domingo, 3 de agosto de 2014

Artigo no Jornal O Estado: Inflação Eleitoral - Dilma Rousseff e a inflação no debate político

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 31 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/inflacao-eleitoral

A inflação retorna ao centro do debate eleitoral nesse ano. O tema foi marcante nas vitórias do PSDB sobre o PT em 1994 e 1998; a estabilidade econômica ainda serviu ao discurso na campanha tucana em 2002, que não seduziu a opinião pública, por isso não impediu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nos dois pleitos, seguintes, o tema ficou em segundo plano. Havia a sensação de consolidação do consenso em torno da política de metas de inflação do Banco Central.
Os analistas do mercado financeiro reduziram a projeção para a inflação oficial de 2014, de 6,44% para 6,41% na semana encerrada em 25 de julho, segundo Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014. Para 2015, os analistas aumentaram a expectativa de 6,12% para 6,21%. As projeções para o IPCA em 2014 estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%.
O fator negativo é o impacto no orçamento das famílias, que é sempre o maior. Índice oficial da inflação, o IPCA é uma média do comportamento de todos os preços. A alta tem sido maior nos serviços e nos alimentos. O supermercado, cabeleireiro e o transporte configuram o que fica mais caro no bolso do cidadão-eleitor. O brasileiro começa a ver com mais frequência reajustes acima da  meta oficial da inflação, em todos os setores de bens de serviços, que foi de 5,91% em 2013. Alguns casos específicos de serviços essenciais como restaurante, plano de Saúde e mensalidade escolar subiram mais de 10%  no ano passado.
No início da campanha presidencial deste ano, nas últimas três semanas, o tema da inflação retorna ao centro do debate público. A inflação não saiu da boca dos candidatos, sobretudo os concorrentes de Dilma Rousseff (PT), que foram municiados por pesquisas e os seus respectivos marqueteiros, e os economistas já perceberam como as remarcações de preços voltaram a incomodar o bolso do cidadão-eleitor. A presidente Dilma Rousseff sempre contra-ataca as provocações dos candidatos de oposições, respondendo, com mais ênfase ao candidato tucano, que não há descontrole fiscal e inflacionário e continua exibindo índices no intervalo de tolerância da meta oficial e superávit nas contas.
Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) não vão perder uma oportunidade de acusar Dilma Rousseff (PT) de descuidar do combate à inflação, para tentar impulsionar a economia com gastos públicos descontrolados, enquanto os salários são corroídos. Dilma Rousseff (PT) acusa tanto o tucano  quanto  o socialista em suas propostas de  aplicação de medidas duras e de revisão da meta oficial de controle a inflação, que somente gerariam o aumento da taxa de desemprego.


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