quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma, Aécio e Eduardo são Centristas

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 13 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/dilma-aecio-e-eduardo-sao-centristas

A sucessão presidencial de 2014, no Brasil, já começa a apresentar algumas características distintas dos últimos pleitos eleitorais, pois está sob o signo do fim da polarização ideológica entre a esquerda e a direita. Assistimos ao surgimento de três pré-candidaturas com tendências de centristas ou moderados: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves(PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Os três polos partidários-eleitorais não procuram as rotulações clássicas de centro-esquerda ou centro-direita, pelo contrário, fogem desses estereotípicos da sociologia política. O pré-candidato de centro é quase sempre o que representa o governo ou a continuidade administrativa, mas já no pleito eleitoral do próximo ano, para Presidência da República, todas as principais candidaturas não têm interesse no debate ideológico que causa sempre uma limitação inoportuna no espectro político-eleitoral.

O fim da polarização entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia Brasileira já acontecia há algum tempo, com a própria eleição da atual presidente da República, a petista Dilma Rousseff, com uma postura administrativa sem perfil ideológico de centro-esquerda, para uma postura de política moderada, fato que foi fundamental para atrair o eleitor de centro- direita, no segundo turno em 2010.


A presidente Dilma Rousseff (PT) procura impor uma marca administrativa de perfil neodesenvolvimentista na área econômica, sem demonstrar nenhum traço do tradicional discurso neopopulista da esquerda na América Latina. O Partido dos Trabalhadores, por outro lado, procura impor uma marca de social popular (lulista) nas principais ações administrativas do Planalto. Dilma Rousseff não tem interesse de substituir o seu discurso pró-mercado pela preocupação com questões sociais da sociedade civil.

O presidenciável tucano Aécio Neves procura ser o primeiro candidato de oposição a não representar uma ruptura na atual administração na área econômica e das políticas públicas sociais, como uma espécie de continuísmo oposicionista. O PSDB caminha para uma postura centrista que abandona o espectro ideológico de centro-direita de ser pró-mercado sem tem visão social para as mazelas das populações de baixa renda.

O presidenciável socialista Eduardo Campos procura ser o primeiro candidato da base governista que não é do Partido dos Trabalhadores, com críticas pontuais na área econômica, sem apresentar tendência de ser o típico dissidente que renegaria o legado social dos governos petistas nos últimos doze anos. Eduardo Campos deseja o eleitor de centro-esquerda, que já foi petista, porém o mesmo tem postura moderada no discurso político, para atrair o eleitor centro- direita que é anti-lulista.




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