quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Marina Silva e o seu palanque no Ceará

Com o título “Marina Silva e o seu palanque no Ceará”, eis artigo do consultor político e sociólogo Luíz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele analisa a entrada de Marina na disputa presidencial
A ex-senadora Marina Silva (PSB) mudou o cenário político nacional, com a sua nova postulação para à presidência da República. Marina Silva poderá ser o novo fenômeno da política brasileira na reta final do primeiro turno destas eleições. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o principal candidato de oposição na sucessão presidencial, o senador Aécio Neves (PSDB), não esperavam o surgimento desse fenômeno político-eleitoral.
O Partido Socialista Brasileiro trabalhava com a sua própria candidatura presidencial – o ex-governador pernambucano Eduardo Campos, que morreu numa tragédia aérea no último dia 13 de agosto de 2014. A cúpula nacional do PSB foi obrigada a substituir o seu postulante à presidência da República, por conta da vacância, em caso de morte. Com isso a única candidatura competitiva na altura do campeonato era da companheira de chapa – a candidata a vice, agora atual candidata socialista, a ex-senadora Marina Silva.
A manutenção da coligação de apoio à presidenciável Marina Silva é formada por seis partidos: PSB – PPS – PHS – PSL – PPL – PRP. No Brasil, não há a verticalização da coligação nacional nos estados, por isso os rearranjos eleitorais, com os palanques locais, com várias candidaturas presidenciais. O Partido Socialista Brasileiro foi único na política cearense a lançar uma candidatura ao Governo do Ceará para dar palanque ao ex – presidenciável Eduardo Campos, sem apoio das outras siglas partidárias à nível nacional.
A última pesquisa de opinião pública do Ibope já consolidou a presidenciável Marina Silva como a provável adversária da presidente Dilma Rousseff (PT), no segundo turno do pleito eleitoral de 2014. O presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB) caminha para ser uma força auxiliar da Marina Silva (PSB) nos seus palanques estaduais. O líder nas pesquisas eleitorais para ocupar a única vaga no Senado, nesse pleito eleitoral do Ceará, o ex-governador tucano Tasso Jereissati, não terá alternativa, em caso da polarização nacional entre PT- Lula -Dilma contra Marina Silva – PSB-PPS.
O candidato peemedebista ao Governo do Ceará, o senador Eunício Oliveira, ainda tem na sua coligação partidária, a participação de dois partidos marineiros: PPS e PRP. O presidente estadual do Partido Popular Socialista, o empresário Alexandre Pereira, deverá ser o responsável direto para a construção do terceiro palanque presidencial dentro do bloco partidário PMDB-PR-PSDB, nos próximos dias, com ajuda do PRP do Ceará.
O ex-governador Lúcio Alcântara, que é atualmente o presidente do Partido da República seção Ceará, poderá ser a maior liderança local a declarar apoio à candidatura da presidenciável Marina Silva (PSB). Com isso, transformaria a frente partidária pró-Eunicio Oliveira no embrião político-eleitoral dos marineiros no Estado, ainda, no primeiro turno.
A coligação partidária do governador Cid Gomes (PROS) tem três agremiações da coligação nacional da presidenciável socialista Marina Silva: PHS, PPL e PSL. Cid Gomes não demonstra interesse na criação do segundo palanque presidencial na campanha do seu candidato petista, o deputado estadual Camilo Santana. Com isso, deverá fazer somente o palanque exclusivo de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.
O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa e a professora universitária Geovanna Cartaxo


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