quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e o PMDB – PT

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 06 de novembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:

A presidente Dilma Rousseff (PT) não esperava um cenário de popularidade bem menor no seu terceiro ano de governo do primeiro mandato. As últimas pesquisas (Datafolha, Ibope, Sensus, Vox Populi) de opinião pública  informaram que a presidente tem  hoje uma média de 38% de bom / ótimo de aprovação popular e já teve o dobro desse índice no final do ano de 2012.

O Planalto perdeu esse precioso capital político ainda no primeiro semestre de 2013, quando houve uma queda nos índices de popularidades nos grandes centros urbanos e nas classes médias. O espaço de manobra da presidente Dilma Rousseff para agir e acomodar os interesses eleitorais do PT e do PMDB, já fica cada vez menos dependente de sua outrora alta popularidade.

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro demonstra uma insatisfação latente com a parceria de quase três anos, com o Partido dos Trabalhadores, na administração pública do Governo Federal. O PMDB deseja ser um parceiro político- administrativo de maior peso na Esplanada dos Ministérios no início do próximo ano, que será um período marcado pelas ações para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

A direção nacional do Partido dos Trabalhadores não aceita que os seus pré- candidatos aos governos estaduais sejam “moeda de troca” na barganha política-eleitoral, com os aliados do Planalto. O PT não está disposto a ser um mero coadjuvante na montagem dos palanques regionais da presidente Dilma Rousseff (PT). Os palanques duplos talvez sejam a tônica das campanhas estaduais do PT e seus aliados.

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procura reorganizar o núcleo político -eleitoral da presidente Dilma Rousseff através do seu Instituto Lula com sede em São Paulo. O cenário sucessório não é um céu de brigadeiro para atual chefe do executivo no Governo Federal, mas não é o inferno de Dante, que a mídia nacional tenta pintar. A parceria Lula e Dilma ocorre em duas frentes  internas para sucessão presidencial de 2014, que são os interesses conflitantes do PT e do PMDB nos palanques regionais, e a popularidade mediana do Planalto na opinião pública.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) procura consolidar os palanques locais onde o PT tem a obrigação de apoiar os pré-candidatos peemedebistas, como parte da revisão da aliança desses dois partidos na sucessão presidencial do próximo ano. A presidente Dilma Rousseff (PT) cederá espaço na máquina pública do Governo Federal na reforma do seu Ministério para o PMDB, no inicio do ano, mas não negociará os palanques locais, sem antes aumentar os seus índices de popularidade no primeiro semestre de 2014. 



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