sábado, 2 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Lulismo sem Lula II

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 09 de outubro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/lulismo-sem-lula-0


A ex-senadora Marina Silva fez uma manobra inusitada para os padrões da política nacional, já que a mesma abriu mão de sua pré-candidatura presidencial para apoiar o provável presidenciável do Partido Socialista Brasileiro, o governador pernambucano Eduardo Campos, no próximo pleito eleitoral de 2014.
A Rede de Sustentabilidade deverá ser a segunda maior corrente interna do Partido Socialista Brasileiro, com ganho político-eleitoral, para construção dos palanques regionais, para as eleições de 2014. O PSB sai fortalecido nas alianças regionais já construídas em parceria, com o Partido da Social Democracia Brasileira, com possibilidade de ser o principal partido de oposição ao Governo Federal.

A construção do polo político-eleitoral, formado por antigos aliados do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ou Lula, para o lançamento de chapa majoritária para presidente e vice-presidente da República é o novo movimento na esfera política. O PSB tem uma chapa pura para derrotar o sonho da presidente Dilma Rousseff (PT) de ser reeleita no próximo ano.
O lulismo sempre foi o estilo político-administrativo dos oitos anos de mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a frente do Planalto. O crescimento econômico nos últimos dez anos, com a saída de um grande contingente de membros das classes D e E, para a nova classe média, sem dúvida foi a sua principal marca positiva.
A presidente Dilma Rousseff (PT) acreditava na continuação do lulismo no centro do poder, assim como o Partido dos Trabalhadores, como a maior agremiação partidária, a permanecer no comando do Planalto. O surgimento do lulismo sem Lula coloca em xeque-mate a tese do continuísmo do atual governo federal, na preferência política dos seus leitores cativos: os lulistas.
A provável chapa majoritária do Eduardo Campos e da Marina Silva tem apelo político-eleitoral entre os lulistas das regiões Norte \ Nordeste, com respaldo nos eleitores anti-lulistas das regiões Sul \ Sudeste,  uma combinação nefasta para as pretensões eleitorais dos petistas e os peemedebistas de permanecerem por mais quatro anos no Poder Executivo do governo federal.
O senador Aécio Neves (PSDB) poderá ser prejudicado nas suas pretensões de ser o principal adversário da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).  A chapa tucana poderá se esvaziar como proposta de interromper o continuísmo do lulismo no poder central. O lulismo sem Lula pode ser a preferência eleitoral do eleitor tradicional anti-Lula, que nos últimos pleitos eleitorais presidenciais, não votou nos candidatos do Partido dos Trabalhadores.

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