quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e os Aumentos de Impostos?

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 11 de Dezembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Dilma Rousseff e os Aumentos de Impostos?
http://www.oestadoce.com.br/noticia/imposto-politico


A presidente Dilma Rousseff (PT) não poupou esforços para aprovação da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na última terça-feira (9), no Congresso Nacional. O final do primeiro mandato da atual chefe do executivo do Planalto é marcado pelo pragmatismo da aprovação da nova LDO, pois, na prática, esse ato inicia uma série de novos impostos para o próximo ano: CIDE e CPMF.
O novo ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy, já é de fato o novo comandante da economia brasileira, com o apoio do novo ministro do Planejamento, o economista Nelson Barbosa e com apoio incondicional do presidente Alexandre Tombini do Banco Central. O novo núcleo econômico do Planalto deve estar por trás da medida de aumento dos juros, feito pelo Banco Central, na semana passada, com a nova taxa básica da Selic de 11,75%.
A presidente Dilma Rousseff (PT) reconhece a necessidade dos cortes de gastos no orçamento do governo federal, mas também pretende aumentar a carga tributaria, para obter uma arrecadação recorde para os cofres públicos, nos próximos quatro anos. A nova equipe econômica tem noção da necessidade do Planalto de reajustar a sua agenda política para uma nova Reforma Tributaria, com aprovação nas duas casas (Câmara e Senado) do Congresso.
O ministro da Casa Civil, o economista Aloizio Mercadante, já é outra peça importante no auxilio à nova equipe de ministros da área econômica, pois é de sua responsabilidade a conquista da aprovação dos novos impostos no legislativo brasileiro. Aloizio Mercadante tem formação na área econômica, mas próxima dos ideais do Partido dos Trabalhadores: sendo a favor da manutenção dos altos gastos públicos da União e da inflação acima da meta de 4,5% ao ano.
 A presidente Dilma Rousseff (PT) demonstra nova aptidão para o diálogo com a sua base aliada no Congresso, pois negociou pessoalmente, com as principais cúpulas partidárias (PMDB-PR-PRB-PSD-PP) para aprovação da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O PMDB demonstra ser o principal aliado na arena do Congresso, por isso a necessidade de realinhamento dos seus quadros na nova reforma ministerial, que acontecerá até o final de dezembro.
O Planalto começa a impor uma nova marca administrativa para os próximos quatro anos, com certo pragmatismo político na aprovação de certas medidas de aumento de imposto na área econômica, com aval do Congresso. A presidente Dilma Rousseff (PT) vai fazer da nova reforma ministerial, a sua nova base aliada no Congresso, com a finalidade de restruturação da economia brasileira no próximo ano.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.




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