segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os Prós e os Contras do novo partido do Governador Cid Gomes

O governador Cid Gomes caminha para fazer parte dos quadros do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), nas próximas horas. Cid Gomes não esperava enfrentar no final do seu sétimo ano de mandato, a sua própria saída do Partido Socialista Brasileiro, na qual era o representante máximo no estado do Ceará. A cúpula nacional do PSB já estudava a expulsão dos irmãos Gomes, mas houve um acerto para uma saída honrosa para os dois lados.

O PROS será a maior agremiação partidária da política cearense, com 5 deputados federais e mais de 10 deputados estaduais, ainda terá mais de 50 prefeitos. A sua maior prefeitura será da cidade de Fortaleza. O seu gigantismo local não é o mesmo a nível nacional, por isso haverá um hiato de proporcionalidade entre essas duas esferas. O PROS tem tudo para ser uma miragem na política partidária do Ceará, já no início de 2015.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O presidente nacional do PSB, o governador pernambucano Eduardo Campos, já desejava a reconstrução dos seus palanques estaduais. O PSB fará várias alianças regionais, com o Partido da Social Democracia Brasileira, para o fortalecimento de sua pré-candidatura a presidência da República. A seção cearense do PSB vai manter uma linha de atuação com o PSDB local. O governador Cid Gomes não teria condição de construir essa ligação estratégica com o tucanato cearense, por isso sua saída do ninho socialista.

O governador Cid Gomes ainda mantém o seu discurso pragmático de defesa da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), como sendo o seu principal palanque em solo cearense. O senador Eunício Oliveira (PMDB) tem aliança com o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, num acordo para a construção do palanque mútuo do PMDB-PT na política local, para servir de ponto de apoio a reeleição da atual mandatária do Planalto. A seção cearense do Partido dos Trabalhadores não abre mão de ser o principal veiculo de propaganda da reeleição da sua candidata natural ao Governo Federal, entre os eleitores do estado.

O PROS não tem esse perfil de ser reconhecido como uma agremiação partidária que representaria a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em solo cearense. A  função primordial desse novo partido será apenas de ser o veiculo do grupo dos irmãos Gomes, no pleito eleitoral de 2014. O bloco partidário PMDB-PT não vai abrir mão da supremacia do palanque estadual para a reeleição dos atuais mandatários do Governo Federal, no próximo ano.


O governador Cid Gomes não tem a certeza de ser privilegiado pelo Planalto, como a principal liderança regional, para construção do palanque local da presidente Dilma Rousseff (PT) e do seu vice-presidente, o peemedebista Michel Temer, para reeleição dessa chapa majoritária na eleição presidencial de 2014. A candidatura própria do PROS precisaria do aval dos seus aliados mais próximos ( PMDB-PT), pois ambos são representantes diretos do Planalto no Ceará.

 Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


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