quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e o Ministro Oculto ( Antônio Palocci)

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 04 de Dezembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Política Econômica - Dilma Rousseff e o Ministro Oculto ( Antônio Palocci). 
http://www.oestadoce.com.br/noticia/politica-economica


A presidente Dilma Rousseff (PT) fez a indicação do economista Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, com auxilio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-ministro, Antonio Palocci (PT), para o seu segundo mandato à frente da Presidência da República (2015-18).  Dilma Rousseff retorna à política econômica de restrição dos gastos públicos do início da Era Lula-PT.
A indicação do novo ministro da Fazenda pode ser um indicativo da construção de um novo triunvirato informal ou conselho político dentro do Planalto, para o novo mandato da chefe do Executivo. A presidente Dilma Rousseff (PT) não decidirá sobre as políticas públicas do Planalto sem consultas prévias aos petistas Luiz Inácio Lula da Silva na área de política e Antônio Palocci na área econômica. Os três atores políticos já trabalharam em conjunto no primeiro mandato petista (2003-2006) a frente do governo federal.
O ex-ministro Antônio Palocci foi importante na indicação da nova equipe da área econômica do Planalto, para os ministérios da Fazenda e do Planejamento. Antônio Palocci já trabalhou na época que foi ministro da Fazenda com o economista Nelson Barbosa, por isso foi o principal articulador político da sua indicação ao Ministério do Planejamento. Os setores organizados do mercado financeiro têm no ex-ministro Antônio Palocci o seu principal interlocutor das suas demandas de políticas públicas junto à presidente Dilma Rousseff (PT).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o pleito eleitoral de 2014 para presidente da República, já era o principal articulador político da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), porém, no contato com os empresários, delegou ao médico Antônio Palocci, seu homem de confiança, essa função de acalmar os ânimos do mercado financeiro em relação a um segundo governo da atual mandataria do Planalto.
O atual ministro da Fazenda, o economista Guida Mantega, sempre representou um contraponto às políticas econômicas do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci nos doze anos da administração petista no Planalto. O futuro ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy e o novo ministro do Planejamento, o economista Nelson Barbosa, são adeptos do controle fiscal dos gastos públicos da União, com isso, temos um retorno informal do próprio ex-ministro Antônio Palocci como um mentor intelectual da área de política econômica do Planalto nos próximos quatro anos.
A presidente Dilma Rousseff (PT) nunca escondeu o seu desejo de manutenção do atual ministro da Fazenda, o economista Guido Mantega, a frente dessa importante pasta do Planalto, mas o baixo crescimento econômico e a taxa da inflação acima das expectativas negativas do mercado financeiro e dos setores da indústria nacional, são considerados os principais motivos para o retorno de uma política econômica de corte dos gastos públicos ao estilo administrativo-econômico do período de Antônio Palocci no primeiro mandato (2003-2006) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.

Entrevista para equipe de jornalismo da TV Fortaleza

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