quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Eduardo Campos e o PPS

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 11 de Dezembro de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro, o governador pernambucano Eduardo Campos, recebeu o apoio do Partido Popular Socialista, para a sucessão presidencial de 2014. A nova esquerda democrática já nasceu sob a perspectiva da primeira chapa majoritária formada por ex-lulistas, que será adversária do projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
O diretório nacional do PPS não reeditou sua adesão ao bloco partidário PSDB – DEM (PFL), como nas últimas duas eleições presidênciais: 2006 e 2010. O ex -Partido Comunista Brasileiro, tem por tradição político-eleitoral, ser oposição ao governo federal nos últimos oito anos (2005 – 2013). O preço em termos ideológicos foi sempre fazer coligações, com os partidos de centro-direita, por isso dessa guinada, para o centro-esquerda, no campo eleitoral.

O presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), não acreditava na existência da parceria demo – tucano como uma saída, para o seu partido, na sucessão presidencial de 2014. O PPS já vinha minguando em termo de quociente eleitoral, correndo enorme perigo de ser apenas uma sigla nanica, no próximo Congresso Nacional (2015 – 2018), sem direito à liderança e ao fundo partidário. O futuro do bloco socialista ainda dependente dos votos estratégicos da Marina Silva e da REDE, nos grandes centros urbanos.
O PSB esperava com ansiedade causar a vinda de outro partido da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT), para a criação de um bloco partidário dissidente do Planalto. A não concretização desse processo político – eleitoral, por si só, jogou os socialistas no colo do PPS, com isso será o novo partido anti-petista, no espectro ideológico.
O presidenciável Eduardo Campos deseja ser o novo líder do lulismo sem Lula, como Marina Silva (AC) foi no último pleito eleitoral de 2010, sem ônus do anti – lulismo na região do Nordeste, onde essa postura é considerada um suicídio político-eleitoral para os candidatos aos governos estaduais dos socialistas: Pernambuco e Paraíba. O Partido dos Trabalhadores deverá iniciar uma campanha para enquadrar o PSB na mesma categoria do PPS, como sendo  dois partidos anti-lulistas, no pleito eleitoral de 2014, para presidente da República, nos principais estados da Federação.
O núcleo político do PSB não deseja construir outra frente partidária de oposição radical ao Planalto, pelo contrário, o interesse era a construção de uma dissidência nas fileiras do lulismo, sem, com isso, queimar a ponte do segundo – turno de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), no pleito eleitoral de 2014. O PSB ainda mantém alianças estratégicas com o PT, em estados chaves da sua geopolítica: Amapá e Rio de Janeiro.


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