense. O deputado federal, Capitão Wagner (PROS), é indiscutivelmente o herdeiro indireto do moronismo. O wagnismo-bolsonarista necessita da base política-eleitoral do vice-prefeito Moroni Big Torgan, para conquistar o pleito eleitoral de 2020, em Fortaleza, ainda no primeiro turno. 


O apoio do deputado federal (eleito), Moroni Bing Torgan (DEM), no segundo turno do pleito eleitoral de 2014 ao governador (eleito), Camilo Santana (PT), foi primordial, para o desfecho daquela sucessão estadual. O cidadão-eleitor moronista na sua maior parcela ainda acompanhou o seu líder nas eleições de 2014 e 2016. No pleito eleitoral de 2018 não houve o encontro entre o eleitor conservador-liberal e o vice-prefeito Moroni Bing Torgan, em função do mesmo não fazer parte da onda bolsonarista no Ceará. Moroni Bing Torgan não foi beneficiado pela onda cirista-camilista, no primeiro turno das eleições do ano passado. O moronismo é excelente aliado do cirismo, porém nunca será corrente cirista, com força política-eleitoral.  

O vice-prefeito Moroni Bing Torgan necessita retornar ao polo conservador pró-Jair Bolsonaro e ao Partido do Lava-Jato (Sérgio Moro), com certa urgência política-eleitoral. O grupo político do deputado federal, Capitão Wagner (PROS) e do senador Luis Eduardo Girão (PODE) não são conservadores ao estilo bolsonarista, todavia, já mantêm estreita aliança, com o presidente Jair Bolsonaro e com os seus aliados cearenses na sociedade civil. O deputado federal, Heitor Freire (PSL), não tem capacidade para  ser o principal porta-voz do chefe do executivo do Governo Federal. O wagnismo-bolsonarista está num estado gasoso, em termos de grupo político, porém, no período eleitoral de 2020, não tenho dúvida da sua solidificação. 

O cidadão-eleitor fortalezense na sua grande maioria deverá investir numa candidatura a prefeito de Fortaleza, que não represente o continuísmo do atual grupo vigente no Palácio do Bispo. O prefeito Roberto Cláudio (PDT) tem bons índices de aprovação da sua atual gestão municipal. O problema é a fadiga do material político-eleitoral, pois o cidadão-eleitor já entende que estamos no terceiro mandato sobre a égide do grupo político do senador Cid Gomes na capital cearense: Luizianne Lins (2008) e Roberto Cláudio (2012)(2016). Os benefícios estruturais e os benefícios sociais da administração robertista-cirista já foram literalmente absorvidos pela opinião pública da maior cidade cearense.  


O fim do pacto entre o lulismo-camilista e o cirismo-cidista já não é suposição sociológica. É pura realidade política-eleitoral. O ex-presidente Lula deverá fazer a indicação do provável pré-candidato a prefeito de Fortaleza pela coligação PT-MDB, no pleito eleitoral de 2020. O governador Camilo Santana tem dois nomes petistas como o seu candidato a prefeito: Elmano de Freitas e Acrísio Senna. O PSD (Domingos Neto) e SD (Genecias Noronha) são prováveis aliados da frente partidária MDB-PT, como forças auxiliares, na capital cearense. Lula sabe que precisa derrotar o ex-governador Ciro Gomes na maior administração municipal pedetista no Brasil.  

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 16 de Setembro de 2019



sábado, 14 de setembro de 2019

Fotos do passeio a Praça do Ferreira - Fortaleza - Ceará

O último passeio meu e da minha esposa, Marilac Lima, foi a praça do Ferreira no centro de Fortaleza; há exatamente sete anos (2012-2019). O nosso retorno a mais histórica praça da capital cearense, somente aconteceu por causa de excelente palestra na Academia cearense de Letras no antigo palácio da Luz.O circuito de visitas começou na Livraria Paulus, depois fiz pequena parada no Café Santa Clara (Cine São Luíz), e finalizou com bom almoço no restaurante L'escale. 





O centro de Fortaleza tem espaço de entretenimento a altura dos bairros nobres fortalezenses. O problema é a grande comunidade de moradores de rua. O número grande de viciados de crack. Eu faço a recomendação do passeio, porém não leve nada de valor ou chamativo não é como se fosse ao Shopping Center. O melhor horário é das 10 da manhã até as 13 da tarde. 

















Vídeo no Youtube: Jair Bolsonaro precisava confiar no vice-presidente Hamilton Mourão

A participação do sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político, no Programa Pela Ordem do jornalista, Paulo Sérgio Cordeiro Feitosa, no estúdio da TV Fortaleza, com apresentação na TV Assembleia. Tema - Jair Bolsonaro precisava confiar no vice-presidente Hamilton Mourão

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Avaliação da Política Cearense e Fortalezense - Parte 01


O condomínio político-administrativo do senador Cid Gomes (PDT) e do governador Camilo Santana (PT) não deverá se manter unido nos próximos meses. Os fatores dessa implosão são de ordem ou natureza de caráter interno. A incapacidade da manutenção da atual aliança de várias agremiações partidárias na base aliada do Governo Estadual e da Prefeitura de Fortaleza, pois ambas as maquinas administrativas estão nos limites dos seus gastos públicos. É a fadiga do material da longa aliança entre cirismo-cidista e o lulismo-camilista, com quase dezesseis anos (2003-2019) de convivência administrativa e eleitoral. 

O governador Camilo Santana (PT) e o ex-senador Eunício de Oliveira (MDB) deverão construir um novo bloco dominante da política alencarina. Os sócios secundários deverão ser o deputado federal, Domingos Neto (PSD), e o deputado federal, Genecias Noronha (SD), assim como algumas pequenas agremiações partidárias. O lançamento de uma candidatura  petista , na disputa eleitoral de Fortaleza, é sem dúvida o principal motivo do rompimento do governador Camilo Santana e do senador Cid Gomes, pois o primeiro deverá seguir a orientação do ex-presidente Lula, pois o mesmo deseja impor grande derrota política-eleitoral ao ex-governador Ciro Gomes e ao Partido Democrático Trabalhista secção nacional. 

O ex-presidente Lula deverá fazer a indicação do deputado estadual, Elmano de Freitas ou do deputado estadual, Acrísio Senna, como candidato ao cargo de prefeito de Fortaleza. A deputada federal, Luizianne Lins, não iria unificar a agremiação petista e muito menos tem a simpatia do bloco partidário (MDB-PSD-SD) auxiliar do governador Camilo Santana. Lula não vai permitir o processo natural de antropofagia entre e as correntes petistas fortalezenses. O centralismo lulista não vai permitir a perda de tempo na construção da chapa majoritária petista-emedebista para a prefeitura de Fortaleza. O deputado estadual, Danniel Oliveira, deverá ser o pré-candidato a vice-prefeito do pré-candidato a prefeito do Partido dos Trabalhadores, na capital cearense. 

O prefeito Roberto Cláudio (PDT) nos últimos sessentas dias já contabilizou a perda de três agremiações partidárias: PSC, Avante (PT do B) e PTC. Há possibilidade da saída do Patriota e do Democrata, em função dos interesses de suas cúpulas nacionais. As agremiações partidárias citadas nesse parágrafo; somente possuem o desejo de eleger os seus próprios deputados federais. O PTB deverá ir para o bloco partidário do governador Camilo Santana, no pleito eleitoral de 2020, em Fortaleza. Roberto Cláudio ainda terá muita dificuldade na negociação com as seguintes agremiações partidárias: PC do B e PSB. Os socialistas e os comunistas dependem dos petistas nas seguintes disputas eleitorais: Recife (PE) e São Luis (MA). O PSD e o Solidariedade (SD) vão entregar os cargos na administração municipal de Fortaleza, bem na véspera do início do primeiro turno.   

O PDT secção fortalezense deverá contar com o apoio do Cidadania (PPS) e o PRTB, como aliados de primeira ordem. O Partido Progressista (PP) ainda é a grande incógnita, em função da sua direção nacional, que não tem simpatia por nenhuma aliança de centro-esquerda nas eleições municipais. O Partido Liberal (PR) sob a liderança do prefeito Acilon Gonçalves (Eusébio) não vai aceitar ser apenas aliado secundário do grupo político do prefeito Roberto Cláudio (PDT). O ex-governador Ciro Gomes (PDT) vai trazer o grupo do senador Tasso Jereissati (PSDB) para a base aliada do atual chefe de executivo da capital cearense. O PSDB não deverá apoiar o PDT, pois a maioria das lideranças tucanas (Roberto Pessoa, Danilo Forte, Lúcio Alcântara e outros) são por natureza anti-Ferreira Gomes. O governador paulista, o empresário João Dória (PSDB), tem simpatia pela pré-candidatura do deputado federal, Capitão Wagner (PROS), para prefeito de Fortaleza.
  
O empresário Geraldo Luciano e a sua agremiação partidária (Novo) tem condição de fazer uma boa pontuação eleitoral no primeiro turno da sucessão municipal de Fortaleza, com algo entorno de 5% a 8% dos votos válidos. O Partido Social Liberal deverá ter a sua própria candidatura na capital cearense, com possibilidade de fazer entre 3% a 5% dos votos válidos. O deputado federal Célio Studart e o Partido Verde ainda não decidiram a sua própria relação pública. Temos então um campo eleitoral de 10% a 12% dos votos válidos para a prefeitura de Fortaleza não favoráveis num primeiro momento ao candidato pedetista.   

O deputado federal, Capitão Wagner, é o líder das forças oposicionistas partidárias (PROS-PODE-Avante-PSC-PTC e Outros), na política cearense. O DEM e o PSDB ainda poderão vir a apoiar o principal candidato a prefeito de Fortaleza, dos setores não-governamentais. O vice-prefeito fortalezense, Moroni Torgan, já não tem o mesmo capital político de outrora ( pleito eleitoral de 2016). É necessário a compreensão da divisão do bloco partidário governista, temos o surgimento do novo bloco partidário oposicionista com apoio das cúpulas partidárias de Brasília. Em síntese teremos entre três ou quatro candidatos a prefeito de Fortaleza, e todos com boas chances de irem ao segundo turno.  


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 12 de Setembro de 2019 



quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Moroni Bing Torgan - Programa de Proteção Urbana (PMPU)

O encontro entre amigos e irmãos. É quase duas décadas (2000-2019) de bom relacionamento profissional e político. Na companhia do vice-prefeito de Fortaleza, o ex-deputado federal Moroni Bing Torgan,no seu gabinete institucional.

Avaliação do Programa de Proteção Urbana (PMPU), que é ao mesmo tempo colaborativo e sistêmico, que tem por objetivo agir na Prevenção, forma mais indicada para evitar a ocorrência do delito.



terça-feira, 10 de setembro de 2019

Eunício de Oliveira e o Bloco Partidário: MDB-PT

O ex-senador Eunício de Oliveira deverá manter o MDB, na base aliada do governador Camilo Santana (PT), na esfera estadual. Eunício de Oliveira é um grande aliado do ex-presidente Lula, com isso deverá apoiar a pré-candidatura petista a prefeito de Fortaleza. O eunicismo-emedebista é o principal aliado do lulismo-camilista nas eleições municipais cearenses, no próximo ano (2020). O MDB deverá ser o principal aliado do governador Camilo Santana (PT), após o fim da sua aliança, com o grupo político do senador, Cid Gomes, abrigado no Partido Democrático Trabalhista (PDT).

O ex-presidente Lula tem interesse de impor uma derrota histórica ao ex-governador Ciro Gomes (PDT) e ao prefeito, Roberto Cláudio (PDT), no pleito eleitoral de 2020, em Fortaleza. O lulismo-camilista precisa chegar ao segundo turno contra a candidatura a prefeito de Fortaleza do Capitão Wagner (PROS) e de seus aliados bolsonaristas, em detrimento da candidatura cirista-robertista do Partido Democrático Trabalhista (PDT). O prefeito Roberto Cláudio (PDT) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT) já têm a dimensão do poder de transferência de capital político do governador Camilo Santana (PT), entre os eleitores fortalezenses, após o segundo turno da sucessão presidencial de 2018, que foi favorável ao presidenciável Fernando Haddad (PT).

O MDB secção cearense tem enorme dívida de gratidão ao ex-presidente Lula, quando o mesmo retirou a candidatura à reeleição do senador na época, o sindicalista José Pimentel (PT), com grande possibilidade de vitória entre as duas vagas ao Congresso Alto (Senado), pelo estado do Ceará, no pleito eleitoral de 2018. O ex-senador Eunício de Oliveira deverá fazer pré-campanha de candidatura própria do MDB ao cargo de prefeito de Fortaleza, com incentivo do governador Camilo Santana (PT) e os seus aliados. 

O governador Camilo Santana (PT) e o ex-senador Eunício de Oliveira (MDB) não desejam ser refém do grupo político do senador Cid Gomes (PDT), em caso de vitória da candidatura cirista-robertista, no pleito eleitoral de Fortaleza, no próximo ano (2020). O prefeito Roberto Cláudio (PDT) precisa do apoio do governador Camilo Santana (PT), em outras palavras, precisa da neutralidade do mesmo no pleito eleitoral de Fortaleza, porém, o ex-presidente Lula e o ex-senador Eunício de Oliveira deverão atacar o ex-governador Ciro Gomes (PDT), nos próximos meses, até que o PT-MDB não tenham mais capacidade de reeditar aliança, com o PDT, como aconteceu no ano passado; na eleição municipal de Fortaleza de 2020. 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 10 de Setembro de 2019



segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Vídeo no Youtube: O Programa Pela Ordem - 28 de Agosto de 2019


A participação do sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, no Programa Pela Ordem. Com apresentação do comentarista político, Paulo Sérgio Cardoso Feitosa, no estúdio da TV Fortaleza. O programa exibido no dia 28 de Agosto de 2019. A TV Assembleia faz a transmissão do Programa Pela Ordem. 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

sábado, 7 de setembro de 2019

A provável pré-candidatura do Cidadania-PPS: Fortaleza 2020


Na companhia do jornalista e dirigente nacional do Cidadania-PPS, Inácio de Almeida, no escritório do secretário municipal de Fortaleza, Alexandre Pereira, na cafeteria Três Corações da Livraria Cultura. O Cidadania-PPS deverá ter candidatura própria no pleito eleitoral de 2020. O nascimento da terceira via social-liberal entre os eleitores fortalezenses.






terça-feira, 3 de setembro de 2019

Ciro Gomes e o Trabalhismo 4.0 ou Trabalhismo Liberal

Não há dúvida sobre a crise na imagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) perante a opinião pública. Entretanto assistimos a agenda econômica do ministro, Paulo Guedes, com amplo apoio entre os parlamentares e os atores sociais do mercado. O ex-governador Ciro Gomes mantém crítica negativa, em relação ao presidente e ao superministro das reformas estruturantes. Ciro Gomes, sem dúvida , encontra apoio nas críticas ao comportamento social de Jair Bolsonaro, a frente do Governo Federal. Já o posicionamento do pedetista, em relação ao ministro, Paulo Guedes, não tem ressonância nem mesmo dentro de sua agremiação partidária.

O ex-presidente Lula já compreendeu o espírito liberal de grande parcela da sociedade civil organizada brasileira. Lula orientou o Partido dos Trabalhadores a fazer parte da Reforma Tributária, como ator político propositivo na Câmara e no Senado. O lulismo-petista deverá ser o grande fiador da proposta de Reforma Tributaria do presidente da Câmara, assim como do presidente do Senado. É importante termos essa compreensão do teatro das sombras entre o Partido dos Trabalhadores e o grupo do centrão no Congresso. Lula deverá mandar o ex-prefeito Fernando Haddad manter crítica negativa a pessoa do presidente Jair Bolsonaro, porém o mesmo somente fará crítica positiva ao presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM), como o responsável pela tramitação exemplar das mudanças na área tributária da União, com efeito cascata nos Estados e Municípios. 

O ex-governador Ciro Gomes precisa compreender que a sociedade civil organizada já absorveu a bandeira da reestruturação do serviço público, em todas as áreas de influência do Governo Federal. A bancada da Câmara (Federal) do Partido Democrático Trabalhista após a votação da MP da Liberdade Econômica, já demonstrou predisposição de apoio à agenda econômica do ministro, Paulo Guedes, e do bloco do centrão. Ciro Gomes tem condição de ser o contraponto positivo da Reforma Tributária, assim como faz o PODE e o Cidadania 23 (PPS), com os seus posicionamentos públicos de defesa da reestruturação da máquina administrativa do Governo Federal. O gueto político-ideológico da cúpula pedetista é fato consumado. É necessário o realinhamento do ex-governador Ciro Gomes com a maioria dos parlamentares trabalhistas no Congresso.

O ex-presidente Lula e o ex-prefeito, Fernando Haddad, vão tentar isolar ou destruir a liderança do ex-governador, Ciro Gomes (PDT), no espectro ideológico de centro-esquerda brasileiro. Lula já fez isso com o ex-governador, Leonel Brizola, nos anos 90. O lulismo-petista deseja reconquistar a confiança do mercado financeiro e dos seus atores sociais. Ciro Gomes deve refundar o trabalhismo brasileiro, com víeis social-liberal já presente nos parlamentares federais pedetistas. O trabalhismo liberal é a única saída do PDT, para não cair num isolamento produzido pelo ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 03 de setembro de 2019

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa