O Tassismo Tardio da Classe
Média – Quem será o futuro líder do tassismo sem Tasso: Heitor Férrer ou
Eunício Oliveira? Artigo publicado no Blog do Eliomar de Lima do Jornal Opovo:
O ex-senador Tasso
Jereissati (PSDB) demonstra ser um candidato quase imbatível em qualquer cargo
da chapa majoritária ( Governador ou Senador) no próximo pleito eleitoral de
2014. A pesquisa do Ibope desse mês com quase 900 entrevistas em solo cearense,
já confirmou esse favoritismo do líder tucano no eleitorado.
O que houve com o discurso
de aposentadoria do ex-governador por três gestões públicas, que ajudou a
eleger outros três ex–governadores: Ciro Gomes (1991 – 1994); Beni Veras (2002)
e Lúcio Alcântara (2003 – 2006). O cidadão-eleitor ainda tem como referência
política-administrativa a Era Tasso Jereissati (1997 – 2006).
O dado mais novo na pesquisa
do Ibope é a liderança do ex–senador Tasso Jereissati nos segmentos sociais de
alta renda econômica e com nível superior. A classe média alta ou tradicional
se rendeu ao legado político- administrativo do seu antigo desafeto da metade
dos anos 80, e das décadas de 1990 e 2000. O enigma está nessa demonstração de
tassismo tardio por parte das classes médias cearenses.
O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O empresário Tasso
Jereissati foi responsável pelo crescimento dos negócios do Grupo Empresarial
Jereissati S.A, nos últimos três anos. Tasso Jereissati saiu dos noticiários
dos cadernos de política, e foi direto para os editorias dos cadernos de
economia e negócio dos principais jornais brasileiros, suas respectivas páginas
na internet, como também nos canais abertos e fechados da televisão brasileira.
O sucesso do empresário como
gestor privado eficiente se destaca num período com baixo crescimento da Indústria
e do comercio, e, com pequeno crescimento do PIB do Brasil, nos últimos dois
anos. Esse fato por si só encantou os empreendedores e empresários da classe média
cearense. Acredito que esse seja o grande motivo da diminuição da rejeição do
político tucano nos estratos do topo da pirâmide social.
Tasso Jereissati saiu da
macro-política sem deixar um único herdeiro interno no Partido da Social Democracia
Brasileira no Ceará, mas o seu eleitorado não se desfez com o passar do tempo.
O tassismo sem Tasso é mais forte do que a aposentadoria de seu líder da arena
política-eleitoral. Os tucanos cearenses não herdaram esse segmento do eleitorado
nas eleições municipais em 2012.
O deputado estadual Heitor
Férrer (PDT) durante a sua campanha para prefeito de Fortaleza no ano passado,
com bastante habilidade política-eleitoral teceu um rosário de comentários
positivos sobre o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB). O ex-prefeiturável
pedetista atraiu a simpatia do eleitorado tassista na cidade de Fortaleza, mesmo
sem ter o presidente de honra do PSDB do Ceará no seu palanque. Era o início do
tassismo sem Tasso, com o seu primeiro líder: Heitor Férrer.
O senador Eunício Oliveira
(PMDB) começou uma maratona de visitas
às cidades cearenses nas últimas semanas. O discurso de pré-candidato ao
Governo estadual tem como algumas de suas referencias administrativas o período
da gestão pública do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB). Eunício Oliveira
mantém uma boa relação de dialogo com o PSDB cearense, pois existe a
possibilidade remota de uma aliança em 2014.
O cidadão-eleitor mandou um
recado, através da pesquisa de opinião pública do Ibope, o de que olha para o
passado como modelo político- administrativo em relação ao futuro. O tassismo
sem Tasso estará presente como um segmento social forte no eleitorado cearense,
no pleito eleitoral de 2014, com uma certa independência da decisão do ex-senador
Tasso Jereissati de ser candidato a algum cargo majoritário: Governador ou
Senador. O futuro candidato peemedebista ao Governo estadual não precisa, nesse
primeiro momento, defender a coligação com o PSDB, mas com certeza vai precisar
do apoio do tassismo tardio da classe média cearense, bem antes das definições
das coligações.
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