sábado, 7 de setembro de 2013

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - Uma projeção sobre o Cidismo e as Eleições 2014

Com o título “Pós-Cidismo ou Neo-Cidismo?”, eis artigo do sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele aborda o mapa geográfico político-eleitoral para o ano das eleições. Confira:
O mês de setembro redesenhará o mapa geográfico político- eleitoral para o pleito eleitoral de 2014. O futuro governador do Estado do Ceará será fruto de uma das duas teses aqui trabalhadas: Pós- Cidismo ou Neo-Cidismo?
O senador Eunício Oliveira (PMDB) sempre foi aliado durante a construção da Era Cid Gomes (2007- 2014) na política cearense. O PMDB foi o grande aliado que permaneceu ao lado dos irmãos Gomes, nos vários momentos de realinhamento interno das forças matrizes do condomínio político-administrativo do Governo Estadual.
O condomínio político- administrativo cidista é marcado, no final de sua preponderância na política cearense, pelo surgimento de duas correntes. A primeira corrente defende o PMDB como o novo grupo hegemônico, com apoio do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores. A segunda corrente defende a permanência de um aliado indicado pelo governador Cid Gomes (PSB), para sua própria sucessão, assim como ele fez na época em que foi prefeito de Sobral (1997-2004).
O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O senador Eunício Oliveira prepara o terreno entre os seus aliados como o provável pré-candidato da coligação PT-PMDB, com a bênção da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB), como palanque único de defesa da reeleição da presidência da República, em solo cearense. O pós- cidismo tem a sua principal força política- eleitoral na aliança nacional do PMDB-PT.
O governador Cid Gomes (PSB) já trabalha com a permanência do seu grupo político- administrativo , nos próximos quatro ou oito anos, no comando do executivo no Estado do Ceará. O cidismo sem Cid Gomes é coordenado pelo o ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB), que foi responsável por essa mesma tese na saída do irmão da Prefeitura de Sobral. Ciro Gomes fez a indicação na época do deputado federal Leônidas Cristino para prefeito de Sobral. Será esse modelo repetido historicamente na atual circunstância política- eleitoral de nosso estado, com sucesso?
A política cearense não é somente representada pela indefinição no consórcio do poder da coligação PMDB- PT- PSB, pois o bloco partidário PR-PSDB começa a incentivar o surgimento de uma segunda via na sucessão estadual de 2014.
A nova circunstância do surgimento dessa segunda opção, fora das disputas internas do Palácio da Abolição, com uma união histórica e pragmática de republicanos (Lúcio Alcântara- Roberto Pessoa) e de tucanos (Tasso Jereissati- Tomas Figueiredo), em único palanque competitivo de uma chapa majoritária de oposição ao Governo estadual.
O bloco partidário republicano-tucano tem poucos nomes competitivos entre os seus quadros, mas existe uma alternativa externa, que seria o deputado estadual Heitor Férrer (PDT). O surgimento dessa segunda via política- eleitoral colocaria fim as disputas internas no condomínio político-administrativo do governador Cid Gomes (PSB), pois essa candidatura já demonstrou ser competitiva no pleito eleitoral de 2012, para prefeito de Fortaleza.
O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) poderá ser o pré- candidato das oposições, com o discurso de superação da Era Cid Gomes, para isso adotaria o discurso eleitoral do pós-cidismo apoiado no eleitorado anticidista, que foi aproximadamente 35% dos votos válidos no pleito eleitoral de 2010.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa,
Sociólogo.
DETALHE – Na Coluna Vertical do O POVO desta sexta-feira, o presidente estadual do PDT, André Figueiredo, descarta Heitor Férrer como opção para o Governo. Resta saber se tal definição resistirá até o pleito de 2014.
Categoria(s): BrasilCearáPolítica por Eliomar de Lima

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