sábado, 2 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - A Reavaliação de Aécio Neves

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 23 de outubro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/reavaliacao-de-aecio-neves

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) começa a reavaliar o futuro de sua candidatura presidencial, após a criação da aliança entre o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva (REDE-AC), para a sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), no pleito eleitoral de 2014.
A ascensão política do senador Aécio Neves (PSDB) somente veio a acontecer nos últimos dois anos da presidência do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2003), quando o mesmo foi eleito presidente da Câmara Federal. Aécio Neves recebeu o apoio do ex-governador mineiro Itamar Franco (PMDB) para ser eleito  chefe do executivo do Estado de Minas Gerais, no pleito eleitoral de 2002, onde saiu vitorioso.
O sociólogo Luiz Cláudio Barbosa

Os seus dois mandatos (2003–2010) de governador de Minas Gerais são coincidentes, com o período do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Planalto. Aécio Neves (PSDB) mantém uma relação de não enfrentamento com o Partido dos Trabalhadores na política mineira, pois a maioria de seus aliados locais são lulistas. O tucano mineiro sempre coabitou bem nas políticas públicas com o Planalto.
A política de conciliação das elites na política mineira sempre foi a matriz ideológica do senador tucano Aécio Neves, para fazer a sua base eleitoral interna entre as lideranças estaduais do PSDB. Na construção da imagem de presidenciável para o pleito eleitoral de 2014, o tucano Aécio Neves, manteve essa marca do político conciliador, entre os seus aliados e os adversários, indo contra o desejo do tucanato paulista que desejava a manutenção do confronto político-eleitoral com o Partido dos Trabalhadores, nos últimos pleitos eleitorais, em São Paulo e Brasil.
A direção nacional do Partido da Social Democracia Brasileira já não desejava a manutenção da polarização imposta pelo o Partido dos Trabalhadores, nos últimos três pleitos eleitorais a nível nacional, onde os candidatos petistas foram os vitoriosos. O futuro presidenciável tucano, o senador Aécio Neves, já defendia o pensamento político-administrativo do pós-lulismo, nos seus discursos para atrair os eleitores moderados do lulismo, isso sem perder apoio do eleitor anti-lulista, com essa postura ele pretende alcançar a simpatia da maioria dos eleitores, para ser eleito presidente da República.
O surgimento da aliança entre o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e da  ex -senadora Marina Silva (Rede) poderá esvaziar o discurso pós-lulismo do senador tucano Aécio Neves, com isso irá diminuir o capital político- eleitoral do bloco partidário PSDB – DEM, na sucessão presidencial de 2014.

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