sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e o Ceará


O artigo que foi publicado na quarta - feira, 27 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre procurou transformar a região do Nordeste em sua maior base político-eleitoral, nos seus oito anos de mandatos. Na sua reeleição para presidência da República, no ano de 2006, a sua base aliada elegeu os três principais governadores nordestinos: Bahia, Pernambuco e Ceará.

O governador eleito da Bahia foi o sindicalista Jacques Wagner, do Partido dos Trabalhadores, que foi reeleito no pleito eleitoral de 2010, ainda no primeiro turno. O governador eleito de Pernambuco foi o economista Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro, e no Ceará foi eleito outro socialista, o engenheiro Cid Gome. Ambos foram reeleitos, nas eleições estaduais de 2010, no primeiro turno.


O Planalto tinha três relações diferentes com os principais gestores públicos da Região Nordeste.O governador baiano Jacques Wagner é o maior representante do lulismo-petista entre os governadores nordestinos, com isso sempre foi o maior beneficiado, recebendo volumosos recursos públicos do governo federal. No segundo plano, estavam os governadores representantes do lulismo sem PT, que são os socialistas Eduardo Campos (PE) e o Cid Gomes (CE), mas era o governo do estado de Pernambuco, o maior beneficiado na parceria, com o Planalto.


A presidente Dilma Rousseff (PT), quando eleita no pleito eleitoral de 2010, no segundo turno, foi no mesmo período de reeleição, em primeiro turno dos três principais governadores da região Nordeste. O lulismo demonstrava a sua maior força político-eleitoral na segunda maior região eleitoral entre as cincos do Brasil. Dilma Rousseff sempre manteve uma relação próxima e estável, em termo administrativo, com o governador baiano Jacques Wagner (PT), o inverso acontecia com o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), nesses três primeiros anos de seu atual mandato.

O governador Cid Gomes sempre teve um papel secundário em relação aos seus dois pares nordestinos, mas já começa a receber um tratamento privilegiado do Planalto, no final do seu segundo mandato. A saída dos quadros do Partido Socialista Brasileiro para o Partido Republicano da Ordem Social, somente para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), foi responsável por transformar o governador cearense no maior representante do lulismo sem PT da região nordestina.

A presidente Dilma Rousseff (PT) deverá priorizar a parceria administrativo-política nos próximos meses, com o governador cearense Cid Gomes (Pros) no mesmo nível do governador baiano Jacques Wagner (PT), em detrimento do seu provável concorrente na sucessão presidencial, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB). Cid Gomes (Pros) caminha para ser o segundo maior aliado do Planalto na região do Nordeste.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Artigo no PoliticaBook - Eunício Oliveira e o diálogo com o Anti – Cidismo

O senador Eunício Oliveira (PMDB) começa lentamente a ir para o bloco partidário de oposição (PR – PSDB – PRB - PSB) ao governador Cid Gomes (PROS), como provável candidato a governador do Estado do Ceará. O PMDB sempre esteve no arco de aliança do Partido dos Trabalhadores e dos irmãos Gomes, nos últimos dois pleitos eleitorais, para o Governo Estadual: 2006 e 2010.
A saída do senador Eunício Oliveira (PMDB) da base aliada do governador Cid Gomes (PROS) já é fato consumado, esperando apenas o momento adequado para ser oficializada. O atual chefe do executivo estadual e o seu irmão mais velho, o secretario estadual da Saúde, Ciro Gomes, já trabalham um nome interno no Partido Republicano da Ordem Social, para sucessão estadual de 2014, em detrimento da pré-candidatura peemedebista.
O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O presidente estadual do PMDB, o senador Eunicio Oliveira, já avança na busca de uma aliança eleitoral, com os grupos políticos anti-Cid Gomes, para compor uma frente partidária oposicionista na eleição de governador do próximo ano. O PMDB deverá trazer três pequenos partidos (PTC – PTN – PT do B), com a possibilidade ainda de trazer o PRTB, para a maior frente partidária de oposição ao bloco PT – PROS.
O senador Eunício Oliveira (PMDB) tem pouco tempo para assumir o papel de principal candidato da nova frente partidária de oposição aos irmãos Gomes e o Partido dos Trabalhadores. O PMDB não terá condição de manter o diálogo com as principais lideranças oposicionistas, já que ainda é da base de apoio do governador Cid Gomes (PROS).
                           
          Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político

O Link da matéria no PoliticaBook:



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Cadê as Oposições?

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 20 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado: http://www.oestadoce.com.br/noticia/cade-oposicoes
A maioria dos analistas políticos dos principais institutos de pesquisas de opinião pública tem um questionamento, sobre o real poder eleitoral dos candidatos ditos das oposições na sucessão presidencial: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A presidente Dilma Rousseff (PT) mantém uma estabilidade eleitoral com percentuais de 39% a 41% de votos estimulados de acordo com a última pesquisa de opinião pública do Ibope.
O senador mineiro, o economista Aécio Neves, assumiu o comando nacional do Partido da Social Democracia Brasileira, no primeiro semestre de 2013. A estratégia foi orquestrada pelo núcleo duro tucano que acreditava na exposição massiva midiática do seu novo presidente nacional, como uma alavanca nos seus índices de intenção de voto. Aécio Neves tem sido a principal voz externa do PSDB para sociedade civil, mas isso ainda não se traduziu em números razoáveis de intenção de voto, com uma média de 14% até 16% na última pesquisa do Ibope.

O governador pernambucano, o economista Eduardo Campos, há quase oito anos é presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro. O PSB, no mês de setembro, entregou os seus cargos no Planalto para a criação do cenário ideal de lançamento de sua pré-candidatura à presidência da República. A ex-senadora Marina Silva se filiou aos quadros da agremiação socialista no final do mês de outubro, para apoiar o Eduardo Campos no pleito eleitoral de 2014. Os últimos movimentos nacionais do PSB não foram traduzidos em crescimento eleitoral, para o seu principal postulante, que manteve um número modesto na última sondagem do Ibope: entre 4% a 5% de votos estimulados.
A executiva nacional do Partido da Social Democracia Brasileira tem feito enorme pressão no futuro presidenciável Aécio Neves (MG), para uma mudança na sua postura moderada de pré-candidatura de oposição, em relação ao Planalto. Aécio Neves não procura ser um postulante tucano de perfil truculento como desejam os diretórios estaduais: São Paulo, Paraná, Pará, Goiás. O PSDB construiu, nos últimos dias, uma aliança nacional com os Democratas e o Solidariedade em torno do senador Aécio Neves que somente tem índices razoáveis de popularidade no eleitorado de perfil oposicionista.
A executiva nacional do Partido Socialista Brasileiro procura fechar uma aliança com o Partido Popular Socialista, para oxigenar a pré-campanha presidencial do governador Eduardo Campos (PSB). O PSB compreende que o não crescimento de intenção de voto do seu principal postulante, para a presidência da República, nas próximas pesquisas eleitorais, já será um entrave para trazer outros partidos para a sua coligação nacional.


Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Cadê as Oposições?

Em artigo enviado ao Blog, o sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa comenta da necessidade de Cid Gomes em administrar no Ceará um segundo palanque.Segunda - feira 18 de Novembro de 2013. Confira:
O governador Cid Gomes construiu o maior condomínio político-eleitoral da história política do Ceará, para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), no próximo pleito eleitoral. O seu maior problema será administrar o segundo ou terceiro palanque nacional do candidato do Partido Republicano da Ordem Social, para o Governo do Estado do Ceará.
A maioria dos aliados do governador Cid Gomes já tem uma aliança, com a presidente Dilma Rousseff (PT), como também com representantes dos partidos de oposição a nível nacional ao Planalto na sua base governista local. O seu arco de partidos da sua base eleitoral é algo em torno de 11 legendas partidárias, com representação no Congresso: PROS – PT – PP – PSD – PDT – SOLIDARIEDADE – DEM – PTB – PC do B – PPS. O PMDB fez parte das últimas alianças eleitorais dos aliados dos irmãos Gomes, mas a sua permanência ainda é uma incógnita na próxima coligação partidária governista, como cabeça de chapa para o cargo de governador.
O Partido Popular Socialista até pouco tempo fazia parte do bloco de oposição ao governador Cid Gomes (PROS), pois no final de 2012, o empresário Alexandre Pereira foi convidado a fazer parte do Governo Estadual, atualmente ocupa o cargo de presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico. O PPS deverá ter uma candidatura própria ou irá apoiar o presidenciável socialista Eduardo Campos, já a nível estadual irá compor a coligação partidária do Palácio da Abolição.

O Democrata deverá apoiar a eleição do candidato do governador Cid Gomes (PROS), na sucessão estadual de 2014. O DEM faz parte da aliança nacional de apoio ao presidenciável tucano Aécio Neves junto com o Solidariedade. O presidente estadual do DEM, o ex–deputado Moroni Torgan, já declarou que vai fazer parte da coligação partidária sob a liderança do PROS, mas mantém o apoio nacional ao PSDB.
O governador Cid Gomes deverá permitir a construção de um segundo palanque nacional na coligação do seu candidato para o Governo do Estado do Ceará. O DEM e o Solidariedade já fazem parte da coligação nacional do PSDB e não irão fugir desse compromisso imposto por suas direções nacionais. O PPS poderá fazer aliança nacional com o PSB, por outro lado apoiará a eleição do candidato do PROS, na sucessão estadual. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,Sociólogo & Consultor Político


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma, Aécio e Eduardo são Centristas

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 13 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/dilma-aecio-e-eduardo-sao-centristas

A sucessão presidencial de 2014, no Brasil, já começa a apresentar algumas características distintas dos últimos pleitos eleitorais, pois está sob o signo do fim da polarização ideológica entre a esquerda e a direita. Assistimos ao surgimento de três pré-candidaturas com tendências de centristas ou moderados: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves(PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Os três polos partidários-eleitorais não procuram as rotulações clássicas de centro-esquerda ou centro-direita, pelo contrário, fogem desses estereotípicos da sociologia política. O pré-candidato de centro é quase sempre o que representa o governo ou a continuidade administrativa, mas já no pleito eleitoral do próximo ano, para Presidência da República, todas as principais candidaturas não têm interesse no debate ideológico que causa sempre uma limitação inoportuna no espectro político-eleitoral.

O fim da polarização entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia Brasileira já acontecia há algum tempo, com a própria eleição da atual presidente da República, a petista Dilma Rousseff, com uma postura administrativa sem perfil ideológico de centro-esquerda, para uma postura de política moderada, fato que foi fundamental para atrair o eleitor de centro- direita, no segundo turno em 2010.


A presidente Dilma Rousseff (PT) procura impor uma marca administrativa de perfil neodesenvolvimentista na área econômica, sem demonstrar nenhum traço do tradicional discurso neopopulista da esquerda na América Latina. O Partido dos Trabalhadores, por outro lado, procura impor uma marca de social popular (lulista) nas principais ações administrativas do Planalto. Dilma Rousseff não tem interesse de substituir o seu discurso pró-mercado pela preocupação com questões sociais da sociedade civil.

O presidenciável tucano Aécio Neves procura ser o primeiro candidato de oposição a não representar uma ruptura na atual administração na área econômica e das políticas públicas sociais, como uma espécie de continuísmo oposicionista. O PSDB caminha para uma postura centrista que abandona o espectro ideológico de centro-direita de ser pró-mercado sem tem visão social para as mazelas das populações de baixa renda.

O presidenciável socialista Eduardo Campos procura ser o primeiro candidato da base governista que não é do Partido dos Trabalhadores, com críticas pontuais na área econômica, sem apresentar tendência de ser o típico dissidente que renegaria o legado social dos governos petistas nos últimos doze anos. Eduardo Campos deseja o eleitor de centro-esquerda, que já foi petista, porém o mesmo tem postura moderada no discurso político, para atrair o eleitor centro- direita que é anti-lulista.




segunda-feira, 11 de novembro de 2013

José Guimarães e a Real Política no PED do PT – Ceará

O resultado do Processo de Eleição Direta do Partido dos Trabalhadores seção Ceará, já foi uma grande vitória do deputado federal José Nobre Guimarães para o comando estadual. O novo presidente, o sindicalista De Assis Diniz representa o pragmatismo político-eleitoral do Planalto, sem discussão paralela nas instituições internas do PT local.

O governador Cid Gomes (PROS) não vai discutir com as várias correntes internas petistas na montagem da chapa majoritária para o Governo Estadual em 2014. O deputado federal José Nobre Guimarães será praticamente  o  único representante dos interesses eleitorais do Planalto e de sua agremiação partidária, na mesa de negociação com a direção estadual do Partido Republicano da Ordem Social.

O Partido dos Trabalhadores saiu apenas com uma pequena representatividade dos seus setores nos movimentos populares da sociedade civil, pois atua com o novo status de “partido do sistema”, com a sua maior força vindo das políticas públicas do Planalto e do Palácio da Abolição. O petismo-cidista tem a hegemonia interna nas decisões referentes ao fechamento da aliança com o candidato do atual chefe do executivo estadual, no pleito eleitoral de 2014.


A secretaria estadual da Educação, a pedagoga Izolda Cela (PROS), já pode ser considerada a grande vitoriosa do PED 2013 no PT do Ceará. A sua pré- candidatura no partido do governador Cid Gomes (PROS), com certeza terá o aval da nova direção estadual do Partido dos Trabalhadores. A cabeça de chapa da chapa majoritária, com uma cidista que possui o DNA petista e na vaga do candidato ao Senado, um petista, com DNA cidista. A chapa ao estilo petista- cidista.



Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo & Consultor Político



sábado, 9 de novembro de 2013

Tasso Jereissati e o confronto ao Lulismo Cearense

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) durante o programa eleitoral gratuito do Partido da Social Democracia Brasileira, seção Ceará, foi responsável por uma série de críticas negativas à atual administração pública do Governo Estadual. O principal alvo era o condomínio político-administrativo do lulismo cearense que administra as principais máquinas públicas, pois o governador Cid Gomes (PROS), já fecha um ciclo de oito anos à frente do executivo, com a parceria do atual prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS), que assumiu o lugar da ex-prefeita Luzianne Lins (PT).

Durante um longo período a política local foi dividida entre as forças politicas pró-Tasso Jereissati e as força anti-Tasso Jereissati, nesses confrontos, o PSDB elegeu três governadores consecutivos (Ciro Gomes, Tasso Jereissati, Lúcio Alcântara), com a maioria dos senadores eleitos ( Beni Veras, Sérgio Machado, Luis Pontes, Tasso Jereissati), nos pleitos eleitorais: 1990, 1994, 1998 e 2002. No segundo turno para o Governo estadual de 2002, o tom do debate eleitoral era a participação dos candidatos numa provável parceria, com o futuro presidente da Republica, que foi eleito, pelo Partido dos Trabalhadores, o ex-metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva, pois o governador cearense eleito naquele momento, o senador tucano Lúcio Alcântara, fez o palanque Lúcio-Lula, para derrotar o candidato petista, o vereador fortalezense José Airton, por apenas 3.000 votos.

O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O final da hegemonia-eleitoral das forças tassistas já era fato na correlação das correntes internas no período da administração estadual do governador Lúcio Alcântara (2003 -2006). O chefe do executivo era parceiro do Planalto nas políticas públicas, mas não rompeu com o senador Tasso Jereissati para ser aliado político do Partido dos Trabalhadores. O prefeito de Sobral, o engenheiro Cid Gomes, iria se tornar o principal aliado do PT local, sem romper com a ala tassista do PSDB.

O lulismo cearense foi vitorioso no pleito eleitoral de 2006 para o Governo do Estado do Ceará, e para única vaga do Senado. O tassismo não compreendeu que já não era mais a principal força política cearense e que o seu principal adversário não era o anti-Tasso Jereissati e as suas várias facções, mas sim o condomínio político- administrativo sobre a liderança nacional do presidente Lula (PT).

O senador Tasso Jereissati ainda levou o PSDB para base de apoio do governador Cid Gomes (PROS), no seu primeiro Governo estadual (2007 – 2010). No final dessa mesma administração os tucanos romperam com o chefe do executivo, mas já era tarde, a derrota do seu único senador, no pleito eleitoral de 2010, já era a concretização da hegemonia do lulismo cearense. Tasso Jereissati não assumiu a tarefa de construir o anti - lulismo cearense nos últimos três anos do segundo mandato do atual chefe do executivo estadual, como liderança maior do PSDB local. 

O governador Cid Gomes (PROS) aceitou rebater as criticas negativas do presidente de honra do PSDB do Ceará, o empresário Tasso Jereissati, apenas para se reafirmar como a principal liderança do lulismo cearense, pois as outras lideranças lulistas não compreenderam o ataque dos tucanos cearenses ao atual condomínio político-administrativo sobre a liderança da presidente Dilma Rousseff (PT). Cid Gomes já absorveu a totalidade das ex – lideranças tucanas ao seu staff político-administrativo, nos seus dois mandatos a frente do Governo do Ceará. O ex-senador Tasso Jereissati apenas reproduz a nível estadual, o discurso nacional do PSDB contra a hegemonia do lulismo na politica.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e o PMDB – PT

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 06 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:

A presidente Dilma Rousseff (PT) não esperava um cenário de popularidade bem menor no seu terceiro ano de governo do primeiro mandato. As últimas pesquisas (Datafolha, Ibope, Sensus, Vox Populi) de opinião pública  informaram que a presidente tem  hoje uma média de 38% de bom / ótimo de aprovação popular e já teve o dobro desse índice no final do ano de 2012.

O Planalto perdeu esse precioso capital político ainda no primeiro semestre de 2013, quando houve uma queda nos índices de popularidades nos grandes centros urbanos e nas classes médias. O espaço de manobra da presidente Dilma Rousseff para agir e acomodar os interesses eleitorais do PT e do PMDB, já fica cada vez menos dependente de sua outrora alta popularidade.

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro demonstra uma insatisfação latente com a parceria de quase três anos, com o Partido dos Trabalhadores, na administração pública do Governo Federal. O PMDB deseja ser um parceiro político- administrativo de maior peso na Esplanada dos Ministérios no início do próximo ano, que será um período marcado pelas ações para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

A direção nacional do Partido dos Trabalhadores não aceita que os seus pré- candidatos aos governos estaduais sejam “moeda de troca” na barganha política-eleitoral, com os aliados do Planalto. O PT não está disposto a ser um mero coadjuvante na montagem dos palanques regionais da presidente Dilma Rousseff (PT). Os palanques duplos talvez sejam a tônica das campanhas estaduais do PT e seus aliados.

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procura reorganizar o núcleo político -eleitoral da presidente Dilma Rousseff através do seu Instituto Lula com sede em São Paulo. O cenário sucessório não é um céu de brigadeiro para atual chefe do executivo no Governo Federal, mas não é o inferno de Dante, que a mídia nacional tenta pintar. A parceria Lula e Dilma ocorre em duas frentes  internas para sucessão presidencial de 2014, que são os interesses conflitantes do PT e do PMDB nos palanques regionais, e a popularidade mediana do Planalto na opinião pública.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) procura consolidar os palanques locais onde o PT tem a obrigação de apoiar os pré-candidatos peemedebistas, como parte da revisão da aliança desses dois partidos na sucessão presidencial do próximo ano. A presidente Dilma Rousseff (PT) cederá espaço na máquina pública do Governo Federal na reforma do seu Ministério para o PMDB, no inicio do ano, mas não negociará os palanques locais, sem antes aumentar os seus índices de popularidade no primeiro semestre de 2014. 



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Cid Gomes, o eu sozinho na sucessão 2014?

Com o título “Cid Gomes e a consolidação do palanque Dilma no Ceará”, eis artigo do sociólogo e consultor político Luís Cláudio Ferreira Barbosa. Ele aborda o fato de que o governador agora está sozinho na escolha e no processo sucessório 2014. Não deverá contar com a amiga Dilma Rousseff no descascar opções para o Palácio do Planalto, já que ela espera não causar atritos com seu maior parceiro nacional, o PMDB. Confira:
O governador Cid Gomes (PROS) terá como o seu principal aliado, no próximo pleito eleitoral de 2014, somente a si mesmo como parceiro político-eleitoral no Estado. Cid Gomes, quando iniciou o seu primeiro mandato, tinha três principais aliados estaduais: Tasso Jereissati (PSDB), Luzianne Lins (PT) e Eunício Oliveira (PMDB). No final do seu segundo mandato, não tem nenhum triunvirato de aliados, mas somente a decisão unilateral de escolher o seu sucessor nos quadros do Partido Republicano da Ordem Social.
No ano de 1982 o Partido Democrático Social do governador Virgílio Távora (1979 – 1983) tinha a certeza da vitória sobre o candidato da oposição consentida do PMDB, o senador Mauro Benevides, na eleição para governador. A decisão da escolha do vitorioso, daquele pleito eleitoral, foi feita pelo presidente João Batista Figueiredo, o candidato foi o economista Gonzaga Mota, que foi eleito, com enorme votação para o Governo do Estado do Ceará.

A história nunca se repete duas vezes, mas no caso do Ceará, já pode se dizer, que sim. A presidente Dilma Rousseff não vai indicar o candidato do governador Cid Gomes entre os quadros do Partido Republicano da Ordem Social, mas já fez a opção de ser parceira principal da política nacional dos irmãos Gomes, na sucessão presidencial de 2014, em solo cearense.
A presidente Dilma Rousseff (PT) não vai entrar em zona de atrito com o governador Cid Gomes (PROS), em função da pressão política-eleitoral da direção nacional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Dilma Rousseff já definiu o seu desejo de privilegiar o palanque estadual dos irmãos Gomes no Estado do Ceará, com isso demonstra que não tem interesse em subir num segundo palanque local. O Planalto precisa de uma votação maciça em solo cearense para equilibrar a perda dos votos da região Nordeste, para o futuro presidenciável Eduardo Campos (PSB), no primeiro turno das eleições de 2014.
O governador Cid Gomes já alimenta várias pré-candidaturas internas no Partido Republicano da Ordem Social visando criar um debate público, onde o nome forte de sua sucessão a frente do Governo estadual, sem dúvida, será um correligionário do seu partido. A titular da Secretaria Estadual de Educação, a pedagoga Izolda Cela, poderá ser a candidata ao Governo de comum acordo entre o PROS e o PT, com a bênção do Planalto.

* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.


sábado, 2 de novembro de 2013

Cid Gomes e a aliança com Dilma Rousseff

O governador Cid Gomes (PROS) começa a construir a sua chapa majoritária para o Governo do Estado do Ceará. O Partido da República da Ordem Social terá candidatura própria no pleito eleitoral de 2014, a mais provável candidatura será da secretária estadual Izolda Cela, em detrimento da postulação do senador Eunicio Oliveira do Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

Os dois mandatos do atual chefe do executivo do Ceará, sempre foi um enorme condomínio-administrativo, com vários grupos políticos. No decorrer dos últimos pleitos eleitorais alguns desses grupos foram expulsos do centro do poder: Tasso Jereissati (2010) e a Luzianne Lins (2012).


O sociólogo Luiz Cláudio Barbosa
O presidente estadual do PMDB, o senador Eunício Oliveira, já começa a entrar em confronto com o atual presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado estadual José Albuquerque (PROS), pela não entrada do suplente do PMDB no lugar de um parlamentar titular da Casa do Povo. Eunicio Oliveira (PMDB) usou esse incidente para começar a  vetar as pré- candidaturas do PROS, sem muito sucesso, o suplente de deputado estadual do PMDB, não assumiu, nem houve tentativa do governador em contornar o incidente político-eleitoral com seu aliado tradicional.

O governador Cid Gomes (PROS) começa a fazer um trabalho a nível nacional para se tornar o anti- Eduardo Campos (PSB), na região do Nordeste. O peso político-eleitoral do Ceará é proporcional ao do seu ilustre vizinho (Pernambuco), por isso a presidente Dilma Rousseff não contraria o seu principal aliado nesta região do Brasil.

A presidente Dilma Rousseff (PT) compreende a pressão da direção nacional do PMDB, mas a mesma não aceita entrar em choque, com o seu principal aliado na região Nordeste. O governador Cid Gomes tem uma pré-candidatura no PROS, com capacidade de agradar o Partido dos Trabalhadores, nesse caso a titular da Secretaria Estadual da Educação, a pedagoga Izolda Cela, que teria como provável companheiro de chapa majoritária, o deputado federal José Nobre Guimarães, na única vaga para Senado.

O senador Eunicio Oliveira (PMDB) não esperava o seu esvaziamento na política nacional, com aval do Planalto. A presidente Dilma Rousseff (PT) vai oferecer algo que ainda não tem nesse momento, a indicação do futuro presidente do biênio (2015 -2016) do Senado, pois a sua reeleição ainda não passou no teste da urna, no próximo ano. Eunicio Oliveira (PROS) não terá nenhuma garantia dos seus antigos aliados sobre a sua indicação, como pré- candidato único do palanque estadual de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), em solo cearense.


Artigo no Jornal O Estado - TweetFor e o Mundo Real

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 30 de outubro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/tweetfor-e-o-mundo-real


As redes sociais já são parte do cotidiano de uma parcela significativa da população mundial. A conexão com o mundo através de um computador ou celular  é  uma necessidade  real e já  representa uma das principais formas de se sentir parte da sociedade. O fenômeno da globalização do microcosmo da vida privada no macrocosmo da nova praça pública:  Internet.
A mudança de participação social do mundo real para o mundo virtual tem sido o grande debate das ciências humanas no início do século XXI. O cidadão cibernético do espaço público abstrato não é sempre o mesmo cidadão pleno da sociedade civil. O debate de temas públicos,  por exemplo, é travado calorosamente no universo das redes sociais, em detrimento de uma rotina cívica no mundo real.
O Twitter foi inventado para ser um miniblog individual compartilhado com uma rede de amigos de suas opiniões ou atos sociais. O alcance deveria ser restrito e personalizado ao mundo privado de cada detentor dessa ferramenta cibernética. O Twitter já é sinônimo de participação social nas ações positivas da cidadania plena em nossa nação e na sociedade mundial.
O Programa Pela Ordem - TV Fortaleza - 30 de outubro de 2013 

Nos grandes centros urbanos brasileiros, o universo do Twitter foi responsável pela criação de várias comunidades que passarão da fase dos encontros virtuais para os encontros reais. O novo bate-papo público baseado no seu universo online que saiu das telas dos meios de comunicação para um espaço privado de reuniões.
Na cidade de Fortaleza, esse processo de fazer uma grande reunião com os participantes mais ativos do Twitter, foi organizado, no ano de 2010, e recebeu o nome de TweetFor. A pequena confraternização dos twitteiros fortalezenses não ficou restrita a um pequeno ato social. O  TweetFor é o maior encontro social de membros do Twitter das regiões Norte – Nordeste do Brasil.
O TweetFor representa o maior encontro social deste tipo e reúne indivíduos das mais variadas  áreas profissionais, com o objetivo de  uma maior interação entre eles numa grande festa . Há três anos consecutivos, o evento é realizado, no final do ano, no bosque do Marina Park Hotel.
Os idealizadores do TweetFor são os amigos  Freitas Júnior , Alfredo Marques e Sávio Queiroz, e mais alguns integrantes não citados nesse artigo. No próximo ano, o evento deverá ter uma característica de influência à opinião pública das redes sociais, com várias palestras. O Twitter segue fortalecido e será por muito tempo o maior palco de debates públicos na sociedade brasileira, com grande potencial para ser responsável em organizar grandes manifestações.

Artigo no Jornal O Estado - A Reavaliação de Aécio Neves

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 23 de outubro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/reavaliacao-de-aecio-neves

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) começa a reavaliar o futuro de sua candidatura presidencial, após a criação da aliança entre o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva (REDE-AC), para a sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), no pleito eleitoral de 2014.
A ascensão política do senador Aécio Neves (PSDB) somente veio a acontecer nos últimos dois anos da presidência do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2003), quando o mesmo foi eleito presidente da Câmara Federal. Aécio Neves recebeu o apoio do ex-governador mineiro Itamar Franco (PMDB) para ser eleito  chefe do executivo do Estado de Minas Gerais, no pleito eleitoral de 2002, onde saiu vitorioso.
O sociólogo Luiz Cláudio Barbosa

Os seus dois mandatos (2003–2010) de governador de Minas Gerais são coincidentes, com o período do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Planalto. Aécio Neves (PSDB) mantém uma relação de não enfrentamento com o Partido dos Trabalhadores na política mineira, pois a maioria de seus aliados locais são lulistas. O tucano mineiro sempre coabitou bem nas políticas públicas com o Planalto.
A política de conciliação das elites na política mineira sempre foi a matriz ideológica do senador tucano Aécio Neves, para fazer a sua base eleitoral interna entre as lideranças estaduais do PSDB. Na construção da imagem de presidenciável para o pleito eleitoral de 2014, o tucano Aécio Neves, manteve essa marca do político conciliador, entre os seus aliados e os adversários, indo contra o desejo do tucanato paulista que desejava a manutenção do confronto político-eleitoral com o Partido dos Trabalhadores, nos últimos pleitos eleitorais, em São Paulo e Brasil.
A direção nacional do Partido da Social Democracia Brasileira já não desejava a manutenção da polarização imposta pelo o Partido dos Trabalhadores, nos últimos três pleitos eleitorais a nível nacional, onde os candidatos petistas foram os vitoriosos. O futuro presidenciável tucano, o senador Aécio Neves, já defendia o pensamento político-administrativo do pós-lulismo, nos seus discursos para atrair os eleitores moderados do lulismo, isso sem perder apoio do eleitor anti-lulista, com essa postura ele pretende alcançar a simpatia da maioria dos eleitores, para ser eleito presidente da República.
O surgimento da aliança entre o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e da  ex -senadora Marina Silva (Rede) poderá esvaziar o discurso pós-lulismo do senador tucano Aécio Neves, com isso irá diminuir o capital político- eleitoral do bloco partidário PSDB – DEM, na sucessão presidencial de 2014.

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - A Escolha de Sofia de Dilma: Eunício ou Cid Gomes?

Com o título “A Escolha de Sofia de Dilma Rousseff: Eunício Oliveira ou Cid Gomes?”, eis artigo do sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sobre o cenário 2014 no Estado - 21 de novembro de 2013. Para ele, a presidente Dilma Rousseff terá um abacaxi pela frente: manter a unidade da aliança política no Ceará, sem desagradar aos grupos de Eunício  e Cid Gomes, sem falar no seu PT. Confira:
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/a-escolha-de-sofia-de-dilma-eunicio-ou-cid-gomes/

O senador Eunício Oliveira (PMDB) não deseja o rompimento com os seus atuais aliados na política cearense: Partido do Trabalhadores e os Irmãos Gomes. O presidente estadual peemedebista refuta qualquer ideia de desmontar o atual condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes (PROS), mas já se coloca como o seu principal pré-candidato à sucessão estadual.
O comando nacional do Partido dos Trabalhadores mantém uma agenda comum com o seu principal aliado na esfera administrativo-partidária, no caso o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, para a construção de vários palanques regionais de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB) no próximo pleito eleitoral. O palanque local será da cabeça de chapa do PMDB com o apoio do PT, já num pré-acordo orquestrado pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e a cúpula nacional peemedebista.
O governador Cid Gomes saiu do seu antigo domicilio eleitoral para um novo partido somente para ficar na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), numa manobra de transferência maciça de parlamentares e de prefeitos para o Partido Republicano da Ordem Social (PROS-90). Esse fato foi único, nesse semestre, uma demonstração explicita de lealdade política ao Planalto.
O sociólogo Luiz Cláudio Barbosa

O processo nacional de aliança partidária sobre a tutela do Planalto será mais forte do que o controle da política local do grupo partidário dos irmãos Gomes. A presidente Dilma Rousseff (PT) não deseja desmontar o palanque único na política cearense, mas tem uma escolha de Sofia a fazer, pois precisará desagradar a um dos seus principais aliados: Eunício Oliveira (PMDB) ou Cid Gomes (PROS).

O senador Eunício Oliveira (PMDB) não é o principal pré-candidato à sucessão estadual do governador Cid Gomes (PROS), por isso a decisão final ocorrerá em Brasília sobre a tutela da presidente Dilma Rousseff (PT), nos próximos meses (Janeiro-Abril) do período pré-eleitoral de 2014. Cid Gomes (PROS) deseja a manutenção do projeto de fazer o seu sucessor na chefia do Governo do Estado. Eunicio Oliveira (PMDB) precisa demonstrar uma capacidade ímpar de liderança para impor a força da aliança nacional do seu partido com o Partido dos Trabalhadores sobre os interesses do continuísmo administrativo-político do grupo dos irmãos Gomes, na política local, no pleito eleitoral de 2014.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,
Sociólogo e consultor político.



Artigo no Jornal O Estado - Os três polos da política brasileira

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 16 de outubro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/os-tres-polos-da-politica-brasileira



A última pesquisa Datafolha para Presidência da República, divulgada no último sábado (12/10), já trouxe uma certeza: o crescimento do presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE) nas intenções de votos na pesquisa estimulada, pois cresceu de 8% para 15%, com a saída da ex-senadora Marina Silva do questionário principal. Eduardo Campos começa um processo lento e gradual de conquista do eleitorado tradicional da ex-senadora Marina Silva.
A presidente Dilma Rousseff (PT) ainda mantém um enorme capital político- eleitoral, com aproximadamente 42% das intenções de voto na pesquisa estimulada. A sua aprovação pessoal está na casa dos 38% de Ótimo / Bom entre os entrevistados da pesquisa Datafolha. O Partido dos Trabalhadores procura valorizar esses números, nada desprezíveis, de sua provável candidata para permanecer mais quatro anos no Planalto. O modelo de embate com a chapa tucana-demo já não será o pensamento matriz da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

O senador Aécio Neves (PSDB) conquista a segunda colocação ou polarização em relação à candidatura petista na corrida para sucessão presidencial. O índice de 21% na opinião pública nacional, isso pode ser um alento temporário, para a cúpula partidária tucana, pois as suas principais fortalezas estão localizadas nas regiões sul / sudeste / centro-oeste no mapa político-eleitoral do Brasil. Aécio Neves não cresceu nas outras regiões brasileiras (norte / nordeste), com a saída da ex-senadora Marina Silva do questionário principal dos prováveis presidenciáveis na pesquisa estimulada do Datafolha.
O sociólogo Luiz Cláudio Barbosa

O Lulismo sem Lula começa a esboçar o seu principal representante no pleito eleitoral de 2014, para presidente da República, com a candidatura do socialista, Eduardo Campos (PE), como a terceira via. A construção desse novo condomínio político-eleitoral só foi possível, com a iniciativa da ex-presidenciável Marina Silva de renunciar à sua postulação, para apoiar o presidenciável do PSB.

O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) iniciou o processo de construção de vários palanques regionais, com os militantes da Rede de Sustentabilidade, que se filiaram ao PSB junto com a ambientalista Marina Silva, no dia 05 de outubro de 2013, na cidade de Brasília. Os membros da Rede vão compor um subconjunto na agremiação partidária socialista, como uma corrente ao estilo petista. O Partido Socialista nunca permitiu a criação de correntes internas, na sua história política, este fato poderá trazer transtornos para as alianças já firmadas, em parceria com o bloco PSDB-DEM nos estados, para futuros palanques locais.