domingo, 31 de agosto de 2014

Artigo no PoliticaBook - Marina Silva e a Classe Média Tradicional Brasileira

Artigo que foi publicado no Portal PoliticaBook. Domingo, 31 de agosto de 2014. Titulo: Marina Silva e a Classe Média Tradicional Brasileira
http://www.politicabook.com/profiles/blogs/marina-silva-e-a-classe-m-dia-tradicional-brasileira

A presidenciável Marina Silva (PSB) tem apoio de setores organizados da classe média tradicional brasileira, de acordo com a última pesquisa do Datafolha-Folha de São Paulo. Na região Sudeste onde é muito forte a presença da classe média tradicional, com renda acima de 20 salários mínimos e nível superior completo, os dados da pesquisa de opinião pública do Datafolha: Marina tem 35% dos votos, Dilma 26 % e Aécio 19%.

Na região Sul onde temos o segundo maior contingente da classe média tradicional, os números da pesquisa Datafolha – Folha de São Paulo: Dilma e Marina têm 32% contra 18% de Aécio. O resultado dos entrevistados da pesquisa de opinião do Datafolha com ensino superior: Marina tem 43% das intenções, contra 23% para Aécio e 22% de Dilma. No fundamental, Dilma tem 44%, Marina 25% e Aécio, 12%.

Nas Regiões Metropolitanas das capitais e dos grandes municípios brasileiros, com mais de 200 mil habitantes, onde fica concentrada uma enorme parcela da classe média brasileira tradicional, já identificamos o fenômeno do crescimento eleitoral da candidata socialista à presidência da República. De acordo com o último levantamento da pesquisa Datafolha, a presidenciável Marina Silva aparece com 37% das intenções de voto em cidades que fazem parte das Regiões Metropolitanas, contra 29% de Dilma e 14% de Aécio.

O eleitor marineiro tem outra característica bem interessante, é conservador no debate público das questões morais: Aborto e Casamento Gay. A pesquisa Datafolha-Folha de São Paulo por grupos religiosos (católicos, evangélicos pentecostais e espiritas), a presidenciável Marina Silva (PSB) tem um crescimento rápido para somente dez dias de campanha pública na sucessão presidencial. Entre os eleitores católicos, Dilma aparece com 38%, Marina com 30% e Aécio com 18%. Já para os evangélicos pentecostais, Marina é a preferida com 41%, Dilma 30% e Aécio, 11%. Já entre os espiritas, Marina tem 44%, Aécio com 21%, Dilma somente 14%.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor politico

O sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Análise da Pesquisa Datafolha - Marina Silva venceu no espaço privado do Cidadão-Eleitor

A presidenciável Marina Silva (PSB) com apenas uma semana de campanha política, já conseguiu a liderança na corrida presidencial de 2014. A pesquisa de opinião pública do Datafolha confirmou o crescimento meteórico da candidata socialista sobre os seus principais concorrentes: a presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidenciável Aécio Neves (PSDB). Marina Silva é vitoriosa no espaço privado do cidadão-eleitor.

A presidente Dilma Rousseff (PT) montou a maior coligação partidária para a sua sucessão presidencial, com o maior tempo de televisão e rádio no Horário Gratuito Político Eleitoral (HGPE), com 11 minutos de cada bloco, num total de 25 minutos, são dois blocos: terça-feira, quinta-feira e sábado. O presidenciável Aécio Neves (PSDB) conquistou o apoio dos grupos empresariais, para a sua campanha eleitoral, tendo sua maior base de apoio no setor privado, como candidato presidencial de uma coligação partidária de oposição. Dilma Rousseff e Aécio Neves sempre se preocuparam com o espaço público das instituições públicas e privadas da sociedade civil.

A ex-senadora Marina Silva (PSB) foi obrigada nos últimos meses a fazer política -eleitoral como apoiadora do ex-presidenciável socialista Eduardo Campos, o seu trabalho como apresentadora da chapa majoritária do PSB para presidência da República. Marina Silva entrava nos lares dos brasileiros, via o programa eleitoral da agremiação socialista no primeiro semestre de 2014, com isso mantinha um diálogo intenso, e direcionado ao homem comum, que não dialogava com os candidatos do PT e do PSDB.

A pesquisa do Ibope e do CNT-MDA dessa semana já demostrou o crescimento eleitoral da presidenciável Marina Silva (PSB), no atual cenário político da sucessão presidencial de 2014. Marina Silva já saiu no pleito eleitoral de 2010, com quase 20% dos votos válidos no primeiro turno. A pesquisa Datafolha de 29 de agosto de 2014, já comprovou a liderança de Marina Silva sobre os seus principais concorrentes, após o debate da Rede Bandeirantes e da entrevista do   Jornal Nacional – TV O Globo, com quase duas semanas de programas eleitorais nos meios tradicionais de comunicação. Marina Silva conquista o apoio do cidadão-eleitor na rede privada de relação social, com ajuda do espaço público da estrutura do Horário Gratuito Político Eleitoral (HGPE).


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.

                                O sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa




Artigo no Jornal O Estado - Novo Cenário - Avaliação do fenômeno político - eleitoral Marina Silva

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 28 de Agosto de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/novo-cenario

A dinâmica  que ocorreu na sucessão presidencial de 2014, com a morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB), foi a responsável pela maior reviravolta do cenário político nacional. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidenciável tucano Aécio Neves não tinham quase nenhuma dúvida da ida ao segundo turno. O cenário político-eleitoral tradicional com a polarização do PSDB e do PT nos últimos pleitos eleitorais.
As principais agremiações partidárias se dividiam entre fazer aliança, na sucessão presidencial, com o Partido dos Trabalhadores ou com o Partido da Social Democracia Brasileira nos principais palanques regionais. O Partido Socialista Brasileiro apenas criou alguns palanques regionais competitivos, como força auxiliar do PT e do PSDB, e somente atraiu uma agremiação partidária de porte médio, a nível nacional: Partido Popular Socialista.
A certeza do segundo turno entre os tradicionais oponentes na corrida presidencial de 2014, entre o PT e o PSDB, na provável quarta disputa ininterrupta: 2002, 2006, 2010 e 2014? O tempo de televisão e rádio das principais coligações, a nível nacional, não deixava dúvida da repetição do tradicional duelo, pois a presidente Dilma Rousseff (PT) tem quase 11 minutos, o presidenciável Aécio Neves (PSDB) tem 4 minutos, a coligação do PSB- PPS somente tem 2 minutos.
A nova presidenciável do Partido Socialista Brasileiro, a ex-senadora Marina Silva (AC), teve somente poucos dias para reorganizar e manter a antiga coligação partidária de Eduardo Campos: PSB – PPS – PRP – PHS – PPL – PSL. A nova postulante à Presidência da República recebeu pressão da executiva nacional do PSB e dos aliados para manutenção das alianças regionais, com os tucanos e os petistas, a manutenção do pré-acordo de apoio incondicional ao PSDB num segundo turno contra o PT. Marina Silva fez opção de iniciar a sua própria campanha eleitoral, em detrimento da antiga agenda político-eleitoral de sua atual agremiação partidária.
A pesquisa Ibope e CNT-MDA dessa semana já coloca a presidenciável Marina Silva (PSB) como a segunda força político-eleitoral na sucessão presidencial de 2014, com a possibilidade de pôr fim ao tradicional duelo entre o PT e o PSDB no segundo turno. A executiva nacional do Partido Socialista Brasileiro deverá receber apoio do setor financeiro para a sua postulação ao governo federal. Com isso os seus palanques regionais deverão ser valorizados por outras agremiações partidárias em função da perspectiva de poder. O novo cenário político da sucessão presidencial poderá ser confirmado ainda nessa semana, com a pesquisa do Datafolha.



quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Marina Silva e o seu palanque no Ceará

Com o título “Marina Silva e o seu palanque no Ceará”, eis artigo do consultor político e sociólogo Luíz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele analisa a entrada de Marina na disputa presidencial
A ex-senadora Marina Silva (PSB) mudou o cenário político nacional, com a sua nova postulação para à presidência da República. Marina Silva poderá ser o novo fenômeno da política brasileira na reta final do primeiro turno destas eleições. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o principal candidato de oposição na sucessão presidencial, o senador Aécio Neves (PSDB), não esperavam o surgimento desse fenômeno político-eleitoral.
O Partido Socialista Brasileiro trabalhava com a sua própria candidatura presidencial – o ex-governador pernambucano Eduardo Campos, que morreu numa tragédia aérea no último dia 13 de agosto de 2014. A cúpula nacional do PSB foi obrigada a substituir o seu postulante à presidência da República, por conta da vacância, em caso de morte. Com isso a única candidatura competitiva na altura do campeonato era da companheira de chapa – a candidata a vice, agora atual candidata socialista, a ex-senadora Marina Silva.
A manutenção da coligação de apoio à presidenciável Marina Silva é formada por seis partidos: PSB – PPS – PHS – PSL – PPL – PRP. No Brasil, não há a verticalização da coligação nacional nos estados, por isso os rearranjos eleitorais, com os palanques locais, com várias candidaturas presidenciais. O Partido Socialista Brasileiro foi único na política cearense a lançar uma candidatura ao Governo do Ceará para dar palanque ao ex – presidenciável Eduardo Campos, sem apoio das outras siglas partidárias à nível nacional.
A última pesquisa de opinião pública do Ibope já consolidou a presidenciável Marina Silva como a provável adversária da presidente Dilma Rousseff (PT), no segundo turno do pleito eleitoral de 2014. O presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB) caminha para ser uma força auxiliar da Marina Silva (PSB) nos seus palanques estaduais. O líder nas pesquisas eleitorais para ocupar a única vaga no Senado, nesse pleito eleitoral do Ceará, o ex-governador tucano Tasso Jereissati, não terá alternativa, em caso da polarização nacional entre PT- Lula -Dilma contra Marina Silva – PSB-PPS.
O candidato peemedebista ao Governo do Ceará, o senador Eunício Oliveira, ainda tem na sua coligação partidária, a participação de dois partidos marineiros: PPS e PRP. O presidente estadual do Partido Popular Socialista, o empresário Alexandre Pereira, deverá ser o responsável direto para a construção do terceiro palanque presidencial dentro do bloco partidário PMDB-PR-PSDB, nos próximos dias, com ajuda do PRP do Ceará.
O ex-governador Lúcio Alcântara, que é atualmente o presidente do Partido da República seção Ceará, poderá ser a maior liderança local a declarar apoio à candidatura da presidenciável Marina Silva (PSB). Com isso, transformaria a frente partidária pró-Eunicio Oliveira no embrião político-eleitoral dos marineiros no Estado, ainda, no primeiro turno.
A coligação partidária do governador Cid Gomes (PROS) tem três agremiações da coligação nacional da presidenciável socialista Marina Silva: PHS, PPL e PSL. Cid Gomes não demonstra interesse na criação do segundo palanque presidencial na campanha do seu candidato petista, o deputado estadual Camilo Santana. Com isso, deverá fazer somente o palanque exclusivo de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.
O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa e a professora universitária Geovanna Cartaxo


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Artigo no PoliticaBook: Avaliação da Pesquisa Ibope - Marina Silva e a concretização da segunda via

Artigo que foi publicado no Portal PoliticaBook. Terça - feira, 26 de agosto de 2014. Titulo: Avaliação da Pesquisa Ibope - Marina Silva e a concretização da segunda via


A pesquisa do Ibope foi responsável pela concretização da imagem da presidenciável Marina Silva na opinião pública. O fim da polarização entre o candidato tucano e a candidata petista, como os principais protagonistas da sucessão presidencial de 2014, com o surgimento de nova segunda via, nesse cenário quase estático das últimas consultas estimuladas ao eleitor.

A entrada da ex-senadora Marina Silva como candidata a presidente da República pelo Partido Socialista Brasileiro, já demonstrou enorme capacidade de impor um esvaziamento na candidatura tucana, surgindo nas ultimas pesquisas como a principal adversária da candidatura governista. Marina Silva é a segunda via política-eleitoral, na corrida da sucessão presidencial de 2014, para uma parte significativa do eleitorado brasileiro.

Na atual consulta de opinião pública do Instituto Ibope, que foi divulgada nos principais meios de comunicação, nesta terça-feira,  temos os seguintes dados: Dilma Rousseff (PT) tem 34% das intenções voto no primeiro turno, na pesquisa estimulada, seguida de perto por Marina Silva (PSB), com 29%, e Aécio Neves (PSDB), com 19%. A margem de erro da pesquisa é 2% para mais (+2) ou para menos (-2).

No início de agosto, na primeira pesquisa do Ibope, os votos brancos e nulos no primeiro turno somavam 13% e agora na segunda pesquisa do Ibope, já caíram para 7%, enquanto, os que não sabiam em quem votar e os que não responderam representavam 11% e agora totalizaram apenas 8%.

                                                            Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político

Fonte: O Ibope ouviu 2.506 pessoas entre 23 e 25 de agosto, em 175 municípios de todas as regiões do Brasil.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político



sábado, 23 de agosto de 2014

Artigo no Jornal O Estado: Fator Emocional - Marina Silva não é Eduardo Campos

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 21 de Agosto de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/fator-emocional


A morte prematura do presidenciável Eduardo Campos (PSB) no dia 13 de agosto de 2014, já modificou o cenário eleitoral da sucessão da Presidência da República. O fator emocional será a marca política da candidatura da Marina Silva (PSB), em função da maneira como assumiu a vaga do titular da chapa majoritária do Partido Socialista Brasileiro.
A presidenciável Marina Silva (PSB) estava preparada para ser uma personagem secundária na corrida presidencial de 2014, atuando como a principal aliada do ex-governador Eduardo Campos (PSB), na vaga de vice-presidente, com pouca inserção no debate político-eleitoral, numa função de refém da estratégia de alianças regionais do palanque nacional do Partido Socialista Brasileiro.
O nome de Marina Silva como candidata a presidente da República foi confirmado pelo PSB durante essa semana. Temos, no cenário político, a incerteza de qual será o seu programa de governo, pois tanto poderá ser semelhante ao de sua candidatura ao Palácio do Planalto no último pleito eleitoral de 2010 ou como o atual programa do PSB, ou quem sabe ainda seja uma simbiose tentando acomodar as propostas e alianças defendidas por Eduardo Campos, com as suas antigas crenças de não realinhamento eleitoral com o PT e o PSDB nos estados. O PSB deseja a manutenção da estratégia de campanha no discurso ideológico, que não é o mesmo de sua nova candidata a presidência.
Nas eleições presidenciais do período atual da redemocratização (1985 – 2014), não tivemos nenhum candidato que tenha chegado em 3º lugar na corrida presidencial e que tenha conseguido repetir o mesmo desempenho na eleição seguinte: Leonel Brizola (1989), Enéas Carneiro (1994), Ciro Gomes (1998), Anthony Garotinho (2002), Heloísa Helena (2006). A presidenciável socialista Marina Silva terá cerca de dois minutos diários na propaganda eleitoral na TV e Rádio, com bem menos tempo que os seus principais adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). O novo palanque nacional tem o dobro de tempo em relação ao pleito eleitoral de 2010, quando tirou quase 20% dos votos válidos no primeiro turno.
A presidenciável Marina Silva (PSB) não terá tempo para rediscutir as alianças locais do Partido Socialista Brasileiro nos principais estados da federação brasileira. Marina Silva não tem interesse de subir nos palanques duplos construídos em torno do Partido dos Trabalhadores (Amapá, Paraíba e Rio de Janeiro) e do Partido da Social Democracia Brasileira (São Paulo e Paraná), que foram feitos por seu antecessor. O fator emocional é a principal marca político-eleitoral da liderança carismática da nova candidatura socialista, para a Presidência da República.

                               Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Entrevista do sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, para Programa Pela Ordem - TV Fortaleza

Bom dia aos amigos. A minha participação no Programa Pela Ordem da TV Fortaleza. No horário da 19 horas dessa quinta - feira, 14 de Agosto de 2014: Tema:  A minha participação no Programa Pela Ordem da TV Fortaleza. No horário da 19 horas dessa quinta - feira, 17 de Julho de 2014: Tema:A morte prematura de Eduardo Campos - A candidatura de Marina Silva como natural dentro do PSB - O fim da aliança de segundo turno entre o PSDB e o PSB.

Entrevista do sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, para Programa Pela Ordem - TV Fortaleza.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Camilo Santana entre dois polos: Cidismo e o Lulismo

Com o título “Camilo Santana entre dois polos: Cidismo e o Lulismo”, eis artigo de Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, consultor político e sociólogo. Confira:
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/camilo-santana-entre-dois-polos-cidismo-e-lulismo/
A candidatura do petista Camilo Santana para o Governo do Estado pode ser resumida como a tentativa da simbiose do que há de melhor nas políticas públicas conjuntas do Palácio da Abolição em parceria político-administrativa com o Planalto. Camilo Santana é a confluência da competência do trabalho de infraestrutura da Era Cidista (2007 – 2014), com o êxito da politica pública social da Era Lula–Dilma (2003 – 2014).
A campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) será forte na defesa dos avanços sociais dos últimos doze anos. O governador Cid Gomes (PROS) foi parceiro das principais políticas administrativas do Planalto para o crescimento do desenvolvimento social e econômico da população carente do Ceará. O discurso de manutenção do realinhamento administrativo do Planalto e do Palácio da Abolição tem na candidatura petista ao Governo a sua melhor simbiose eleitoral.
O governador Cid Gomes (PROS) surpreendeu meio mundo político-eleitoral com a decisão de escolher um candidato, à sua própria sucessão estadual, com pouca tradição, na área administrativa. O atual chefe do executivo estadual tem currículo político invejável, pois já havia sido presidente da Assembleia Legislativa (1995 – 1996) e prefeito de Sobral (1997 – 2004) até chegar ao topo da sua carreira de homem público.
O PT não esperava ser o principal defensor do legado político-administrativo do governador Cid Gomes no pleito eleitoral estadual deste ano. O PT tinha marchado unido na eleição municipal de Fortaleza, onde fora derrotado pela aliança dos irmãos Gomes e do PMDB do senador Eunício Oliveira (PMDB). A candidatura Camilo Santana ao Governo teve efeito positivo entre as correntes petistas, pois foi rápida a unificação em torno do seu nome. O petismo cearense não vai perder a chance de ficar a frente do Governo do Estado pelos próximos oito anos, por isso essa tentativa de criar uma campanha político-eleitoral em sintonia com o legado social da administração da presidente Dilma Rousseff (PT).
O fator político-eleitoral mais importante da decisão de criar um palanque para a presidente Dilma Rousseff (PT) no Ceará, sem dúvida é a questão do PT ser o centro da identidade eleitoral do candidato Camilo Santana (PT). A Era Cid Gomes poderá ser resumida como um apêndice administrativo do governo federal nas principais políticas públicas executadas em terras alencarinas.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Artigo no Jornal O Estado: Fator Nordeste - Dilma Rousseff e o Eleitorado Nordestino.

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 31 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/fator-nordeste

A sucessão presidencial de 2014 é uma divisão de estratégias entre os principais candidatos, com cada um escolhendo uma região brasileira, como o principal centro de sua campanha eleitoral. O presidenciável Aécio Neves, na região Sudeste; já a presidente Dilma Rousseff e o candidato socialista Eduardo Campos, na região Nordeste. O fator Nordeste é decisivo na estratégia dos três principais comitês.
A região do Nordeste tem uma população de 50 milhões de habitantes, com um contingente de quase 40 milhões de eleitores. O PIB da região que cresceu 4% nos cinco primeiros meses do ano, contra menos de 1% da média nacional. Na última década, a renda média do nordestino teve cerca de 30% de aumento real. A região é uma das mais beneficiadas pela expansão dos programas sociais e pelo forte aumento do salário-mínimo.
A presidente Dilma Rousseff (PT) compreende a necessidade de fazer uma campanha nacional a partir da região Nordeste. O aumento da rejeição da candidata petista à reeleição presidencial, nos estados nordestinos, com certeza, deverá ser o principal objetivo do núcleo eleitoral da coligação PT – PMDB, para diminuição desses dados negativos. Dilma Rousseff deverá fazer um diálogo com o cidadão-eleitor nordestino, para explicar que essa região brasileira foi a mais beneficiada na sua gestão nas áreas econômica e social.
Na última pesquisa do Datafolha, nos nove estados nordestinos, a presidente Dilma Rousseff (PT) havia conseguido subir de 48% para 55%. Agora, retornou ao patamar dos 49%. Os adversários da petista ainda estão muito longe dela no Nordeste. Ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) mesmo com uma gestão bem avaliada, tem 12% em toda a região. Aécio Neves (PSDB) tem 10%.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem mais dúvidas da necessidade de centralizar a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff na região Nordeste. A presença do ex-presidente nos palanques nordestinos é dada como certa no núcleo político-eleitoral da coligação do PT – PMDB para presidência da república. O cidadão-eleitor nordestino tem o perfil político de votar no continuísmo administrativo no Planalto, pois teve crescimento econômico na região do Nordeste, em detrimento no mesmo período, em comparação às regiões Sul  e Sudeste.
O sentimento da necessidade de mudança em relação à sucessão presidencial é forte nas capitais nordestinas e nos grandes municípios do agreste, com um perfil próximo do eleitor oposicionista pró-Aécio Neves (PSDB). A nova classe média da região do Nordeste poderá ser a grande fiadora da presidente Dilma Rousseff (PT) ou a grande responsável pelo crescimento do capital político-eleitoral do presidenciável Eduardo Campos (PSB), durante o processo eleitoral de 2014.
Entrevista do sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, para TV Fortaleza. O Programa Pela Ordem - 07 de Agosto de 2014.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Artigo no Ceará Em Off - Roberto Cláudio e o Anti-Eunício Oliveira

O meu artigo no Portal Ceará em Off. Terça - feira, 05 de Agosto de 2014. Titulo: Roberto Cláudio e o Anti-Eunício Oliveira.

O prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS), já participa do pleito eleitoral de 2014, para o Governo do Estado do Ceará, fato que se configura como uma ante-sala, para a sua própria sucessão daqui dois anos. Roberto Cláudio foi primeira liderança do condomínio administrativo-político do governador Cid Gomes (PROS), tem adotado uma postura discreta, mas atuante, para a desconstrução simbólica da candidatura do peemedebista Eunicio Oliveira ao Governo Estadual, nos últimos quatros meses.
O governador Cid Gomes (PROS) sempre manteve uma postura de conciliador, em relação a provável dissidência do senador Eunício Oliveira (PMDB) da base aliada do Governo Estadual. Roberto Cláudio faz atuação bem diferente, pois sempre as suas ações políticas foram na direção de esvaziamento da postulação peemedebista ao Governo do Estado do Ceará, por não encontrar espaço vital de aliança partidária entre os pequenos e médios partidos.
A coordenação política cirista-robertista através do seu núcleo na administração municipal de Fortaleza, não permitiu a saída da maioria das agremiações partidárias da futura coligação governista: PRB, PDT, PSL, PRTB, PHS, PMN, PTC, PV, PEN, PPL, PCdoB, PTdoB e Solidariedade.
Todos os partidos citados no parágrafo anterior têm as suas principais lideranças, em contato direto, com o prefeito de Fortaleza. A campanha do candidato governista Camilo Santana (PT) tem todo o suporte do grupo político do prefeito Roberto Cláudio (PROS), na tentativa de desmontar as forças políticas peemedebistas na cidade de Fortaleza.
O prefeito Roberto Cláudio (PROS) nos últimos dez dias praticamente desmontou a estrutura peemedebista ligada a sua gestão pública municipal. Ocorrendo a demissão sumária dos secretários eunicistas do primeiro escalão da prefeitura de Fortaleza. Assistimos também ao esvaziamento da liderança do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador peemedebista Walter Cavalcante, perante os seus pares, pois a coordenação política do prefeito Roberto Cláudio conseguiu o apoio de 35 vereadores dos 43 parlamentares da Casa do Povo, para a candidatura de Camilo Santana (PT).
            Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor politico

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor politico



domingo, 3 de agosto de 2014

Artigo no PoliticaBook - A Clandestinidade do Homem Público no Ceará

Artigo que foi publicado no Portal PoliticaBook. Domingo, 03 de agosto de 2014. Titulo: A Clandestinidade do Homem Público no Ceará

Os primeiros vinte oito dias da campanha eleitoral para o Governo do Estado do Ceará, já demonstraram que será um festival de ataques pessoais, entre os dois principais concorrentes: Eunicio Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT). A vida pública dos candidatos será examinada sob o holofote negativo dos negócios privados.

O ex-governador Ciro Gomes (PROS) iniciou o processo com ataques verbais a riqueza pessoal do senador Eunício Oliveira (PMDB), nos últimos cinco dias. O vice-prefeito do município de Fortaleza, o empresário Gaudêncio Lucena (PMDB), contra atacou o irmão mais velho do governador Cid Gomes, pelas redes sociais, em especial pelo Facebook. O último duelo virtual ocorreu entre Ciro Gomes e a militante peemedebista Jade Romero, através das  suas respectivas páginas pessoais  no espaço público da Internet.

O debate negativo sobre os homens públicos nas redes sociais sempre esteve muito presente no espaço público abstrato da Internet, nos estados do entorno do Ceará: Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. Os confrontos entres os grupos políticos são alimentados pelos blogs e as páginas pessoais dos envolvidos. A introdução desse tipo de discussão com ataques diretos às vidas privadas dos candidatos, na área das finanças privadas, é  algo sem paralelo na história política cearense.

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) não entrou no embate midiático quando questionado pela imprensa, pelo contrário, defendeu o debate da questão pública, em detrimento ao processo de dossiês negativos dos principais candidatos ao Governo Estadual. Tasso Jereissati não permitiu que a sua vida pública e a sua vida privada se tornassem alvos, nos próximos duelos verbais das duas principais coligações do pleito eleitoral do Ceará.

                  Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político



Entrevista do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa para TV União


Entrevista do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa para TV Fortaleza.






Artigo no Jornal O Estado: Inflação Eleitoral - Dilma Rousseff e a inflação no debate político

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 31 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/inflacao-eleitoral

A inflação retorna ao centro do debate eleitoral nesse ano. O tema foi marcante nas vitórias do PSDB sobre o PT em 1994 e 1998; a estabilidade econômica ainda serviu ao discurso na campanha tucana em 2002, que não seduziu a opinião pública, por isso não impediu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nos dois pleitos, seguintes, o tema ficou em segundo plano. Havia a sensação de consolidação do consenso em torno da política de metas de inflação do Banco Central.
Os analistas do mercado financeiro reduziram a projeção para a inflação oficial de 2014, de 6,44% para 6,41% na semana encerrada em 25 de julho, segundo Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014. Para 2015, os analistas aumentaram a expectativa de 6,12% para 6,21%. As projeções para o IPCA em 2014 estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%.
O fator negativo é o impacto no orçamento das famílias, que é sempre o maior. Índice oficial da inflação, o IPCA é uma média do comportamento de todos os preços. A alta tem sido maior nos serviços e nos alimentos. O supermercado, cabeleireiro e o transporte configuram o que fica mais caro no bolso do cidadão-eleitor. O brasileiro começa a ver com mais frequência reajustes acima da  meta oficial da inflação, em todos os setores de bens de serviços, que foi de 5,91% em 2013. Alguns casos específicos de serviços essenciais como restaurante, plano de Saúde e mensalidade escolar subiram mais de 10%  no ano passado.
No início da campanha presidencial deste ano, nas últimas três semanas, o tema da inflação retorna ao centro do debate público. A inflação não saiu da boca dos candidatos, sobretudo os concorrentes de Dilma Rousseff (PT), que foram municiados por pesquisas e os seus respectivos marqueteiros, e os economistas já perceberam como as remarcações de preços voltaram a incomodar o bolso do cidadão-eleitor. A presidente Dilma Rousseff sempre contra-ataca as provocações dos candidatos de oposições, respondendo, com mais ênfase ao candidato tucano, que não há descontrole fiscal e inflacionário e continua exibindo índices no intervalo de tolerância da meta oficial e superávit nas contas.
Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) não vão perder uma oportunidade de acusar Dilma Rousseff (PT) de descuidar do combate à inflação, para tentar impulsionar a economia com gastos públicos descontrolados, enquanto os salários são corroídos. Dilma Rousseff (PT) acusa tanto o tucano  quanto  o socialista em suas propostas de  aplicação de medidas duras e de revisão da meta oficial de controle a inflação, que somente gerariam o aumento da taxa de desemprego.