quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Bancada Suprapartidária - Dilma Rousseff e o Anti - PMDB

A presidente Dilma Rousseff (PT) na sua reforma ministerial por etapas, para o seu segundo mandato (2015-2018), já começa um dialogo, com os setores produtivos da economia brasileira que são organizados no Congresso: Agronegócio e Empresarial. Dilma Rousseff deseja com ajuda dos seus novos ministros ter a maioria dos parlamentares na Câmara e no Senado.

O Planalto procura atrair a bancada parlamentar ruralista, com a indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB), para o Ministério da Agricultura, que representa os interesses da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), principal fórum para discussão dos temas do setor no Congresso. Kátia Abreu tem noção do tamanho de sua bancada suprapartidária de aproximadamente 150 representantes nas duas casas do legislativo nacional.

A bancada empresarial soma atualmente 246 integrantes no Congresso, pelo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP); esse número aumentou na eleição de outubro e esta bancada contará na próxima legislatura com 250 membros. A presidente Dilma Rousseff também pode anunciar o senador Armando Monteiro (PTB) para o comando do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com intenção de atrair o apoio da bancada empresarial.

As bancadas suprapartidárias do Agronegócio e Empresarial têm muitos parlamentares com atuação conjunta nos interesses políticos desses dois setores organizados importantes da economia brasileira. Os parlamentares que atuam em parceria nessas bancadas informais na Câmara e Senado, podem ser algo em torno de 120 representantes de vários partidos, sendo esta a causa do seu valor estratégico, para os cálculos políticos do Planalto.

A presidente Dilma Rousseff (PT) precisa de certa urgência nas votações importantes no Congresso, no seu segundo mandato. As bancadas suprapartidárias são componentes importantes para o Planalto ficar menos dependente das cúpulas dos partidos aliados onde maiorias dos seus parlamentares seguem as lideranças dos grupos de interesses, em detrimento dos lideres de suas agremiações partidárias.

A senadora Kátia Abreu (PMDB) e o senador Armando Monteiro (PTB) deverão ser operadores políticos nos seus respectivos ministérios junto as suas bancadas suprapartidárias no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). O Planalto procura nesse momento a diminuição do espaço político do PMDB nas votações do Congresso, daí a necessidade de atrair os parlamentares com atuação nas bancadas suprapartidárias.

             Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.




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