quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e a Perspectiva do Segundo Mandato

O artigo que foi publicado na Sexta - Feira, 19 de Dezembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Dilma Rousseff e a Perspectiva do Segundo Mandato.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/retrospectiva-politica


A presidente Dilma Rousseff (PT) não tem muitos motivos para estar animada com a comemoração pela passagem do seu primeiro mandato para o segundo mandato. Na história recente da República os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva tiveram essa mesma experiência de transição de governo, ao iniciarem um segundo mandato. Dilma Rousseff não terá um cenário de continuísmo tão tranquilo como os dois  ex-presidentes.
O advento da reeleição criou uma espécie de condição do chefe do executivo do Palácio do Planalto, para exercer uma administração pública de oito anos, com o direito de fazer o seu sucessor. O ex-presidente tucano FHC não teve muito dificuldade para ser eleito (1994) e reeleito (1998), em ambos os pleitos foi vitorioso no primeiro turno, já o ex-presidente petista Lula não teve tanta facilidade, pois o seu primeiro mandato (2002) e segundo mandato (2006) foram vencidos apenas no segundo turno.
O início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) não será marcado pelo continuísmo administrativo, como foram as transições dos governos de seus antecessores. O ex-presidente FHC passava por problemas similares na área econômica no início do seu segundo mandato, mas apenas fez mudanças pontuais entre os seus ministros; já a atual chefe do executivo praticamente vai mudar os principais postos da Esplanada dos Ministérios. O ex-presidente Lula praticamente não fez mudança profunda na composição dos seus ministros no seu segundo mandato.
A presidente Dilma Rousseff (PT) vai entrar na história política brasileira por fazer no início de seu segundo mandato uma série de mudanças de ministros, em áreas importantes, sob o signo político da renovação administrativa. Dilma Rousseff praticamente mudará os seus auxiliares mais próximos nas pastas dos setores de economia e política. O Planalto nunca esperava não aproveitar quase nada do  seu primeiro escalão para o segundo mandato.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) procura interferir na construção do novo núcleo político-administrativo do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Lula não mede esforço para fazer uma reviravolta nas expectativas que, no momento, não são nada positivas do segundo mandato da atual chefe do executivo do Planalto. A retrospectiva política do final do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff é marcada somente pela necessidade de uma profunda mudança administrativa, sem nada lembrar um governo reeleito sob o signo político do continuísmo.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.


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