O senador
Tasso Jereissati (PSDB) tem a característica de ser político de centro ou
centro - direita, na sua vida de homem público, contudo, o posicionamento
centrista na política brasileira, já virou uma sentença de desaparecimento
eleitoral. O radicalismo criado pela direita radical é contra-atacado pelo
campo progressista, como a sua antítese eleitoral, mas, ambas não são em
hipótese algumas centristas, no campo ideológico. O eleitorado de centro-direita
do tassismo acompanhou a direita radical, em relação ao antipetismo, o senador
Tasso Jereissati (PSDB), não abraçou o lulopetismo; e ainda ficou no espectro
ideológico nacional e local, num centrismo sem eleitorado.
A
Consultoria LCFB acredita que definitivamente o senador Tasso Jereissati (PSDB)
vai dar adeus à política-eleitoral cearense, pois é muito difícil o seu novo
posicionamento. No condomínio político - administrativo do lulopetismo sob a
liderança do governador, Elmano de Freitas (PT), não há espaço e nem interesse
de aliança política - administrativa, com o senador Tasso Jereissati (PSDB). O polo
nacional-popular iliberal cearense tem a liderança emergente do senador Eduardo
Girão (PODE), como o seu principal representante, sem espaço para o senador
Tasso Jereissati que não tem identificação ideológica com a direita
radical.
O apoio
do diretório municipal fortalezense do PSDB ao candidato pedetista a prefeito
da capital cearense, o deputado estadual José Sarto (PDT), no pleito eleitoral
de 2020, sem dúvida é o marco principal do auto isolamento do senador Tasso
Jereissati (PSDB), nos setores conservadores das classes médias fortalezense,
pois era a principal base eleitoral do tassismo cearense. A vitória de José
Sarto para o cargo de prefeito de Fortaleza contra uma frente política
conservadora social que votou em peso na recondução de Tasso Jereissati ao
Congresso Alto (Senado), nos seis anos anteriores, no pleito eleitoral nacional
e estadual de 2014.
A
Consultoria LCFB acompanhou o deslocamento do eleitorado cearense de
centro-direita ou pós-liberal em direção à chapa majoritária local de Capitão
Wagner (candidato a governador) e de Raimundo Gomes de Matos (candidato a
vice-governador) e à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, no pleito
eleitoral nacional. No campo político eleitoral a direita radical e a extrema
direita também acompanharam a centro-direita cearense, como síntese de votação
dos polos em conjunto; veja a campanha ao Senado da ativista social, Kamila
Cardoso, que teve quase ⅓ votos do eleitorado cearense. É o cenário político -
eleitoral de divórcio do tassismo cearense, com o seu antigo polo conservador
social e pró - mercado financeiro.
O campo
progressista cearense apoiou a eleição do candidato petista ao Governo
Estadual, o deputado estadual Elmano de Freitas, e a candidatura vitoriosa ao
Senado do ex-governador Camilo Santana (PT), para a vaga do senador Tasso
Jereissati (PSDB), nos próximos oito anos. É preciso frisar que o campo
progressista se diluiu no lulopetismo local, como força auxiliar contra o
bolsonarismo. A influência do senador Tasso Jereissati (PSDB), no pleito
eleitoral de 2022, no campo estadual, sem dúvida foi praticamente nulo, com a
sua participação quase figurativa no palanque da chapa majoritária de Roberto
Cláudio (PDT) e do Domingos Filho (PSD), sem a participação do PSDB na
coligação partidária cirista - trabalhista.
O ex-governador
Tasso Jereissati (PSDB) vai se despedir do Senado, com o reconhecimento do
eleitorado do lulopetismo, porém, nunca teria o seu voto de confiança, já no
outro espectro ideológico, o polo conservador social cearense mantém uma
distância e silêncio sobre a saída ou despedida do senador tucano do Congresso.
A Consultoria LCFB acredita numa nova configuração da federação partidária
Cidadania - PSDB, com a possibilidade nada remota da entrada do Podemos via
articulação política do governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), nos próximos
meses.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é
diretor - gerente da Consultoria LCFB
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