quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dilma Rousseff perdeu a classe média tradicional

A pesquisa Ibope-CNI trouxe uma única certeza no atual cenário político- eleitoral, o divorcio da presidente Dilma Rousseff, com a classe média tradicional, que tem rendimento acima de 10 salários mínimos e nível superior. O levantamento constata que, quanto maior o grau de instrução, menor o índice de aprovação ao governo. Entre os entrevistados que têm até a quarta série do ensino fundamental, 44% consideram o governo ótimo ou bom. Entre aqueles com ensino superior, o índice cai para 22%.

A presidente Dilma Rousseff (PT) tem feito enorme esforço nos últimos meses para conquistar essa parcela significativa do eleitorado que faz parte da classe média tradicional. Dilma Rousseff compreende que essa enorme rejeição de quase 80% desse grupo social, poderá ser nefasto, para a sua campanha de reeleição no primeiro turno. O cidadão-eleitor desse estrato social tem acesso aos principais meios de comunicação, por isso são bombardeados, com notícias negativas do Governo Federal e do Partido dos Trabalhadores.

A avaliação positiva do governo Dilma caiu de 36% em março (pesquisa anterior) para 31% em junho, segundo o levantamento, e o percentual da população que avalia o governo como ruim ou péssimo subiu de 27% para 33% em igual período. Em março deste ano, o percentual de entrevistados que considerava o governo como ótimo ou bom já havia recuado para 36% frente aos 43% apurados em novembro, ao mesmo tempo em que houve aumento de 20% para 27% em igual período no percentual dos que consideravam o governo ruim ou péssimo.

Este resultado negativo na avaliação do governo foi maior nas regiões Sul (queda de 11%) e Norte/Centro-Oeste (queda de 10%). A região Nordeste, por sua vez, apresenta o maior percentual de aprovação, com 42% de avaliação "ótimo" ou "bom", mas houve queda acentuada entre os eleitores de maior poder aquisitivo e nível superior, nos principais centros urbanos nordestinos. Nas regiões onde há maior parcela da classe média tradicional fica notório a queda da avaliação positiva do governo Dilma Rousseff (PT).


A classe média tradicional tende a se movimentar em direção a uma rejeição maciça ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), isto terá um efeito cascata no campo político-partidário. Fato que aconteceu quando a mesma foi responsável no pleito eleitoral presidencial de 2002, quando votou na candidatura vitoriosa do petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ressalto um detalhe esse grupo social só fez crescer nos últimos doze anos e ainda contagia a nova classe média que é muito forte na região Nordeste.



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