quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O Tassismo Tardio da Classe Média – Quem será o futuro líder do tassismo sem Tasso: Heitor Férrer ou Eunício Oliveira?

O Tassismo Tardio da Classe Média – Quem será o futuro líder do tassismo sem Tasso: Heitor Férrer ou Eunício Oliveira? Artigo publicado no Blog do Eliomar de Lima do Jornal Opovo:

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) demonstra ser um candidato quase imbatível em qualquer cargo da chapa majoritária ( Governador ou Senador) no próximo pleito eleitoral de 2014. A pesquisa do Ibope desse mês com quase 900 entrevistas em solo cearense, já confirmou esse favoritismo do líder tucano no eleitorado.

O que houve com o discurso de aposentadoria do ex-governador por três gestões públicas, que ajudou a eleger outros três ex–governadores: Ciro Gomes (1991 – 1994); Beni Veras (2002) e Lúcio Alcântara (2003 – 2006). O cidadão-eleitor ainda tem como referência política-administrativa a Era Tasso Jereissati (1997 – 2006).

O dado mais novo na pesquisa do Ibope é a liderança do ex–senador Tasso Jereissati nos segmentos sociais de alta renda econômica e com nível superior. A classe média alta ou tradicional se rendeu ao legado político- administrativo do seu antigo desafeto da metade dos anos 80, e das décadas de 1990 e 2000. O enigma está nessa demonstração de tassismo tardio por parte das classes médias cearenses.

O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O empresário Tasso Jereissati foi responsável pelo crescimento dos negócios do Grupo Empresarial Jereissati S.A, nos últimos três anos. Tasso Jereissati saiu dos noticiários dos cadernos de política, e foi direto para os editorias dos cadernos de economia e negócio dos principais jornais brasileiros, suas respectivas páginas na internet, como também nos canais abertos e fechados da televisão brasileira.

O sucesso do empresário como gestor privado eficiente se destaca num período com baixo crescimento da Indústria e do comercio, e, com pequeno crescimento do PIB do Brasil, nos últimos dois anos. Esse fato por si só encantou os empreendedores e empresários da classe média cearense. Acredito que esse seja o grande motivo da diminuição da rejeição do político tucano nos estratos do topo da pirâmide social.

Tasso Jereissati saiu da macro-política sem deixar um único herdeiro interno no Partido da Social Democracia Brasileira no Ceará, mas o seu eleitorado não se desfez com o passar do tempo. O tassismo sem Tasso é mais forte do que a aposentadoria de seu líder da arena política-eleitoral. Os tucanos cearenses não herdaram esse segmento do eleitorado nas eleições municipais em 2012.

O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) durante a sua campanha para prefeito de Fortaleza no ano passado, com bastante habilidade política-eleitoral teceu um rosário de comentários positivos sobre o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB). O ex-prefeiturável pedetista atraiu a simpatia do eleitorado tassista na cidade de Fortaleza, mesmo sem ter o presidente de honra do PSDB do Ceará no seu palanque. Era o início do tassismo sem Tasso, com o seu primeiro líder: Heitor Férrer.

O senador Eunício Oliveira (PMDB) começou  uma maratona de visitas às cidades cearenses nas últimas semanas. O discurso de pré-candidato ao Governo estadual tem como algumas de suas referencias administrativas o período da gestão pública do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB). Eunício Oliveira mantém uma boa relação de dialogo com o PSDB cearense, pois existe a possibilidade remota de uma aliança em 2014.

O cidadão-eleitor mandou um recado, através da pesquisa de opinião pública do Ibope, o de que olha para o passado como modelo político- administrativo em relação ao futuro. O tassismo sem Tasso estará presente como um segmento social forte no eleitorado cearense, no pleito eleitoral de 2014, com uma certa independência da decisão do ex-senador Tasso Jereissati de ser candidato a algum cargo majoritário: Governador ou Senador. O futuro candidato peemedebista ao Governo estadual não precisa, nesse primeiro momento, defender a coligação com o PSDB, mas com certeza vai precisar do apoio do tassismo tardio da classe média cearense, bem antes das definições das coligações.



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