domingo, 23 de novembro de 2014

Artigo no Jornal O Estado: Redefinição Política - Dilma Rousseff e o desencontro com Lula e o Partido dos Trabalhadores

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 13 de Novembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Redefinição Política - Dilma Rousseff e o desencontro com Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/redefinicao-politica


A presidente Dilma Rousseff (PT) começa a redefinir os seus futuros ministros, em função dos interesses contrariados dos seus aliados mais próximos. O Planalto não conseguiu produzir uma agenda positiva nas áreas de economia e política, nos últimos quinzes dias, por causa das pressões do mercado financeiro pelo nome do novo ministro da Fazenda e do Partido dos Trabalhadores tentando interferir na agenda política.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma cruzada político- administrativa para colocar o ex-presidente do Banco Central do seu governo, o economista Henrique Meireles, à frente do Ministério da Fazenda no segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), sem aval da própria mandatária da indicação do cargo, numa iniciativa de dominar a política econômica do governo federal. O economista Nelson Barbosa pode ser o nome de consenso de Lula e Dilma Rousseff.

O Partido dos Trabalhadores começa a entrar numa zona de conflito com a presidente Dilma Rousseff (PT), em relação à agenda política do Planalto para os próximos quatro anos. Dilma Rousseff já afirmou que governa para a nação, não somente para o PT, numa rara demonstração de conflito de interesse com o seu partido externada para a opinião pública. O PT acredita na necessidade da reforma política e da regulamentação dos meios de comunicação como políticas primordiais no segundo mandato de Dilma Rousseff. 

A presidente Dilma Rousseff (PT) já teve uma baixa no seu primeiro escalão com a saída da ex-ministra da Cultura, a senadora Marta Suplicy (PT) que se demitiu essa semana. A chefe de Estado, sem condição de fazer uma audiência ou simplesmente fazer a indicação do substituto, em função de estar numa viagem internacional, pois a demissão ocorreu na sua ausência. Dilma Rousseff ainda recebeu críticas na área da economia de sua ex-ministra que está em sintonia com o pleito político-administrativo do ex-presidente Lula, para indicação do futuro ministro da Fazenda.

O futuro ministro da Fazenda será prerrogativa da presidente Dilma Rousseff (PT), que não tem interesse em contrariar abertamente o seu principal aliado político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por isso, a indicação do ministeriável Henrique Meireles para o cargo é somente questão de tempo. Dilma Rousseff não tem interesse de entregar sua agenda política para o seu segundo governo (2015-2018) nas mãos do Partido dos Trabalhadores; isso acarretará uma simulação de autonomia por um período antes de entrar num consenso com os interesses das alas petistas dentro da administração pública.

  Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.





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