Cid Gomes pode ir para o Avante? O momento de improvisar

 

A passagem da comitiva de parlamentares e lideranças municipais oriundas do Partido Democrático Trabalhista (PDT) da seção cearense sob a liderança do senador Cid Gomes em Brasília, sem dúvida trouxe uma única certeza, para o grupo político de saída do PDT local, na última semana de novembro de 2023, a certeza de que já é hora da improvisação política-institucional de cada dissidente trabalhista. A recepção fria da direção nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) a comitiva pró-Elmano de Freitas (PT), como também a recepção acalorada da direção nacional do Podemos ao mesmo grupo, com certeza criou um clima de incertezas aos participantes deste comboio político-eleitoral, na capital federal.

O sociólogo e consultor político, Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, já tinha uma perspectiva da boa receptividade da presidente nacional do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP), principalmente em relação aos deputados federais dissidentes do PDT, pois o Podemos pode receber entre dois ou três novos deputados federais da bancada cearense, nos próximos meses. A vinda de lideranças municipais e de deputados estaduais e do senador Cid Gomes que são oriundos do PDT cearense é efeito colateral da adesão dos deputados federais cearenses ao Podemos. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa nos lembra que o Podemos não é aliado político do Partido dos Trabalhadores a nível nacional, como também é adversário político do lulopetismo na Bahia e em Pernambuco.

O Podemos poderá fazer parte da federação partidária nacional do PSDB e do Cidadania para as eleições de 2026. O próximo boletim informativo da Consultoria LCFB defende a tese da ida do senador Cid Gomes para o Avante após a sua saída do PDT. Cid Gomes compreendeu que não poderia ir para o Partido dos Trabalhadores, como também não teria condição de pertencer uma agremiação partidária antipetista como é o caso do Podemos. A Consultoria LCFB acredita que os dissidentes pedetistas vão para a federação partidária (PT, PC do B e PV) do governador Elmano de Freitas (PT), em momentos distintos, pois a primeira leva vai junto com a liderança do deputado estadual Evandro Leitão, já a segunda leva ocorrerá após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as cartas de anuências dos parlamentares saírem do Partido Democrático Trabalhista seção cearense.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é diretor-executivo da Consultoria LCFB