quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Aliança PR – PSDB no Ceará

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 18 de Dezembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/alianca-pr-psdb-no-ceara#.UrGTAFXyqEg.twitter

A união das oposições na política cearense está reduzida apenas a uma aliança estratégica do Partido da República e do Partido da Social Democracia Brasileira, para o pleito eleitoral de 2014. É mais simbólico no campo eleitoral do que realmente uma proposta político-administrativa de se fazer oposição institucional.
O Partido da República montou uma boa chapa proporcional para eleger uma bancada de três deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Ceará. O PR tem boas chances de eleger dois representantes para Câmara Federal, no próximo pleito eleitoral, na bancada cearense. Os republicanos montaram uma tática de crescimento das bancadas legislativas, para sobreviver, como o maior partido de oposição ao governo estadual.

O Partido da Social Democracia Brasileira tem somente um representante legislativo no Congresso Baixo (Câmara), o atual deputado federal Raimundo Gomes de Matos, que atua como único parlamentar visível entre os tucanos cearenses. O PSDB está esvaziado como opção político-administrativa de oposição ao bloco partidário do governador Cid Gomes (Pros). O futuro dessa agremiação partidária é totalmente dependente da aliança eleitoral, com o PR no próximo pleito eleitoral.
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) tem sido a principal liderança de oposição nos últimos sete anos, com um histórico de se colocar contrario eleitoralmente ao condomínio político-administrativo dos irmãos Gomes, nas últimas eleições ao governo do estado do Ceará: 2006 e 2010. Lúcio Alcântara não será précandidato ao executivo no próximo pleito eleitoral, como a melhor alternativa do bloco partidário de oposição (PR – PSDB), então, com este fato, o seu papel será o de articulador ou mentor dos futuros parlamentares eleitos, no campo oposicionista.
O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) não procura ser uma liderança oposicionista pontual ou atuante na política cearense. Tasso Jereissati tem atuação marcante na construção do palanque nacional do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (MG), como um conselheiro na área econômica entre os empresários. A seção estadual do PSDB está sob a coordenação do ex-deputado estadual Luiz Pontes, que assumiu no início desse ano.
A única função da aliança PR-PSDB será de sobrevivência eleitoral ao grande bloco partidário (Pros – PT - PMDB)  do governador Cid Gomes, após o pleito eleitoral de 2014. O fato mais inédito nessa aliança meramente pontual, é que o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) e o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) não negociaram diretamente, entre si, somente através de intermediários, dificultando, com essa atitude, a construção de uma chapa majoritária competitiva de oposição: governador; vice-governador e senador.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Artigo no Blog Eliomar de Lima - Para onde Lúcio e Tasso seguirão mesmo em 2014?

Com o título “Os conselheiros políticos da coligação PR–PSDB: Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati”, eis artigo do professor e sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sobre os impasses para a formação de uma frente ampla das oposições no Ceará em 2014. Ele destaca Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati como grandes líderes para tocar esse barco, mas os vê também reticentes em termos de disputar mandato. Confira:

O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) vai iniciar uma maratona contra o tempo, para a construção de uma chapa majoritária composta pelas forças de oposição ao Palácio da Abolição. Lúcio Alcântara tem plena compreensão da difícil missão de unir um palanque estadual, com vários interesses conflitantes, entre os seus aliados.
O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) ainda mantém suspense sobre a sua pré-candidatura ao Senado, no próximo pleito eleitoral. A direção nacional do Partido da Social Democracia Brasileira tem feito vários apelos, para que essa liderança tucana cearense, aceite ser candidato, para puxar uma boa votação para presidenciável Aécio Neves, em terras alencarinas.
O ex-prefeito de Maracanaú, o empresário Roberto Pessoa (PR), e o ex- senador Luis Pontes (PSDB), já avançaram nos acertos decisivos da coligação partidária entre o Partido da República e o Partido da Social Democracia Brasileira, para o próximo ano. O fato interessante da futura coligação do PR e do PSDB, é que não houve uma única reunião conjunta dos ex-governadores Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati. A última reunião desses dois ícones da política cearense foi no ano de 2006, na cidade de Brasília.
Essa coligação tem um problema que é a não existência de um único nome das fileiras da coligação PR- PSDB, para ser um candidato competitivo ao cargo de governador do Estado do Ceará. Os dois principais nomes dessa aliança oposicionista são os ex-governadores, que não desejam mais serem candidatos aos cargos majoritários, mas somente querem atuar como conselheiros dos futuros pré-candidatos da aliança das oposições, no pleito eleitoral de 2014.
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) mantém em suspenso uma futura pré- candidatura, para Câmara Federal, com boas chances de não fazer essa postulação, no próximo ano. O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) deseja lançar uma candidatura competitiva ao Senado, somente no caso de certeza da vitória eleitoral, o mais provável nesse caso, será a não postulação. Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati são maiores do que o papel de conselheiro da coligação PR e PSDB, para o pleito eleitoral estadual de 2014.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,Socíólogo e Consultor Político.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Eduardo Campos e o PPS

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 11 de Dezembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro, o governador pernambucano Eduardo Campos, recebeu o apoio do Partido Popular Socialista, para a sucessão presidencial de 2014. A nova esquerda democrática já nasceu sob a perspectiva da primeira chapa majoritária formada por ex-lulistas, que será adversária do projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
O diretório nacional do PPS não reeditou sua adesão ao bloco partidário PSDB – DEM (PFL), como nas últimas duas eleições presidênciais: 2006 e 2010. O ex -Partido Comunista Brasileiro, tem por tradição político-eleitoral, ser oposição ao governo federal nos últimos oito anos (2005 – 2013). O preço em termos ideológicos foi sempre fazer coligações, com os partidos de centro-direita, por isso dessa guinada, para o centro-esquerda, no campo eleitoral.

O presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), não acreditava na existência da parceria demo – tucano como uma saída, para o seu partido, na sucessão presidencial de 2014. O PPS já vinha minguando em termo de quociente eleitoral, correndo enorme perigo de ser apenas uma sigla nanica, no próximo Congresso Nacional (2015 – 2018), sem direito à liderança e ao fundo partidário. O futuro do bloco socialista ainda dependente dos votos estratégicos da Marina Silva e da REDE, nos grandes centros urbanos.
O PSB esperava com ansiedade causar a vinda de outro partido da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT), para a criação de um bloco partidário dissidente do Planalto. A não concretização desse processo político – eleitoral, por si só, jogou os socialistas no colo do PPS, com isso será o novo partido anti-petista, no espectro ideológico.
O presidenciável Eduardo Campos deseja ser o novo líder do lulismo sem Lula, como Marina Silva (AC) foi no último pleito eleitoral de 2010, sem ônus do anti – lulismo na região do Nordeste, onde essa postura é considerada um suicídio político-eleitoral para os candidatos aos governos estaduais dos socialistas: Pernambuco e Paraíba. O Partido dos Trabalhadores deverá iniciar uma campanha para enquadrar o PSB na mesma categoria do PPS, como sendo  dois partidos anti-lulistas, no pleito eleitoral de 2014, para presidente da República, nos principais estados da Federação.
O núcleo político do PSB não deseja construir outra frente partidária de oposição radical ao Planalto, pelo contrário, o interesse era a construção de uma dissidência nas fileiras do lulismo, sem, com isso, queimar a ponte do segundo – turno de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), no pleito eleitoral de 2014. O PSB ainda mantém alianças estratégicas com o PT, em estados chaves da sua geopolítica: Amapá e Rio de Janeiro.


domingo, 8 de dezembro de 2013

À Nova Esquerda Democrática: PPS e o PSB

O Partido Popular Socialista sinalizou na sua convenção nacional realizada nesse último final de semana, na cidade de São Paulo, o apoio a pré- candidatura do governador Eduardo Campos, para a presidência da República, no próximo ano. O Partido Socialista Brasileiro saiu somente nesse ano da base governista da presidente Dilma Rousseff (PT), com a adesão do PPS, o seu discurso será de radicalização oposicionista na sucessão presidencial.

O PPS já fez parte da base governista do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2006), mas saiu no ano de 2005, com isso passou a ser o primeiro partido de esquerda a se opor ao Governo Federal, depois da chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder. O PPS sempre manteve os seus quadros intelectuais na vanguarda das críticas negativas ao legado político-administrativo dos governos lulistas-petistas (Lula – Dilma), nas últimas duas campanhas presidenciais (2006 – 2010), como membro da coligação partidária da chapa majoritária do Partido da Social Democracia Brasileira: Geraldo Alckmin (2006) e José Serra (2010).

Sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O governador Eduardo Campos (PSB) necessitava com certa urgência do apoio do Partido Popular Socialista, para as suas pretensões de ser presidenciável, no próximo ano. O presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), já compreendeu que não pode deixar o PSB, num estado de isolamento provocado pelo Planalto. O PSB não conseguiu atrair outro partido da base de sustentação do Governo Federal, para fazer parte da sua coligação, para a sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT).

O Partido Socialista Brasileiro somente rompeu com o Planalto no final do terceiro ano de mandato da atual chefe do executivo do Governo Federal, após dez anos de participação da Era Luiz Inácio Lula da Silva / Dilma Rousseff (2003 – 2013), a frente da administração pública no Palácio do Planalto. O ex- ministro Eduardo Campos (PSB) não tinha um discurso oposicionista ao lulismo-petista, mas com adesão do PPS, essa lacuna foi preenchida, no campo ideológico da Nova Esquerda Democrática.

A coligação PSB – PPS deverá apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin no Estado de São Paulo. Os palanques regionais pepesistas no Maranhão, Distrito Federal e Amazonas, já deverão receber apoio incondicional dos socialistas, como também irão formar palanques duplos, com o PSDB – DEM nos estados de Minas Gerais, Paraná e Goiás, já sairão fortalecidos nas mesas de negociações das oposições ao Governo Federal. O PSB vai receber o apoio do PPS nos estados onde tem primazia devido a sua força eleitoral: Amapá, Espirito do Santo, Paraíba e Piaui.

O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) terá a missão de recuperar o Partido Popular Socialista em sua terra natal. O PPS representava a oposição de esquerda ao PSB em Pernambuco. A construção da Nova Esquerda Democrática deverá ser o fim do isolamento do PSB entre os partidos das oposições, por outro lado, já não existe mais volta para formar uma aliança, com o PT, num futuro próximo, a nível nacional.




Artigo no PoliticaBook - Marcelo Mendes e a solidificação do movimento pró- Eunicio Oliveira

O senador Eunício Oliveira (PMDB) se encontra em plena campanha interna no condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes, para ser o provável candidato da chapa majoritária do bloco partidário governista (PROS – PT – PMDB).  Eunicio Oliveira praticamente não tem simpatizantes na sua pré – campanha nos dois principais partidos (PROS – PT) da base aliada cidista- petista.

O presidente estadual do PMDB, o empresário Eunicio Oliveira, nunca construiu um grupo político independente do Governo do Estado do Ceará, pois acreditava na sua candidatura natural apoiada pelo o seu principal aliado, o atual chefe do executivo, o engenheiro Cid Gomes (PROS). A realidade tem sido cruel, tornando nada fácil a realização deste plano do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, em função da política interna do Partido Republicano da Ordem Social seção local (Ceará) de ter uma candidatura própria, para governador, com apoio do Planalto.


Sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O secretário estadual de Saúde, o advogado Ciro Gomes, não esconde o desejo de fazer indicação do pré-candidato do PROS, em comum acordo, com o seu irmão, o governador Cid Gomes, com apoio irrestrito do líder da bancada petista na Câmara, o deputado federal José Nobre Guimarães (CE), pois esse último, será indicado para vaga de candidato ao Senado, na chapa majoritária, abençoada pela presidente Dilma Rousseff (PT).

O empresário Marcelo Mendes (PMDB) sempre foi a única liderança eunicista, com iniciativa própria de criar uma base social-política para o presidente estadual do PMDB, com pouca dependência dos Irmãos Gomes e do PT- Planalto. Marcelo Mendes liderou o primeiro movimento pró-Eunicio Oliveira no ano de 2009, durante a pré-campanha para senador, junto aos vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza, mas no período desse movimento, o deputado federal Eunicio Oliveira (PMDB), não desejava criar um mal-estar, com o governador Cid Gomes e a prefeita fortalezense Luzianne Lins (PT).

O ex-vereador Marcelo Mendes no pleito eleitoral de 2010, fez campanha para o ex-governador Lúcio Alcântara (PR), sendo a única liderança eunicista a assumir para o público cearense, a chapa proporcional para as duas vagas no Senado: Eunicio Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB). Marcelo Mendes faz parte dos quadros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com ímpeto de fazer uma pré-campanha nas redes sociais ( Facebook, Twitter e outras), em defesa do debate público, para que o senador Eunício Oliveira seja candidato à sucessão estadual de 2014, com apoio de setores da sociedade civil.


Os principais quadros do Partido Republicano da Ordem Social são favoráveis à candidatura própria para sucessão estadual do governador Cid Gomes, assim como, a nova direção estadual do Partido dos Trabalhadores, já declarou que vai compor a chapa majoritária, com o candidato ao Senado. O senador Eunicio Oliveira (PMDB) precisa deflagrar uma campanha na sociedade civil, em defesa da sua postulação, como candidato mais viável do condomínio político administrativo do Governo Estadual e do Planalto. O empresário Marcelo Mendes tem coragem e experiência para fazer essa movimentação suprapartidária, no seio dos novos movimentos populares do espaço público abstrato (Internet), sem nenhuma ligação, com os antigos aliados do senador Eunício Oliveira (PMDB).


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e o Sinal Amarelo

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 04 de Dezembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da sua popularidade nos últimos seis meses, com isso se tornou competitiva eleitoralmente para vencer no primeiro turno da corrida presidencial de 2014. As candidaturas do campo oposicionista ao Planalto não galvanizaram o sentimento de mudança na opinião dos eleitores, em relação as políticas públicas.
O índice de aprovação da presidente Dilma Rousseff (PT) chegou ao patamar de 41% ótimo e bom, de acordo com a última pesquisa de opinião pública do Datafolha. Dilma Rousseff atingiu a sua meta de recuperação de parte de sua popularidade, que havia sido perdida nos setores sociais da nova classe média nos protestos de ruas no final do primeiro semestre desse ano. 

O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) não teve o êxito esperado por seus companheiros do Partido da Social Democracia Brasileira nos seus índices eleitorais de opinião pública, obtendo algo em torno de 17% até 19% na última pesquisa do Datafolha, como principal candidato de oposição ao Planalto. Aécio Neves não atraiu para o PSDB a parte do eleitorado lulista descontente com a atual chefe do executivo federal, como também não criou uma imagem de presidenciável competitivo entre os eleitores desejosos de mudanças nas práticas políticas e administrativas do futuro presidente da República.
O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) começa a entrar num processo de correr contra o tempo por não ter crescido eleitoralmente o suficiente para atrair parte dos partidos descontentes da base governista para a sua coligação na sucessão presidencial do próximo ano. Eduardo Campos tem índices modestos de aceitação na opinião pública,  algo em torno de 9% até 11% na pesquisa do Datafolha, para uma candidatura dissidente do Planalto. O PSB espera por uma decisão da cúpula nacional do PPS para fazer uma coligação em nível nacional.
A presidente Dilma Rousseff (PT) já começa a temer o desejo de mudança da opinião pública, em relação às políticas administrativas do Planalto, nos campos: político, social e econômico. O índice foi de 66% de entrevistados descontentes com os atuais rumos administrativos da chefe do executivo do governo federal. O PSDB e o PSB não conseguem atrair a maioria desses eleitores desgostosos, com quase dez anos de administração do Partido dos Trabalhadores.
A opinião pública aprova a presidente Dilma Rousseff (PT) no campo pessoal, isso não é refletido no seu modelo de gestão pública. Essa dicotomia pode ser nefasta nas pretensões eleitorais do Planalto. O PSDB e o PSB não são considerados modelos alternativos à atual administração do governo federal entre os atuais eleitores descontentes da sociedade civil.


Artigo no Blog Eliomar de Lima - A necessidade da Frente Ampla de Oposições ter um projeto alternativo

Com o título “Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati numa união tardia na política cearense”, eis artigo do sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele comenta perspectivas de uma frente ampla de oposição ao Governo Cid Gomes. Segunda - Feira, 02 de Dezembro de 2013. Confira:
As oposições ao governador Cid Gomes (PROS) ainda não montaram um esboço político-administrativo de projeto alternativo à atual administração estadual para o próximo pleito eleitoral de 2014. Não existe nome natural com densidade eleitoral suficiente, pois as alternativas apresentadas por essa frente partidária oposicionista ( PSDB – PR – PRB – PSB), são nomes da base aliada do Governo do Estado do Ceará: o senador Eunício Oliveira (PMDB) e o deputado estadual Heitor Férrer (PDT).
O condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes (PROS) não vai se separar em duas frentes com candidaturas próprias ao Governo estadual. A tendência será a indicação natural pelos irmãos Gomes do sucessor do atual chefe do executivo, com a escolha de um quadro do Partido Republicano da Ordem Social, para candidato a governador. O Partido dos Trabalhadores deverá fazer a indicação do candidato ao senador, o principal nome é o deputado federal José Nobre Guimarães (PT). O PMDB deverá ficar com o cargo de vice-governador nessa chapa majoritária da coligação governista (PROS – PT – PMDB).

O ex-governador Lúcio Alcântara montou o principal partido de oposição da política cearense, o Partido da República, que tem condição de fazer uma bancada de deputados estaduais, com três representantes, ainda podendo eleger dois deputados federais, no próximo pleito eleitoral de 2014. O Partido da Social Democracia Brasileira e o Partido da República Brasileira vão necessitar de uma aliança na proporcional com o PR, para elegerem os seus parlamentares nas casas legislativas.
O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) ainda não se decidiu sobre a sua postulação para o Congresso Alto ou Senado, para o próximo pleito eleitoral. Tasso Jereissati precisa do apoio do ex-governador Lúcio Alcântara (PR) que tem o maior partido de oposição, com estrutura competitiva, entre os partidos contrários ao domínio político – administrativo dos irmãos Gomes, com isso terá a estrutura necessária para se eleger.
O Partido Socialista Brasileiro está em fase de reorganização interna dos seus quadros, com condição mínima para eleger um parlamentar, na coligação proporcional dos partidos de oposições. A empresária Nicolle Barbosa pode ser o nome socialista de consenso para ser a candidata oposicionista ao governado do Ceará, com as outras agremiações partidárias ( PSDB – PR – PRB).
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) deverá ser candidato para deputado federal, com apoio da cúpula nacional do Partido da República, por isso não teria interesse de uma quarta postulação ao cargo de governador do Ceará. A união pessoal desses dois ex- governadores numa mesa de negociação, por si só aumentariam as chances das oposições de construírem uma chapa majoritária competitiva: Governador, Vice – Governador e Senador.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e consultor político.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e o Ceará


O artigo que foi publicado na quarta - feira, 27 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre procurou transformar a região do Nordeste em sua maior base político-eleitoral, nos seus oito anos de mandatos. Na sua reeleição para presidência da República, no ano de 2006, a sua base aliada elegeu os três principais governadores nordestinos: Bahia, Pernambuco e Ceará.

O governador eleito da Bahia foi o sindicalista Jacques Wagner, do Partido dos Trabalhadores, que foi reeleito no pleito eleitoral de 2010, ainda no primeiro turno. O governador eleito de Pernambuco foi o economista Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro, e no Ceará foi eleito outro socialista, o engenheiro Cid Gome. Ambos foram reeleitos, nas eleições estaduais de 2010, no primeiro turno.


O Planalto tinha três relações diferentes com os principais gestores públicos da Região Nordeste.O governador baiano Jacques Wagner é o maior representante do lulismo-petista entre os governadores nordestinos, com isso sempre foi o maior beneficiado, recebendo volumosos recursos públicos do governo federal. No segundo plano, estavam os governadores representantes do lulismo sem PT, que são os socialistas Eduardo Campos (PE) e o Cid Gomes (CE), mas era o governo do estado de Pernambuco, o maior beneficiado na parceria, com o Planalto.


A presidente Dilma Rousseff (PT), quando eleita no pleito eleitoral de 2010, no segundo turno, foi no mesmo período de reeleição, em primeiro turno dos três principais governadores da região Nordeste. O lulismo demonstrava a sua maior força político-eleitoral na segunda maior região eleitoral entre as cincos do Brasil. Dilma Rousseff sempre manteve uma relação próxima e estável, em termo administrativo, com o governador baiano Jacques Wagner (PT), o inverso acontecia com o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), nesses três primeiros anos de seu atual mandato.

O governador Cid Gomes sempre teve um papel secundário em relação aos seus dois pares nordestinos, mas já começa a receber um tratamento privilegiado do Planalto, no final do seu segundo mandato. A saída dos quadros do Partido Socialista Brasileiro para o Partido Republicano da Ordem Social, somente para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), foi responsável por transformar o governador cearense no maior representante do lulismo sem PT da região nordestina.

A presidente Dilma Rousseff (PT) deverá priorizar a parceria administrativo-política nos próximos meses, com o governador cearense Cid Gomes (Pros) no mesmo nível do governador baiano Jacques Wagner (PT), em detrimento do seu provável concorrente na sucessão presidencial, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB). Cid Gomes (Pros) caminha para ser o segundo maior aliado do Planalto na região do Nordeste.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Artigo no PoliticaBook - Eunício Oliveira e o diálogo com o Anti – Cidismo

O senador Eunício Oliveira (PMDB) começa lentamente a ir para o bloco partidário de oposição (PR – PSDB – PRB - PSB) ao governador Cid Gomes (PROS), como provável candidato a governador do Estado do Ceará. O PMDB sempre esteve no arco de aliança do Partido dos Trabalhadores e dos irmãos Gomes, nos últimos dois pleitos eleitorais, para o Governo Estadual: 2006 e 2010.
A saída do senador Eunício Oliveira (PMDB) da base aliada do governador Cid Gomes (PROS) já é fato consumado, esperando apenas o momento adequado para ser oficializada. O atual chefe do executivo estadual e o seu irmão mais velho, o secretario estadual da Saúde, Ciro Gomes, já trabalham um nome interno no Partido Republicano da Ordem Social, para sucessão estadual de 2014, em detrimento da pré-candidatura peemedebista.
O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O presidente estadual do PMDB, o senador Eunicio Oliveira, já avança na busca de uma aliança eleitoral, com os grupos políticos anti-Cid Gomes, para compor uma frente partidária oposicionista na eleição de governador do próximo ano. O PMDB deverá trazer três pequenos partidos (PTC – PTN – PT do B), com a possibilidade ainda de trazer o PRTB, para a maior frente partidária de oposição ao bloco PT – PROS.
O senador Eunício Oliveira (PMDB) tem pouco tempo para assumir o papel de principal candidato da nova frente partidária de oposição aos irmãos Gomes e o Partido dos Trabalhadores. O PMDB não terá condição de manter o diálogo com as principais lideranças oposicionistas, já que ainda é da base de apoio do governador Cid Gomes (PROS).
                           
          Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político

O Link da matéria no PoliticaBook:



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Cadê as Oposições?

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 20 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado: http://www.oestadoce.com.br/noticia/cade-oposicoes
A maioria dos analistas políticos dos principais institutos de pesquisas de opinião pública tem um questionamento, sobre o real poder eleitoral dos candidatos ditos das oposições na sucessão presidencial: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A presidente Dilma Rousseff (PT) mantém uma estabilidade eleitoral com percentuais de 39% a 41% de votos estimulados de acordo com a última pesquisa de opinião pública do Ibope.
O senador mineiro, o economista Aécio Neves, assumiu o comando nacional do Partido da Social Democracia Brasileira, no primeiro semestre de 2013. A estratégia foi orquestrada pelo núcleo duro tucano que acreditava na exposição massiva midiática do seu novo presidente nacional, como uma alavanca nos seus índices de intenção de voto. Aécio Neves tem sido a principal voz externa do PSDB para sociedade civil, mas isso ainda não se traduziu em números razoáveis de intenção de voto, com uma média de 14% até 16% na última pesquisa do Ibope.

O governador pernambucano, o economista Eduardo Campos, há quase oito anos é presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro. O PSB, no mês de setembro, entregou os seus cargos no Planalto para a criação do cenário ideal de lançamento de sua pré-candidatura à presidência da República. A ex-senadora Marina Silva se filiou aos quadros da agremiação socialista no final do mês de outubro, para apoiar o Eduardo Campos no pleito eleitoral de 2014. Os últimos movimentos nacionais do PSB não foram traduzidos em crescimento eleitoral, para o seu principal postulante, que manteve um número modesto na última sondagem do Ibope: entre 4% a 5% de votos estimulados.
A executiva nacional do Partido da Social Democracia Brasileira tem feito enorme pressão no futuro presidenciável Aécio Neves (MG), para uma mudança na sua postura moderada de pré-candidatura de oposição, em relação ao Planalto. Aécio Neves não procura ser um postulante tucano de perfil truculento como desejam os diretórios estaduais: São Paulo, Paraná, Pará, Goiás. O PSDB construiu, nos últimos dias, uma aliança nacional com os Democratas e o Solidariedade em torno do senador Aécio Neves que somente tem índices razoáveis de popularidade no eleitorado de perfil oposicionista.
A executiva nacional do Partido Socialista Brasileiro procura fechar uma aliança com o Partido Popular Socialista, para oxigenar a pré-campanha presidencial do governador Eduardo Campos (PSB). O PSB compreende que o não crescimento de intenção de voto do seu principal postulante, para a presidência da República, nas próximas pesquisas eleitorais, já será um entrave para trazer outros partidos para a sua coligação nacional.


Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Cadê as Oposições?

Em artigo enviado ao Blog, o sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa comenta da necessidade de Cid Gomes em administrar no Ceará um segundo palanque.Segunda - feira 18 de Novembro de 2013. Confira:
O governador Cid Gomes construiu o maior condomínio político-eleitoral da história política do Ceará, para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), no próximo pleito eleitoral. O seu maior problema será administrar o segundo ou terceiro palanque nacional do candidato do Partido Republicano da Ordem Social, para o Governo do Estado do Ceará.
A maioria dos aliados do governador Cid Gomes já tem uma aliança, com a presidente Dilma Rousseff (PT), como também com representantes dos partidos de oposição a nível nacional ao Planalto na sua base governista local. O seu arco de partidos da sua base eleitoral é algo em torno de 11 legendas partidárias, com representação no Congresso: PROS – PT – PP – PSD – PDT – SOLIDARIEDADE – DEM – PTB – PC do B – PPS. O PMDB fez parte das últimas alianças eleitorais dos aliados dos irmãos Gomes, mas a sua permanência ainda é uma incógnita na próxima coligação partidária governista, como cabeça de chapa para o cargo de governador.
O Partido Popular Socialista até pouco tempo fazia parte do bloco de oposição ao governador Cid Gomes (PROS), pois no final de 2012, o empresário Alexandre Pereira foi convidado a fazer parte do Governo Estadual, atualmente ocupa o cargo de presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico. O PPS deverá ter uma candidatura própria ou irá apoiar o presidenciável socialista Eduardo Campos, já a nível estadual irá compor a coligação partidária do Palácio da Abolição.

O Democrata deverá apoiar a eleição do candidato do governador Cid Gomes (PROS), na sucessão estadual de 2014. O DEM faz parte da aliança nacional de apoio ao presidenciável tucano Aécio Neves junto com o Solidariedade. O presidente estadual do DEM, o ex–deputado Moroni Torgan, já declarou que vai fazer parte da coligação partidária sob a liderança do PROS, mas mantém o apoio nacional ao PSDB.
O governador Cid Gomes deverá permitir a construção de um segundo palanque nacional na coligação do seu candidato para o Governo do Estado do Ceará. O DEM e o Solidariedade já fazem parte da coligação nacional do PSDB e não irão fugir desse compromisso imposto por suas direções nacionais. O PPS poderá fazer aliança nacional com o PSB, por outro lado apoiará a eleição do candidato do PROS, na sucessão estadual. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,Sociólogo & Consultor Político


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma, Aécio e Eduardo são Centristas

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 13 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/dilma-aecio-e-eduardo-sao-centristas

A sucessão presidencial de 2014, no Brasil, já começa a apresentar algumas características distintas dos últimos pleitos eleitorais, pois está sob o signo do fim da polarização ideológica entre a esquerda e a direita. Assistimos ao surgimento de três pré-candidaturas com tendências de centristas ou moderados: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves(PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Os três polos partidários-eleitorais não procuram as rotulações clássicas de centro-esquerda ou centro-direita, pelo contrário, fogem desses estereotípicos da sociologia política. O pré-candidato de centro é quase sempre o que representa o governo ou a continuidade administrativa, mas já no pleito eleitoral do próximo ano, para Presidência da República, todas as principais candidaturas não têm interesse no debate ideológico que causa sempre uma limitação inoportuna no espectro político-eleitoral.

O fim da polarização entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia Brasileira já acontecia há algum tempo, com a própria eleição da atual presidente da República, a petista Dilma Rousseff, com uma postura administrativa sem perfil ideológico de centro-esquerda, para uma postura de política moderada, fato que foi fundamental para atrair o eleitor de centro- direita, no segundo turno em 2010.


A presidente Dilma Rousseff (PT) procura impor uma marca administrativa de perfil neodesenvolvimentista na área econômica, sem demonstrar nenhum traço do tradicional discurso neopopulista da esquerda na América Latina. O Partido dos Trabalhadores, por outro lado, procura impor uma marca de social popular (lulista) nas principais ações administrativas do Planalto. Dilma Rousseff não tem interesse de substituir o seu discurso pró-mercado pela preocupação com questões sociais da sociedade civil.

O presidenciável tucano Aécio Neves procura ser o primeiro candidato de oposição a não representar uma ruptura na atual administração na área econômica e das políticas públicas sociais, como uma espécie de continuísmo oposicionista. O PSDB caminha para uma postura centrista que abandona o espectro ideológico de centro-direita de ser pró-mercado sem tem visão social para as mazelas das populações de baixa renda.

O presidenciável socialista Eduardo Campos procura ser o primeiro candidato da base governista que não é do Partido dos Trabalhadores, com críticas pontuais na área econômica, sem apresentar tendência de ser o típico dissidente que renegaria o legado social dos governos petistas nos últimos doze anos. Eduardo Campos deseja o eleitor de centro-esquerda, que já foi petista, porém o mesmo tem postura moderada no discurso político, para atrair o eleitor centro- direita que é anti-lulista.




segunda-feira, 11 de novembro de 2013

José Guimarães e a Real Política no PED do PT – Ceará

O resultado do Processo de Eleição Direta do Partido dos Trabalhadores seção Ceará, já foi uma grande vitória do deputado federal José Nobre Guimarães para o comando estadual. O novo presidente, o sindicalista De Assis Diniz representa o pragmatismo político-eleitoral do Planalto, sem discussão paralela nas instituições internas do PT local.

O governador Cid Gomes (PROS) não vai discutir com as várias correntes internas petistas na montagem da chapa majoritária para o Governo Estadual em 2014. O deputado federal José Nobre Guimarães será praticamente  o  único representante dos interesses eleitorais do Planalto e de sua agremiação partidária, na mesa de negociação com a direção estadual do Partido Republicano da Ordem Social.

O Partido dos Trabalhadores saiu apenas com uma pequena representatividade dos seus setores nos movimentos populares da sociedade civil, pois atua com o novo status de “partido do sistema”, com a sua maior força vindo das políticas públicas do Planalto e do Palácio da Abolição. O petismo-cidista tem a hegemonia interna nas decisões referentes ao fechamento da aliança com o candidato do atual chefe do executivo estadual, no pleito eleitoral de 2014.


A secretaria estadual da Educação, a pedagoga Izolda Cela (PROS), já pode ser considerada a grande vitoriosa do PED 2013 no PT do Ceará. A sua pré- candidatura no partido do governador Cid Gomes (PROS), com certeza terá o aval da nova direção estadual do Partido dos Trabalhadores. A cabeça de chapa da chapa majoritária, com uma cidista que possui o DNA petista e na vaga do candidato ao Senado, um petista, com DNA cidista. A chapa ao estilo petista- cidista.



Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo & Consultor Político



sábado, 9 de novembro de 2013

Tasso Jereissati e o confronto ao Lulismo Cearense

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) durante o programa eleitoral gratuito do Partido da Social Democracia Brasileira, seção Ceará, foi responsável por uma série de críticas negativas à atual administração pública do Governo Estadual. O principal alvo era o condomínio político-administrativo do lulismo cearense que administra as principais máquinas públicas, pois o governador Cid Gomes (PROS), já fecha um ciclo de oito anos à frente do executivo, com a parceria do atual prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS), que assumiu o lugar da ex-prefeita Luzianne Lins (PT).

Durante um longo período a política local foi dividida entre as forças politicas pró-Tasso Jereissati e as força anti-Tasso Jereissati, nesses confrontos, o PSDB elegeu três governadores consecutivos (Ciro Gomes, Tasso Jereissati, Lúcio Alcântara), com a maioria dos senadores eleitos ( Beni Veras, Sérgio Machado, Luis Pontes, Tasso Jereissati), nos pleitos eleitorais: 1990, 1994, 1998 e 2002. No segundo turno para o Governo estadual de 2002, o tom do debate eleitoral era a participação dos candidatos numa provável parceria, com o futuro presidente da Republica, que foi eleito, pelo Partido dos Trabalhadores, o ex-metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva, pois o governador cearense eleito naquele momento, o senador tucano Lúcio Alcântara, fez o palanque Lúcio-Lula, para derrotar o candidato petista, o vereador fortalezense José Airton, por apenas 3.000 votos.

O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O final da hegemonia-eleitoral das forças tassistas já era fato na correlação das correntes internas no período da administração estadual do governador Lúcio Alcântara (2003 -2006). O chefe do executivo era parceiro do Planalto nas políticas públicas, mas não rompeu com o senador Tasso Jereissati para ser aliado político do Partido dos Trabalhadores. O prefeito de Sobral, o engenheiro Cid Gomes, iria se tornar o principal aliado do PT local, sem romper com a ala tassista do PSDB.

O lulismo cearense foi vitorioso no pleito eleitoral de 2006 para o Governo do Estado do Ceará, e para única vaga do Senado. O tassismo não compreendeu que já não era mais a principal força política cearense e que o seu principal adversário não era o anti-Tasso Jereissati e as suas várias facções, mas sim o condomínio político- administrativo sobre a liderança nacional do presidente Lula (PT).

O senador Tasso Jereissati ainda levou o PSDB para base de apoio do governador Cid Gomes (PROS), no seu primeiro Governo estadual (2007 – 2010). No final dessa mesma administração os tucanos romperam com o chefe do executivo, mas já era tarde, a derrota do seu único senador, no pleito eleitoral de 2010, já era a concretização da hegemonia do lulismo cearense. Tasso Jereissati não assumiu a tarefa de construir o anti - lulismo cearense nos últimos três anos do segundo mandato do atual chefe do executivo estadual, como liderança maior do PSDB local. 

O governador Cid Gomes (PROS) aceitou rebater as criticas negativas do presidente de honra do PSDB do Ceará, o empresário Tasso Jereissati, apenas para se reafirmar como a principal liderança do lulismo cearense, pois as outras lideranças lulistas não compreenderam o ataque dos tucanos cearenses ao atual condomínio político-administrativo sobre a liderança da presidente Dilma Rousseff (PT). Cid Gomes já absorveu a totalidade das ex – lideranças tucanas ao seu staff político-administrativo, nos seus dois mandatos a frente do Governo do Ceará. O ex-senador Tasso Jereissati apenas reproduz a nível estadual, o discurso nacional do PSDB contra a hegemonia do lulismo na politica.