quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Artigo no Blog do Eliomar - O voto no candidato do continuísmo: consentido ou não consentido

Com o título “O meu voto é duas opções: consentido (Camilo) ou não consentido (Eunício)?”, eis artigo de Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político. Ele analisa um cenário “confuso”, envolvendo dois candidatos que são ou saíram do mesmo condomínio político de Cid Gomes. De quebra, resta certa apatia no eleitorado. Confira:

O segundo turno no pleito eleitoral do Ceará já começa a chegar aos seus últimos dias, com a certeza da incerteza de quem será o futuro governador: Eunício Oliveira (PMDB) ou Camilo Santana (PT)? O único vencedor até esse momento no requisito ressurgimento político-eleitoral foi o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), com a sua belíssima votação para o cargo de senador da República na única vaga disputada na bancada cearense.

Nesta segunda vez que temos o segundo turno para governador do Estado do Ceará, a competição está confusa. Na primeira vez que houve esse expediente eleitoral, nós tivemos dois candidatos de grupos antagônicos da política local, com a eleição do ex-senador Lúcio Alcântara (PSDB) sobre o ex-prefeito de Icapui, José Airton (PT), por uma diferença mínima de cinco mil votos, no ano de 2002.

O atual segundo turno em terras cearenses é o inverso do pleito eleitoral de 2002, desta vez temos dois candidatos que pertenceram ao condomínio político administrativo do governador Cid Gomes (PROS) nos últimos oito anos. Não temos um confronto entre um candidato de situação e um candidato de oposição, mas apenas duas candidaturas oriundas do mesmo grupo dominante da política cearense. Ambas as postulações apoiam a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

A pauta da mudança da gestão pública é tratada como peça publicitaria nas campanhas eleitorais dos candidatos, pois ambos não reproduzem esse sentimento na sociedade civil, por isso da apatia do cidadão-eleitor, em relação a discussão de propostas das coligações partidárias no segundo turno. A candidatura do peemedebista Eunício Oliveira reuniu os setores oposicionistas da política cearense, já a candidatura petista de Camilo Santana, por si só, apenas representa o desejo da manutenção do poder do novo bloco dominante da política do Estado. A opção do cidadão-eleitor é votar num candidato do continuísmo: consentido (Camilo) ou não consentido (Eunício).

                                   * Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e consultor político.

 O link da matéria no Blog do Eliomar de Lima:





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