segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O cenário do provável segundo turno local é entre o Capitão Wagner (UB) e o Elmano de Freitas (PT)

 



A chapa majoritária ao Governo Estadual do ex-prefeito fortalezense, Roberto Cláudio (PDT), ainda demonstra certa resiliência, no campo político-eleitoral, porém, quase impossibilita a sua manutenção, na segunda colocação ao término do primeiro turno, no pleito eleitoral de 2022, no Ceará. Roberto Cláudio enfrenta uma mudança de postura política-administrativa perante o Governo Estadual, pois de aliado primordial, o próprio virou um candidato majoritário de discurso ideológico de caráter oposicionista radical. O robertismo-cirista literalmente é o antipetismo, nas eleições 2022, em terras alencarinas.


O eleitorado lulista não petista deseja investir no sentimento de mudança, no comando da máquina administrativa do Governo Estadual. É uma grande avenida ocupada nesse momento pela principal candidatura majoritária oposicionista cearense, contudo, a candidatura majoritária da situação, já não consegue impor um crescimento consistente para fazer a ultrapassagem da candidatura cirista-pedetista ao Governo Estadual. A Consultoria LCFB nunca acreditou numa mudança de postura ideológica da candidatura majoritária do Capitão Wagner (UB), em direção ao posicionamento ideológico-eleitoral próximo do Centrão ao estilo de pactuação das elites. A chapa majoritária camilista-lulista vai chegar no segundo turno, em função do peso da máquina administrativa e do poder de transferência eleitoral do ex-presidente Lula (PT) ou devido à perspectiva de vitória do Partido dos Trabalhadores, no Governo Federal.


O ex-governador Camilo Santana (PT) tem compreensão do processo de polarização política-eleitoral dos cearenses, em relação à sucessão presidencial de 2022. Ainda no primeiro turno. O último levantamento da Paraná Pesquisas, já confirmou uma configuração de polarização ou duas clivagens nítidas, no universo eleitoral alencarino, em matéria de votos válidos: Lula (45%) e o Jair Bolsonaro (30%), no primeiro turno, com a presença do presidenciável Ciro Gomes (PDT). Camilo Santana sabe que a essência da candidatura majoritária governista do deputado estadual, Elmano de Freitas (PT), sempre será anti-robertista-cirista e anti-bolsonarista. Há grande redução de espaço de manobra política-eleitoral, para o camilismo-lulista, no campo ideológico de centro-direita.


O cenário do provável segundo turno local é entre o Capitão Wagner (UB) e o Elmano de Freitas (PT), mas, a chegada do petista é fruto do modelo administrativo do camilismo-lulista, pois o lulopetismo é ator coadjuvante. A Consultoria LCFB vai apontar duas candidaturas majoritárias lulistas idênticas ao estilo de campanha do Elmano de Freitas e do Camilo Santana: Fátima Bezerra (RN) e o Carlos Brandão (MA). O detalhe primordial dessa análise política-eleitoral, é sem dúvida a capacidade da candidatura majoritária oposicionista de Capitão Wagner (UB) não ser vista como anti-lulista, num processo quase idêntico ao da candidatura majoritária de ACM (UB), em território baiano.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB 

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