Caderno Opinião do O Otimista |
O presidenciável Lula (PT) vai reconstituir o voto útil, no final do
primeiro turno de 2022. Lula em parceria com o ex-governador Geraldo Alckmin
(PSB) irão reconstruir a frente liberal ou novo bloco partidário popular
liberal, como fez o ex-governador mineiro, Tancredo Neves (MDB), na sucessão
presidencial de 1985, na eleição indireta, para presidente da República, na
Câmara. Tancredo Neves ganhou no voto indireto, como o novo presidente da
República, porém, o próprio faleceu antes de assumir. A frente liberal se
tornou o embrião do presidencialismo de coalizão. E até mesmo a primeira base
parlamentar do Centrão no Congresso.
A nova frente liberal tem a missão de derrotar o presidente Jair
Bolsonaro (PL), na sua tentativa de reeleição ao cargo executivo do Governo
Federal. O lulismo é a principal força motriz da nova frente liberal, contudo,
não é a única com uma certa representatividade, pois temos as lideranças
emedebistas e as lideranças tucanas ligadas ao candidato a vice-presidente,
Geraldo Alckmin da coligação majoritária do PT - PC do B e PV e da Rede - PSOL,
e lógico da sua agremiação partidária o PSB. É a construção do novo campo
democrático moderado pró-mercado, uma espécie de neoliberalismo social
brasileiro.
O papel do ex-presidente Lula (PT) como líder da nova frente liberal
precisa ser visto como um novo pacto das elites ou novo consenso sem a direita
radical, e, não mais simplesmente o retorno do lulopetismo ao Palácio do
Planalto. O tucanato vai aderir a nova frente liberal via diretórios estaduais.
Algumas lideranças pedetista-brizolistas já abandonaram o presidenciável
trabalhista, Ciro Gomes, na última quinzena do primeiro turno. A militância
histórica do Cidadania ou Ex - PCB deve votar no candidato presidencial do
Partido dos Trabalhadores, para derrotar o atual chefe do executivo do Governo
Federal.
Os principais setores do mercado financeiro já compreenderam a
necessidade de dialogar com essa nova frente liberal ou neoliberalismo social
brasileiro, pois é necessária a continuação das políticas públicas favoráveis
aos empresários e investidores internacionais. O ex-ministro da Fazenda, o
economista Henrique Meirelles, é o grande fiador da chapa majoritária ao
Governo Federal de Lula (PT) e de Geraldo Alckmin (PSB), contudo, a grande
maioria dos setores produtivos do agronegócio ainda vão apoiar a reeleição do
presidente Jair Bolsonaro (PL), no primeiro turno do pleito eleitoral de 2022.
Luiz Cláudio
Ferreira Barbosa é gerente-executivo da Consultoria LCFB
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