quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e a Perspectiva do Segundo Mandato

O artigo que foi publicado na Sexta - Feira, 19 de Dezembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Dilma Rousseff e a Perspectiva do Segundo Mandato.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/retrospectiva-politica


A presidente Dilma Rousseff (PT) não tem muitos motivos para estar animada com a comemoração pela passagem do seu primeiro mandato para o segundo mandato. Na história recente da República os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva tiveram essa mesma experiência de transição de governo, ao iniciarem um segundo mandato. Dilma Rousseff não terá um cenário de continuísmo tão tranquilo como os dois  ex-presidentes.
O advento da reeleição criou uma espécie de condição do chefe do executivo do Palácio do Planalto, para exercer uma administração pública de oito anos, com o direito de fazer o seu sucessor. O ex-presidente tucano FHC não teve muito dificuldade para ser eleito (1994) e reeleito (1998), em ambos os pleitos foi vitorioso no primeiro turno, já o ex-presidente petista Lula não teve tanta facilidade, pois o seu primeiro mandato (2002) e segundo mandato (2006) foram vencidos apenas no segundo turno.
O início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) não será marcado pelo continuísmo administrativo, como foram as transições dos governos de seus antecessores. O ex-presidente FHC passava por problemas similares na área econômica no início do seu segundo mandato, mas apenas fez mudanças pontuais entre os seus ministros; já a atual chefe do executivo praticamente vai mudar os principais postos da Esplanada dos Ministérios. O ex-presidente Lula praticamente não fez mudança profunda na composição dos seus ministros no seu segundo mandato.
A presidente Dilma Rousseff (PT) vai entrar na história política brasileira por fazer no início de seu segundo mandato uma série de mudanças de ministros, em áreas importantes, sob o signo político da renovação administrativa. Dilma Rousseff praticamente mudará os seus auxiliares mais próximos nas pastas dos setores de economia e política. O Planalto nunca esperava não aproveitar quase nada do  seu primeiro escalão para o segundo mandato.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) procura interferir na construção do novo núcleo político-administrativo do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Lula não mede esforço para fazer uma reviravolta nas expectativas que, no momento, não são nada positivas do segundo mandato da atual chefe do executivo do Planalto. A retrospectiva política do final do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff é marcada somente pela necessidade de uma profunda mudança administrativa, sem nada lembrar um governo reeleito sob o signo político do continuísmo.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.


Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e os Aumentos de Impostos?

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 11 de Dezembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Dilma Rousseff e os Aumentos de Impostos?
http://www.oestadoce.com.br/noticia/imposto-politico


A presidente Dilma Rousseff (PT) não poupou esforços para aprovação da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na última terça-feira (9), no Congresso Nacional. O final do primeiro mandato da atual chefe do executivo do Planalto é marcado pelo pragmatismo da aprovação da nova LDO, pois, na prática, esse ato inicia uma série de novos impostos para o próximo ano: CIDE e CPMF.
O novo ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy, já é de fato o novo comandante da economia brasileira, com o apoio do novo ministro do Planejamento, o economista Nelson Barbosa e com apoio incondicional do presidente Alexandre Tombini do Banco Central. O novo núcleo econômico do Planalto deve estar por trás da medida de aumento dos juros, feito pelo Banco Central, na semana passada, com a nova taxa básica da Selic de 11,75%.
A presidente Dilma Rousseff (PT) reconhece a necessidade dos cortes de gastos no orçamento do governo federal, mas também pretende aumentar a carga tributaria, para obter uma arrecadação recorde para os cofres públicos, nos próximos quatro anos. A nova equipe econômica tem noção da necessidade do Planalto de reajustar a sua agenda política para uma nova Reforma Tributaria, com aprovação nas duas casas (Câmara e Senado) do Congresso.
O ministro da Casa Civil, o economista Aloizio Mercadante, já é outra peça importante no auxilio à nova equipe de ministros da área econômica, pois é de sua responsabilidade a conquista da aprovação dos novos impostos no legislativo brasileiro. Aloizio Mercadante tem formação na área econômica, mas próxima dos ideais do Partido dos Trabalhadores: sendo a favor da manutenção dos altos gastos públicos da União e da inflação acima da meta de 4,5% ao ano.
 A presidente Dilma Rousseff (PT) demonstra nova aptidão para o diálogo com a sua base aliada no Congresso, pois negociou pessoalmente, com as principais cúpulas partidárias (PMDB-PR-PRB-PSD-PP) para aprovação da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O PMDB demonstra ser o principal aliado na arena do Congresso, por isso a necessidade de realinhamento dos seus quadros na nova reforma ministerial, que acontecerá até o final de dezembro.
O Planalto começa a impor uma nova marca administrativa para os próximos quatro anos, com certo pragmatismo político na aprovação de certas medidas de aumento de imposto na área econômica, com aval do Congresso. A presidente Dilma Rousseff (PT) vai fazer da nova reforma ministerial, a sua nova base aliada no Congresso, com a finalidade de restruturação da economia brasileira no próximo ano.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.




Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e o Ministro Oculto ( Antônio Palocci)

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 04 de Dezembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Política Econômica - Dilma Rousseff e o Ministro Oculto ( Antônio Palocci). 
http://www.oestadoce.com.br/noticia/politica-economica


A presidente Dilma Rousseff (PT) fez a indicação do economista Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, com auxilio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-ministro, Antonio Palocci (PT), para o seu segundo mandato à frente da Presidência da República (2015-18).  Dilma Rousseff retorna à política econômica de restrição dos gastos públicos do início da Era Lula-PT.
A indicação do novo ministro da Fazenda pode ser um indicativo da construção de um novo triunvirato informal ou conselho político dentro do Planalto, para o novo mandato da chefe do Executivo. A presidente Dilma Rousseff (PT) não decidirá sobre as políticas públicas do Planalto sem consultas prévias aos petistas Luiz Inácio Lula da Silva na área de política e Antônio Palocci na área econômica. Os três atores políticos já trabalharam em conjunto no primeiro mandato petista (2003-2006) a frente do governo federal.
O ex-ministro Antônio Palocci foi importante na indicação da nova equipe da área econômica do Planalto, para os ministérios da Fazenda e do Planejamento. Antônio Palocci já trabalhou na época que foi ministro da Fazenda com o economista Nelson Barbosa, por isso foi o principal articulador político da sua indicação ao Ministério do Planejamento. Os setores organizados do mercado financeiro têm no ex-ministro Antônio Palocci o seu principal interlocutor das suas demandas de políticas públicas junto à presidente Dilma Rousseff (PT).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o pleito eleitoral de 2014 para presidente da República, já era o principal articulador político da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), porém, no contato com os empresários, delegou ao médico Antônio Palocci, seu homem de confiança, essa função de acalmar os ânimos do mercado financeiro em relação a um segundo governo da atual mandataria do Planalto.
O atual ministro da Fazenda, o economista Guida Mantega, sempre representou um contraponto às políticas econômicas do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci nos doze anos da administração petista no Planalto. O futuro ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy e o novo ministro do Planejamento, o economista Nelson Barbosa, são adeptos do controle fiscal dos gastos públicos da União, com isso, temos um retorno informal do próprio ex-ministro Antônio Palocci como um mentor intelectual da área de política econômica do Planalto nos próximos quatro anos.
A presidente Dilma Rousseff (PT) nunca escondeu o seu desejo de manutenção do atual ministro da Fazenda, o economista Guido Mantega, a frente dessa importante pasta do Planalto, mas o baixo crescimento econômico e a taxa da inflação acima das expectativas negativas do mercado financeiro e dos setores da indústria nacional, são considerados os principais motivos para o retorno de uma política econômica de corte dos gastos públicos ao estilo administrativo-econômico do período de Antônio Palocci no primeiro mandato (2003-2006) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.

Entrevista para equipe de jornalismo da TV Fortaleza

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Bancada Suprapartidária - Dilma Rousseff e o Anti - PMDB

A presidente Dilma Rousseff (PT) na sua reforma ministerial por etapas, para o seu segundo mandato (2015-2018), já começa um dialogo, com os setores produtivos da economia brasileira que são organizados no Congresso: Agronegócio e Empresarial. Dilma Rousseff deseja com ajuda dos seus novos ministros ter a maioria dos parlamentares na Câmara e no Senado.

O Planalto procura atrair a bancada parlamentar ruralista, com a indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB), para o Ministério da Agricultura, que representa os interesses da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), principal fórum para discussão dos temas do setor no Congresso. Kátia Abreu tem noção do tamanho de sua bancada suprapartidária de aproximadamente 150 representantes nas duas casas do legislativo nacional.

A bancada empresarial soma atualmente 246 integrantes no Congresso, pelo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP); esse número aumentou na eleição de outubro e esta bancada contará na próxima legislatura com 250 membros. A presidente Dilma Rousseff também pode anunciar o senador Armando Monteiro (PTB) para o comando do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com intenção de atrair o apoio da bancada empresarial.

As bancadas suprapartidárias do Agronegócio e Empresarial têm muitos parlamentares com atuação conjunta nos interesses políticos desses dois setores organizados importantes da economia brasileira. Os parlamentares que atuam em parceria nessas bancadas informais na Câmara e Senado, podem ser algo em torno de 120 representantes de vários partidos, sendo esta a causa do seu valor estratégico, para os cálculos políticos do Planalto.

A presidente Dilma Rousseff (PT) precisa de certa urgência nas votações importantes no Congresso, no seu segundo mandato. As bancadas suprapartidárias são componentes importantes para o Planalto ficar menos dependente das cúpulas dos partidos aliados onde maiorias dos seus parlamentares seguem as lideranças dos grupos de interesses, em detrimento dos lideres de suas agremiações partidárias.

A senadora Kátia Abreu (PMDB) e o senador Armando Monteiro (PTB) deverão ser operadores políticos nos seus respectivos ministérios junto as suas bancadas suprapartidárias no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). O Planalto procura nesse momento a diminuição do espaço político do PMDB nas votações do Congresso, daí a necessidade de atrair os parlamentares com atuação nas bancadas suprapartidárias.

             Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.




domingo, 23 de novembro de 2014

Análise no Youtube: Roberto Cláudio - O novo líder do cidismo no Ceará




O prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS), devera ser a maior liderança do condomínio político - administrativo do atual governador Cid Gomes (PROS), no ano de 2015.


Artigo no Jornal O Estado: O alinhamento político de Dilma Rousseff (PT) e do Geraldo Alckmin (PSDB)

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 20 de Novembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: O alinhamento político de Dilma Rousseff (PT) e do Geraldo Alckmin (PSDB).
http://www.oestadoce.com.br/noticia/alinhamento-politico


A presidente Dilma Rousseff (PT) deverá fazer um grande alinhamento político nos próximos dias, em relação aos seus aliados, como também em relação aos seus adversários. Dilma Rousseff precisa fazer uma reforma ministerial num momento de efervescência político-social, no final do seu atual mandato presidencial.
O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores procura interferir nas indicações ministeriais do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), como no caso especial da indicação da nova equipe econômica. O PT deseja, na pior hipótese, a manutenção da sua atual participação no quadro administrativo da Esplanada dos Ministérios. O Planalto terá dificuldade de segurar o ímpeto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer a indicação do futuro ministro da Fazenda.
O vice-presidente Michel Temer deverá negociar o espaço administrativo do Partido do Movimento Democrático Brasileiro na reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff (PT).  Michel Temer não barrou a candidatura peemedebista do deputado federal Eduardo Cunha (RJ), para presidência da Câmara no próximo biênio (2015-16); com isso, a bancada parlamentar já declarou apoio ao companheiro de legenda.
O PMDB quer manter o controle das cinco pastas que comandou durante o primeiro mandato: Previdência, Agricultura, Minas e Energia, Turismo e Aviação Civil. O PMDB não aceita ficar menor numa futura reforma ministerial. A presidente Dilma Rousseff (PT) deverá fazer um remanejamento de peemedebistas para outras pastas do primeiro escalão do governo federal, com intuito de manter o PMDB também do mesmo tamanho na máquina administrativa.
O Partido da Social Democracia Brasileiro saiu do processo eleitoral de 2014, para Presidência da República, com um discurso mais radical na área político-administrativa, em relação à presidente Dilma Rousseff (PT). O PSDB  precisa de uma boa relação com o Planalto, em função da crise de abastecimento de água no Estado de São Paulo. O governador reeleito paulista, o médico Geraldo Alckmin, já estendeu o tapete vermelho ao Planalto, como o seu futuro maior aliado político-administrativo, nesse momento de crise nas duas principais administrações públicas do Brasil.
O alinhamento político do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) e da presidente Dilma Rousseff (PT) vai ser a maior aliança branca da política brasileira no ano de 2015. Dilma Rousseff terá mais dificuldade, com os seus dois principais aliados partidários (PT e PMDB) do que com o seu adversário tradicional, para acomodá-los na reforma ministerial.
                                    Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.



Artigo no Jornal O Estado: Redefinição Política - Dilma Rousseff e o desencontro com Lula e o Partido dos Trabalhadores

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 13 de Novembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Redefinição Política - Dilma Rousseff e o desencontro com Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/redefinicao-politica


A presidente Dilma Rousseff (PT) começa a redefinir os seus futuros ministros, em função dos interesses contrariados dos seus aliados mais próximos. O Planalto não conseguiu produzir uma agenda positiva nas áreas de economia e política, nos últimos quinzes dias, por causa das pressões do mercado financeiro pelo nome do novo ministro da Fazenda e do Partido dos Trabalhadores tentando interferir na agenda política.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma cruzada político- administrativa para colocar o ex-presidente do Banco Central do seu governo, o economista Henrique Meireles, à frente do Ministério da Fazenda no segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), sem aval da própria mandatária da indicação do cargo, numa iniciativa de dominar a política econômica do governo federal. O economista Nelson Barbosa pode ser o nome de consenso de Lula e Dilma Rousseff.

O Partido dos Trabalhadores começa a entrar numa zona de conflito com a presidente Dilma Rousseff (PT), em relação à agenda política do Planalto para os próximos quatro anos. Dilma Rousseff já afirmou que governa para a nação, não somente para o PT, numa rara demonstração de conflito de interesse com o seu partido externada para a opinião pública. O PT acredita na necessidade da reforma política e da regulamentação dos meios de comunicação como políticas primordiais no segundo mandato de Dilma Rousseff. 

A presidente Dilma Rousseff (PT) já teve uma baixa no seu primeiro escalão com a saída da ex-ministra da Cultura, a senadora Marta Suplicy (PT) que se demitiu essa semana. A chefe de Estado, sem condição de fazer uma audiência ou simplesmente fazer a indicação do substituto, em função de estar numa viagem internacional, pois a demissão ocorreu na sua ausência. Dilma Rousseff ainda recebeu críticas na área da economia de sua ex-ministra que está em sintonia com o pleito político-administrativo do ex-presidente Lula, para indicação do futuro ministro da Fazenda.

O futuro ministro da Fazenda será prerrogativa da presidente Dilma Rousseff (PT), que não tem interesse em contrariar abertamente o seu principal aliado político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por isso, a indicação do ministeriável Henrique Meireles para o cargo é somente questão de tempo. Dilma Rousseff não tem interesse de entregar sua agenda política para o seu segundo governo (2015-2018) nas mãos do Partido dos Trabalhadores; isso acarretará uma simulação de autonomia por um período antes de entrar num consenso com os interesses das alas petistas dentro da administração pública.

  Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.





quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Titulo: Dilma Rousseff e o impasse do futuro ministro da Fazenda

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 06 de Novembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Dilma Rousseff e o impasse  do futuro ministro da Fazenda.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/ministerio-da-economia


A presidente Dilma Rousseff (PT) começa o processo de renovação da sua equipe para o segundo mandato. A saída de vários assessores do primeiro e do segundo escalão da administração pública da Esplanada dos Ministérios, não será tarefa fácil para atual chefe do executivo do governo federal. A troca de seis antigos auxiliares por meia dúzia de novos auxiliares não é um jogo tão normal no final do primeiro mandato para o início do segundo mandato.
O início do segundo mandato de uma gestão pública é quase sempre a manutenção do que foi positivo no primeiro mandato que foi aprovado pelo voto do cidadão-eleitor. No caso do governo federal essa máxima administrativo-eleitoral não vai ser aplicada, pois haverá necessidade de mudanças em quase todos os cargos de confiança na área de economia.
As principais instituições do mercado financeiro avaliaram que a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil em elevar os juros básicos da economia, a taxa Selic, em 0,5 ponto percentual, atingindo 11,5% ao ano, reflete a preocupação com uma inflação mais elevada e persistente. A decisão pela elevação não foi unânime, já que, dos oito integrantes, cinco votaram a favor da elevação, e três votaram pela manutenção dos juros.
O atual ocupante do Ministério da Fazenda, o economista Guido Mantega, não fazia parte do projeto de um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), com isso, criou uma situação inusitada de um ministro à frente de uma importante pasta administrativa sem poder real de mando nos últimos meses do final do primeiro mandato. Guido Mantega foi o homem mais poderoso da economia brasileira por mais de oito anos.
O Planalto deve promover a mais ampla mudança na área econômica desde 2003, quando teve início a gestão do Partido dos Trabalhadores, no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006). Além de substituir o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende fazer alterações no comando dos bancos oficiais e nos ministérios de Indústria e Comércio Exterior, Desenvolvimento e  Planejamento. Surgem noticias  de um desmonte planejado dos bancos públicos pelo governo, com centralização de decisões, o que contraria algumas promessas de campanha. No Banco Central, a tendência é manter Alexandre Tombini na presidência, mas deve haver mudanças em algumas diretorias.
A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu, nesta terça-feira, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Granja do Torto, em Brasília, para montar o jogo de xadrez de seu novo ministério. Diante da imensa dificuldade para definir o sucessor de Guido Mantega na Fazenda, Dilma Rousseff pode ser obrigada a adiar a escolha para o final do mês de novembro.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.



domingo, 2 de novembro de 2014

Camilo Santana e a candidatura petista em Fortaleza - 2016



O governador eleito Camilo Santana e a construção do consenso interno do Partido dos Trabalhadores no Ceará. A direção nacional do PT e a defesa da candidatura própria petista no município de Fortaleza.

Artigo no Jornal O Estado - Reforma Política

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 30 de Outubro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Reforma Política - Dilma Rousseff e o confronto com o PMDB - Congresso

http://www.oestadoce.com.br/noticia/reforma-politica-2

No domingo, após o resultado final que confirmava a sua reeleição para a Presidência da República, a presidente Dilma Rousseff (PT), no seu discurso de agradecimento aos correligionários e simpatizantes, foi bem enfática ao falar sobre a necessidade da Reforma Política no início do próximo ano. Dilma Rousseff trouxe à tona uma pauta propositiva que não foi discutida nos últimos vinte anos pelo Planalto em conjunto, com o Congresso.
O presidente do Senado, o congressista peemedebista Renan Calheiros (AL), não esperava esse debate público após quase todo mês de outubro de extremos embates entre as forças políticas da base governista e da frente da oposição no segundo turno. Renan Calheiros deverá propor uma pauta interna, com propostas de uma minirreforma política discutida em conjunto no Senado e na Câmara, para depois encaminhar ao veto da presidente Dilma Rousseff (PT).
O Planalto pretende mobilizar os seus principais aliados no Congresso para transformar a Reforma Política num referendo ou plebiscito no intuito de abrir uma agenda compartilhada com a sociedade civil, como ponto de aproximação e diálogo com as classes médias altas e os meios de comunicação. O Congresso não esperava que essa nova agenda da Reforma Política saísse do seu controle para ser votada e decidida no primeiro momento numa consulta popular, para depois retornar para a mesma.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a executiva nacional do Partido dos Trabalhadores já têm uma agenda para Reforma Política preparada há quase dez anos, com financiamento público de campanha, o voto distrital misto e a escolha do parlamentar pela lista fechada no partido ou coligação. O Instituto da Cidadania (Lula) deverá ser o centro de estudos do Partido dos Trabalhadores para atrair os setores organizados da sociedade civil para o debate público que deverá ser travado entre o Planalto e o Congresso, sobre a primazia da Reforma Política.
Os partidos de oposição no Congresso não esperavam essa mudança de foco político-institucional da presidente Dilma Rousseff (PT). Trata-se de um tema importante, pois esta discursão sobre a reforma politica é desejada por boa parte da sociedade civil que não votou no continuísmo administrativo do governo federal, por não se sentir representada pelas forças políticas no Congresso. A Reforma Política deverá aproximar alguns setores organizados da opinião pública em sintonia com o discurso de mudança da presidente Dilma Rousseff (PT) já no inicio do seu segundo governo (2015-2018). A pauta da Reforma Política já inibiu no primeiro momento a continuação dos embates entre as forças governistas e as oposições nos principais noticiários dos veículos de comunicações.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.

Entrevista para a equipe de jornalismo da TV Fortaleza

 Entrevista ao Programa Pela Ordem do jornalista Carlos Frederico na TV Fortaleza


Artigo no Jornal O Estado - Votos Indecisos

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 23 de Outubro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Votos Indecisos - O eleitor indeciso pode eleger: Aécio Neves ou Dilma Rousseff.

http://www.oestadoce.com.br/noticia/votos-indecisos

O final do segundo turno do pleito eleitoral de 2014 será marcado pela indefinição até a abertura da contagem dos votos pelo Tribunal Superior Eleitoral nesse domingo, 26 de outubro de 2014. Entre os candidatos a presidência  Dilma Rousseff (PT) e  Aécio Neves (PSDB), a única certeza é de que a sociedade civil está dividida em todas as esferas sociais.
A pesquisa de opinião do CNI-MDA na última segunda-feira trouxe um cenário de equilíbrio entre os presidenciáveis na simulação dos votos válidos: Dilma Rousseff (PT) com 50,5% e o seu adversário Aécio Neves (PSDB) na casa dos 49,5%, num cenário de empate técnico. Os institutos Vox Populi e Datafolha  trouxeram resultados semelhantes no mesmo dia, nos cenários de votos válidos: Dilma Rousseff 52% e Aécio Neves 48%, com probabilidade de vitória da atual mandataria do Planalto.
O instituto Datafolha apresentou uma segunda pesquisa durante essa semana nessa quarta-feira, 21 de outubro de 2014, com a manutenção do quadro de empate técnico dentro da margem de erro de 2% para cima ou para baixo, mas com vantagem para a presidente Dilma Rousseff (PT) no cenário de votos válidos, onde a mesma tem 52% contra apenas 48% de Aécio Neves (PSDB). Os votos dos indecisos sem dúvida serão a chave da vitória nessa eleição.
Os eleitores indecisos oscilaram de 6% para 4%, enquanto eleitores que vão votar em branco e nulo passaram de 5% para 6% na ultima pesquisa do Datafolha. O cidadão- eleitor que mantém uma certa indefinição em relação ao seu voto final, sem dúvida será o responsável pela eleição do futuro presidente do Brasil. Os candidatos não conseguiram ainda conquistar a confiança desse seleto grupo de eleitores.
A presidente Dilma Rousseff (PT) procura atrair os eleitores indecisos das regiões Norte e Nordeste, principalmente entre as mulheres; já o presidenciável tucano procura alcançar estes eleitores nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, nos segmentos sociais com maior instrução escolar e renda em todo Brasil. As redes sociais vão ser o instrumento de alcance desse segmento de eleitores, mas, no domingo, os simpatizantes de ambas as candidaturas irão fazer uma campanha corpo a corpo atrás desse precioso voto.
Os votos dos indecisos terão um peso fenomenal na reta final do segundo turno. O cidadão-eleitor que não cristalizou a sua opção eleitoral ou pretende votar em branco ou nulo, sem dúvida será um caso de análise política após o término desse pleito eleitoral, pois nunca tão poucos decidiram o futuro de tantos.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Artigo no Blog do Eliomar - O voto no candidato do continuísmo: consentido ou não consentido

Com o título “O meu voto é duas opções: consentido (Camilo) ou não consentido (Eunício)?”, eis artigo de Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político. Ele analisa um cenário “confuso”, envolvendo dois candidatos que são ou saíram do mesmo condomínio político de Cid Gomes. De quebra, resta certa apatia no eleitorado. Confira:

O segundo turno no pleito eleitoral do Ceará já começa a chegar aos seus últimos dias, com a certeza da incerteza de quem será o futuro governador: Eunício Oliveira (PMDB) ou Camilo Santana (PT)? O único vencedor até esse momento no requisito ressurgimento político-eleitoral foi o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), com a sua belíssima votação para o cargo de senador da República na única vaga disputada na bancada cearense.

Nesta segunda vez que temos o segundo turno para governador do Estado do Ceará, a competição está confusa. Na primeira vez que houve esse expediente eleitoral, nós tivemos dois candidatos de grupos antagônicos da política local, com a eleição do ex-senador Lúcio Alcântara (PSDB) sobre o ex-prefeito de Icapui, José Airton (PT), por uma diferença mínima de cinco mil votos, no ano de 2002.

O atual segundo turno em terras cearenses é o inverso do pleito eleitoral de 2002, desta vez temos dois candidatos que pertenceram ao condomínio político administrativo do governador Cid Gomes (PROS) nos últimos oito anos. Não temos um confronto entre um candidato de situação e um candidato de oposição, mas apenas duas candidaturas oriundas do mesmo grupo dominante da política cearense. Ambas as postulações apoiam a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

A pauta da mudança da gestão pública é tratada como peça publicitaria nas campanhas eleitorais dos candidatos, pois ambos não reproduzem esse sentimento na sociedade civil, por isso da apatia do cidadão-eleitor, em relação a discussão de propostas das coligações partidárias no segundo turno. A candidatura do peemedebista Eunício Oliveira reuniu os setores oposicionistas da política cearense, já a candidatura petista de Camilo Santana, por si só, apenas representa o desejo da manutenção do poder do novo bloco dominante da política do Estado. A opção do cidadão-eleitor é votar num candidato do continuísmo: consentido (Camilo) ou não consentido (Eunício).

                                   * Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e consultor político.

 O link da matéria no Blog do Eliomar de Lima:





terça-feira, 21 de outubro de 2014

Eunício Oliveira e o voto dilmista no Ceará



O governamentável Eunício Oliveira vai centralizar no palanque de Dilma Rousseff (PT). O palanque de Aécio Neves vai ficar na orfandade na política local.

A Pesquisa Vox Populi - Record, na região do Nordeste, a candidata Dilma Rousseff também vai melhor: tem 66% das intenções de voto contra 26% do tucano — brancos e nulos são 3% e indecisos somam 4%.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Por quê Dilma Rousseff a frente nas pesquisas: CNT – MDA, Vox Populi e Datafolha?

A presidente Dilma Rousseff (PT) está à frente do seu adversário, nas pesquisas de opinião pública no segundo turno do pleito eleitoral de 2014, para presidente da República. Dilma Rousseff pela primeira vez, durante as consultas dos institutos de pesquisas, consegue ultrapassar o presidenciável Aécio Neves que vinha num processo latente de crescimento na preferência do voto entre os eleitores.

O presidenciável Aécio Neves (PSDB) teve pela primeira vez o seu índice de rejeição ao mesmo nível de rejeição da presidente Dilma Rousseff (PT),  isso sinaliza o fim da onda azul, como fenômeno político-eleitoral, para impulsionar a sua candidatura no segundo turno. A presidente Dilma Rousseff (PT) comprova que sua estratégia de desconstrução da imagem do seu concorrente, já teve resultado positivo nos seus redutos eleitorais tradicionais: regiões Norte e Nordeste e na região Centro-Oeste mantém uma vantagem confortável.

Nesta segunda-feira, 20 de Outubro de 2014 já foram publicadas três pesquisas de opinião pública sobre a sucessão presidencial, nesse segundo turno. As pesquisas MDA e Vox Populi tiveram universos de 2.000 entrevistados, cada uma das consultas, com resultados bem semelhantes, nas pesquisas estimuladas.

MDA – Estimulada / Rejeição

Dilma Rousseff: 45% (50% dos votos válidos)

Aécio Neves: 44% (49% dos votos válidos)

Taxa de Rejeição: 41% Aécio Neves e 40,7% Dilma Rousseff

A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de cinco regiões do país nos dias 18 e 19 de outubro.

Vox Populi – Estimulada / Por Região

Dilma Rousseff: 46% (52% dos votos válidos)

Aécio Neves: 43% (48% dos votos válidos)

Intenção de voto por Região:

O Vox Populi fez a divisão das intenções de voto totais por região do País. Dilma vence no Norte, Centro-Oeste e Nordeste, enquanto Aécio tem melhor desempenho no Sul e no Sudeste.

No Centro-Oeste/Norte, Dilma tem 50% das intenções de voto contra 42% do tucano , brancos e nulos são 5% e indecisos, 3%.

No Nordeste, Dilma também vai melhor: tem 66% das intenções de voto contra 26% do tucano, brancos e nulos são 3% e indecisos somam 4%.

No Sudeste, onde está o maior colégio eleitoral do País (São Paulo, com mais de 22% dos eleitores brasileiros), Aécio tem 50% das intenções de voto contra 34% da petista. Brancos e nulos são 8%, enquanto 1% não pretende votar e 5% não sabem ou não responderam.

No Sul, de novo, Aécio tem melhor desempenho. O tucano tem 56% da preferência do eleitorado, contra 34% da presidente. Brancos e nulos são 2%, e indecisos somam 8%.
No levantamento divulgado nesta segunda-feira, o Vox Populi ouviu 2.000 eleitores em 147 municípios.

A pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira mostrou a presidente Dilma Rousseff (PT) com vantagem na intenção de voto, em relação Aécio Neves (PSDB) pela primeira vez em levantamento do instituto no segundo turno da campanha presidencial.

Datafolha: Estimulada / Votos Válidos

Dilma Rousseff: 46% antes 43% - 52% votos válidos

Aécio Neves: 43% antes 45% - 48% votos válidos

O Datafolha ouviu 4.389 eleitores em 257 municípios, nesta segunda-feira.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político