sábado, 9 de novembro de 2013

Tasso Jereissati e o confronto ao Lulismo Cearense

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) durante o programa eleitoral gratuito do Partido da Social Democracia Brasileira, seção Ceará, foi responsável por uma série de críticas negativas à atual administração pública do Governo Estadual. O principal alvo era o condomínio político-administrativo do lulismo cearense que administra as principais máquinas públicas, pois o governador Cid Gomes (PROS), já fecha um ciclo de oito anos à frente do executivo, com a parceria do atual prefeito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS), que assumiu o lugar da ex-prefeita Luzianne Lins (PT).

Durante um longo período a política local foi dividida entre as forças politicas pró-Tasso Jereissati e as força anti-Tasso Jereissati, nesses confrontos, o PSDB elegeu três governadores consecutivos (Ciro Gomes, Tasso Jereissati, Lúcio Alcântara), com a maioria dos senadores eleitos ( Beni Veras, Sérgio Machado, Luis Pontes, Tasso Jereissati), nos pleitos eleitorais: 1990, 1994, 1998 e 2002. No segundo turno para o Governo estadual de 2002, o tom do debate eleitoral era a participação dos candidatos numa provável parceria, com o futuro presidente da Republica, que foi eleito, pelo Partido dos Trabalhadores, o ex-metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva, pois o governador cearense eleito naquele momento, o senador tucano Lúcio Alcântara, fez o palanque Lúcio-Lula, para derrotar o candidato petista, o vereador fortalezense José Airton, por apenas 3.000 votos.

O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O final da hegemonia-eleitoral das forças tassistas já era fato na correlação das correntes internas no período da administração estadual do governador Lúcio Alcântara (2003 -2006). O chefe do executivo era parceiro do Planalto nas políticas públicas, mas não rompeu com o senador Tasso Jereissati para ser aliado político do Partido dos Trabalhadores. O prefeito de Sobral, o engenheiro Cid Gomes, iria se tornar o principal aliado do PT local, sem romper com a ala tassista do PSDB.

O lulismo cearense foi vitorioso no pleito eleitoral de 2006 para o Governo do Estado do Ceará, e para única vaga do Senado. O tassismo não compreendeu que já não era mais a principal força política cearense e que o seu principal adversário não era o anti-Tasso Jereissati e as suas várias facções, mas sim o condomínio político- administrativo sobre a liderança nacional do presidente Lula (PT).

O senador Tasso Jereissati ainda levou o PSDB para base de apoio do governador Cid Gomes (PROS), no seu primeiro Governo estadual (2007 – 2010). No final dessa mesma administração os tucanos romperam com o chefe do executivo, mas já era tarde, a derrota do seu único senador, no pleito eleitoral de 2010, já era a concretização da hegemonia do lulismo cearense. Tasso Jereissati não assumiu a tarefa de construir o anti - lulismo cearense nos últimos três anos do segundo mandato do atual chefe do executivo estadual, como liderança maior do PSDB local. 

O governador Cid Gomes (PROS) aceitou rebater as criticas negativas do presidente de honra do PSDB do Ceará, o empresário Tasso Jereissati, apenas para se reafirmar como a principal liderança do lulismo cearense, pois as outras lideranças lulistas não compreenderam o ataque dos tucanos cearenses ao atual condomínio político-administrativo sobre a liderança da presidente Dilma Rousseff (PT). Cid Gomes já absorveu a totalidade das ex – lideranças tucanas ao seu staff político-administrativo, nos seus dois mandatos a frente do Governo do Ceará. O ex-senador Tasso Jereissati apenas reproduz a nível estadual, o discurso nacional do PSDB contra a hegemonia do lulismo na politica.


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