quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Titulo: Dilma Rousseff e o impasse do futuro ministro da Fazenda

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 06 de Novembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Dilma Rousseff e o impasse  do futuro ministro da Fazenda.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/ministerio-da-economia


A presidente Dilma Rousseff (PT) começa o processo de renovação da sua equipe para o segundo mandato. A saída de vários assessores do primeiro e do segundo escalão da administração pública da Esplanada dos Ministérios, não será tarefa fácil para atual chefe do executivo do governo federal. A troca de seis antigos auxiliares por meia dúzia de novos auxiliares não é um jogo tão normal no final do primeiro mandato para o início do segundo mandato.
O início do segundo mandato de uma gestão pública é quase sempre a manutenção do que foi positivo no primeiro mandato que foi aprovado pelo voto do cidadão-eleitor. No caso do governo federal essa máxima administrativo-eleitoral não vai ser aplicada, pois haverá necessidade de mudanças em quase todos os cargos de confiança na área de economia.
As principais instituições do mercado financeiro avaliaram que a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil em elevar os juros básicos da economia, a taxa Selic, em 0,5 ponto percentual, atingindo 11,5% ao ano, reflete a preocupação com uma inflação mais elevada e persistente. A decisão pela elevação não foi unânime, já que, dos oito integrantes, cinco votaram a favor da elevação, e três votaram pela manutenção dos juros.
O atual ocupante do Ministério da Fazenda, o economista Guido Mantega, não fazia parte do projeto de um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), com isso, criou uma situação inusitada de um ministro à frente de uma importante pasta administrativa sem poder real de mando nos últimos meses do final do primeiro mandato. Guido Mantega foi o homem mais poderoso da economia brasileira por mais de oito anos.
O Planalto deve promover a mais ampla mudança na área econômica desde 2003, quando teve início a gestão do Partido dos Trabalhadores, no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006). Além de substituir o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende fazer alterações no comando dos bancos oficiais e nos ministérios de Indústria e Comércio Exterior, Desenvolvimento e  Planejamento. Surgem noticias  de um desmonte planejado dos bancos públicos pelo governo, com centralização de decisões, o que contraria algumas promessas de campanha. No Banco Central, a tendência é manter Alexandre Tombini na presidência, mas deve haver mudanças em algumas diretorias.
A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu, nesta terça-feira, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Granja do Torto, em Brasília, para montar o jogo de xadrez de seu novo ministério. Diante da imensa dificuldade para definir o sucessor de Guido Mantega na Fazenda, Dilma Rousseff pode ser obrigada a adiar a escolha para o final do mês de novembro.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.



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