sexta-feira, 25 de junho de 2021

A Polarização Política no Ceará: Capitão Wagner (PROS) versus José Airton (PT)

 



A polarização política-eleitoral a nível nacional entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, já começou a ser replicada nos estados brasileiros. Na região do Nordeste esse confronto entre essas duas  forças,  de perfil popular, está bem definido nos seguintes estados: Maranhão, Piauí, Pernambuco, Bahia e Alagoas. A política cearense caminha para uma polarização financiada pelos dois principais blocos partidários brasileiros.

 

O deputado federal, Capitão Wagner (PROS), e o senador Eduardo Girão (PODE) montaram um consistente bloco partidário oposicionista, na política cearense: PROS, PODE, PSC e Republicano. Capitão Wagner faz uma adesão gradual ao Governo Federal, contudo, esse movimento político-administrativo, já trouxe um novo arco de agremiações partidárias ao grupo oposicionista conservador social cearense: PSL, PTB e em breve o Patriota. A pré-candidatura do Capitão Wagner à sucessão do governador, Camilo Santana (PT), no próximo ano, sem dúvida potencializa a chapa majoritária oposicionista entre os cearenses, principalmente na Região Metropolitana de Fortaleza. 

 

O ex-presidente Lula (PT) já sinalizou ao deputado federal, José Airton, que vai lançar o mesmo, para a sucessão do governador Camilo Santana, através da direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Lula montou um pré-palanque na política cearense, com a parceria histórica do MDB do senador Eunício Oliveira e do PC do B, com a possibilidade de trazer num futuro próximo o PSD seção local via o diretório nacional ou Gilberto Kassab. O lulopetismo dificilmente vai fazer uma aliança eleitoral, com o grupo político-administrativo do senador Cid Gomes (PDT), à margem dos interesses da maior liderança petista cearense: Camilo Santana. 

 


O diretório estadual do Progressista mantém uma excelente relação política-administrativa, com o governador cearense, Camilo Santana (PT), porém, não tem a mesma relação institucional, com o grupo do senador Cid Gomes (PDT), em função da direção nacional do Progressista se tornar pró-Jair Bolsonaro. O Progressista seção cearense vai consultar a direção nacional antes de fazer parte de algum palanque local. O Progressista pode ser parte da coligação partidária das oposições, na sucessão do Governo Estadual, em 2022.

 

O diretório estadual do Partido Liberal mantém uma ótima relação política-administrativa, com o governador Camilo Santana (PT), assim como também faz parte da base aliada do Governo Federal. A direção nacional do Partido Liberal tem uma tendência momentânea de apoiar a reeleição do atual presidente da República, porém, a situação da política cearense tem uma candidatura presidencial anti-Jair Bolsonaro, com isso é muito difícil o PL seção local (Ceará) ainda fazer parte do condomínio político-institucional do governador Camilo Santana e do senador Cid Gomes (PDT), no pleito eleitoral de 2022. O deputado federal cearense, Doutor Jaziel, não vai sair do Partido Liberal, pois a direção nacional dessa agremiação partidária pode lhe entregar a direção estadual do Partido Liberal. 

 

O senador Cid Gomes (PDT) sempre foi candidato ao cargo executivo municipal (Sobral) e ao cargo executivo estadual, com apoio do Partido dos Trabalhadores: Sobral (1996), Sobral (2000), Ceará (2006) e Ceará (2010). Cid Gomes mantém uma relação política-administrativa de vinte e cinco anos, com o Partido dos Trabalhadores, todavia, o seu subgrupo cirista vai sair para uma disputa eleitoral, em campo oposto ao lulopetismo. O governador Camilo Santana não tem condição de manter a coligação entre o PT e o PDT por causa da agressividade verbal do ministro Ciro Gomes contra o ex-presidente Lula.

 

O ex-ministro Ciro Gomes não vai reproduzir o protocolo ou expediente da escolha do candidato a governador do seu grupo político-administrativo, no final da pré-campanha, para as eleições 2022. Ciro Gomes deve receber nos próximos dias várias pesquisas eleitorais, com a consolidação da polarização nacional, na política cearense. O bloco partidário wagnerista-bolsonarista vai avançar eleitoralmente nos grandes centros urbanos cearenses, já o bloco partidário lulopetista-eunicista vai avançar nos médios e pequenos municípios cearenses, nesse período de pré-campanha, para a eleição estadual de 2022. 

 


O diretório estadual do PDT deve lançar uma candidatura ao Governo Estadual, com o perfil antilulista e pró-mercado financeiro, numa espécie de liberalismo social. O pré-candidato pedetista, o deputado federal Mauro Filho, tem o perfil ideal nesse cenário de rompimento do PDT com o PT, pois é necessário atrair um novo tipo de eleitorado conservador social de perfil moderado que poderia votar na reeleição do presidente e na candidatura pedetista ao Governo Estadual. O ex-prefeito fortalezense, o médico Roberto Cláudio, perdeu a capacidade de convencimento interno, na direção estadual do PDT, nos últimos meses. Roberto Cláudio pode ir para o Partido Socialista Brasileiro (PSB), com a finalidade de montar o seu grupo político-institucional, para o pleito eleitoral de 2024, em Fortaleza.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 




segunda-feira, 21 de junho de 2021

O PSB Cearense é Pró-Ciro Gomes? Sim!

 



O diretório estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) é aliado do senador Cid Gomes (PDT), como também tem a simpatia da candidatura presidencial do pedetista, Ciro Gomes, no próximo ano. O PSB local (Ceará) mantém uma parceria política-administrativa, no município de Fortaleza, onde os socialistas ocupam a vice-prefeitura, como alguns órgãos, no primeiro escalão e segundo escalão da capital cearense. Os socialistas são próximos do cirismo-trabalhista; com quase nenhuma ligação ao lulopetismo local. 

 

O presidente estadual do PSB e deputado federal, Denis Bezerra, mantém uma relação excepcional com a direção nacional socialista. Denis Bezerra procura seguir a orientação do comando nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), no tocante a sucessão presidencial do próximo ano, sem dúvida o parlamentar cearense vai seguir a orientação de sua agremiação partidária. O PSB nacional, nos últimos meses, tem aumentado a sua parceira política-eleitoral, com o presidenciável petista, Lula, em alguns estados brasileiros: Pernambuco, Paraíba, Bahia, Piauí, Maranhão e Rio de Janeiro. Os socialistas nordestinos são lulistas por pragmatismo político-eleitoral, em função das eleições regionais de 2022. 

 


O governador petista, Camilo Santana, já fez parte dos quadros do PSB do Ceará, porém, saiu dessa agremiação partidária, no ano de 2003. Camilo Santana tem dezoito anos de filiação ao Partido dos Trabalhadores cearense. O chefe do executivo do Governo Estadual não vai sair do PT para o PSB, pois essa transferência partidária, somente  iria diminuir o capital político do grupo camilista, na política local e na política nacional. O lulopetismo cearense é maior do que o cirismo-cidista, como também é maior do que o wagnarismo-bolsonarista, no cenário eleitoral regional. O ex-presidente Lula tem noção da fidelidade do governador cearense, Camilo Santana, ao projeto presidencial do Partido dos Trabalhadores.

 

A consolidação da polarização política-eleitoral entre bolsonarismo e antibolsonarismo (lulopetista), na política cearense, é algo muito plausível nos próximos meses. O PSB do Ceará vai tentar manter a sua aliança política-administrativa, com o grupo cirista-cidista, contudo, a direção nacional do PSB não vai colocar nenhum empecilho, a manutenção dessa parceria eleitoral, na política regional, em 2022. O deputado federal Denis Bezerra, independente do cenário nacional, acredita que o diretório estadual do PSB, já tem uma chapa de candidatos a deputado federal, com a possibilidade de eleger dois parlamentares.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político. 







segunda-feira, 7 de junho de 2021

Fecomércio como Termômetro Político-Eleitoral

 



O setor do comércio da economia cearense passa por uma enorme crise financeira, em função da crise sanitária do Covid-19. Os pequenos e médios empresários da área do comércio não estão num momento favorável às suas empresas, pelo contrário, pois tivemos várias lojas e pequenos comércios fechados nesse biênio (2020-2021). As classes político-econômicas dos comerciantes se sentiram sub-representadas no poder legislativo e no poder executivo, no estado do Ceará. À Fecomércio compreendeu esse momento de crise econômica e a crise de representatividade dos comerciantes perante o poder público estadual.


Os microempreendedores, assim como os pequenos e médios empresários  vinham atuando num movimento horizontal ou paralelo aos seus representantes institucionais: CDL, CIC, FIEC, Fecomércio e outros. As entidades citadas ,na sua grande maioria, se tornaram apenas clubes sociais, para os setores mais abastados na área do comércio cearense. A crise sanitária do Covid-19 foi o grande responsável pela consciência coletiva dos comerciantes, para a reorganização de um novo movimento vertical de defesa dos interesses políticos e dos seus interesses econômicos. 

Luiz Gastão


A Fecomércio sempre manteve um posicionamento atípico na sua estratégia de defesa do comércio, pois colocava na mesma mesa os patrões e os empregados, como bloco de interesse conjunto na área comercial. Os trinta e quatro sindicatos ligados à Fecomércio, sem dúvida adaptaram as suas estruturas na área de comunicação, para interagir com os novos associados acostumados somente na linguagem do mundo digital, em outras palavras não tiveram nenhuma dificuldade de saírem do movimento horizontal não institucional, para o retorno ao movimento vertical institucional. 


A Fecomércio mantém um excelente banco de dados referentes ao endividamento das famílias cearenses. A diminuição do poder de compra do consumidor local, sempre foi objeto de estudo da Fecomércio, como também objeto de preocupação desta entidade nos fóruns governamentais. Os fechamentos consecutivos, nos horários comerciais, feitos pelo Governo Estadual, por causa da primeira onda (2020) e na segunda onda (2021) de Coronavírus, sem dúvida foi um teste de representatividade da Fecomércio, como entidade de representação coletiva (Patrão e Trabalhador) perante o Governo do Estado do Ceará. 

Cláudia Brilhante


A politização do fechamento do comércio nunca foi pautado pela Fecomércio, pois essa entidade compreendia a crise sanitária, porém, não era favorável aos longos períodos de confinamento vertical (2020) e de confinamento horizontal (2021) impostas pelo poder público estadual e os executivos municipais. Fecomércio terá um papel muito importante como fórum de discussão político-econômica para a reorganização dos setores produtivos do comércio cearense, no pleito eleitoral de 2022. 


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político







quarta-feira, 2 de junho de 2021

As Chapas dos Candidatos a Deputado Federal

 

Advogada Roberlene Rodrigues


Na política cearense nós temos algumas chapas proporcionais de candidatos à Câmara, com certa competitividade independente da aliança regional. O fundo eleitoral da agremiação partidária é o grande responsável pelo financiamento de campanha de um pré-candidato a deputado federal, pois há o interesse direto da direção nacional. Na política local já temos algumas siglas competitivas na montagem de suas chapas de deputados federais: Progressista, PSD, PL, Republicano, MDB, Democrata e PSDB. O PSL tem uma série de interesses conflitantes.

 

Nesse conjunto de partidos mencionados no primeiro parágrafo, há dois subconjuntos bem nítidos. O primeiro subconjunto é o das agremiações partidárias com acesso aos recursos públicos do Palácio do Planalto: Progressista, PSD, PL e Republicano. O segundo subconjunto é o das agremiações partidárias quase sem acesso aos recursos públicos do Governo Federal: MDB e Democrata. O Republicano é a agremiação partidária que mais cresceu no aspecto ideológico de centro-direita no pleito eleitoral de 2018, independente do fenômeno da extrema-direita brasileira. 

 

Ampla Pesquisa

A federação de partidos deve ser aprovada a tempo, para as eleições de 2022. A Frente Brasil Popular deve reunir uma grande coligação a nível nacional, com a sua reprodução nos pleitos estaduais: PT, PSB, PC do B e PSOL. O Solidariedade e o Cidadania são aliados históricos do PSDB, com isso há possibilidade da construção de uma aliança nacional, com a participação do MDB e do PSD. Nesse momento temos essas duas prováveis federações partidárias competitivas. O Democrata é refém do pleito eleitoral da Bahia. O Progressista, PL e o PSL vão esperar até abril de 2022, para fazerem a decisão de apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

 

Nos próximos dias , tenho  já agendadas uma série de reuniões, com várias agremiações partidárias. A minha consultoria política às cúpulas partidárias e aos pré-candidatos sem partidos. A construção de uma plataforma digital de orientação profissional aos vários grupos de interesses que  desejam  eleger os seus prováveis congressistas. A profissionalização da pré-campanha eleitoral já é um fato consumado após o resultado pragmático do eleitor, nas eleições de 2022. 

 

                       Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político





Capitão Wagner (Jair Bolsonaro) e o Anti-Lula no Ceará

 


https://youtu.be/fWkhJ-M1nEM

O deputado federal Capitão Wagner é candidato a governador do estado do Ceará. Capitão Wagner podera ir para o segundo turno do pleito eleitoral de 2022, no Ceará.

A polarização entre bolsonarismo e o lulopetismo deve acontecer na política cearense, como reprodução fiel do que vai acontecer a nível nacional. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

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