sábado, 24 de agosto de 2013

Cid Gomes e a oposição midiática: Ceará Moleque 2.0

No inicio do século 20 havia uma maneira atípica de manifestação política que era feita por textos ou pasquins apócrifos, com o objetivo de banalizar a figura do homem público em questão. Na cidade de Fortaleza não havia espaço para a liberdade de expressão nos grandes veículos de comunicação (Jornais), por isso eram usados esses jornais clandestinos para o debate popular.

A linguagem popularesca das matérias publicadas já  conseguia expressar  a vulgarização do fato em todos os grupos sociais de nossa ainda pequena capital cearense. O resultado prático dessa forma de deturpação da imagem pública do individuo em questão, era que a noticia por ser ao mesmo tempo fonte de informação e de entretenimento, era rapidamente compartilhada nos bate-papos das praças, restaurantes e cafés.

O resultado quase sempre era nefasto, em todas as rodas de conversas, para vitima dos comentários, pois sempre havia uma anedota ou piada, que popularizava  ainda mais o caso em questão. A manifestação apolítica de estilo “Ceará Moleque” que sobreviveu, com a chegada da liberdade de expressão nos meios de comunicação (Jornal, Televisão, Rádio, Internet).

 


O espaço público abstrato do Facebook e do Twitter, ainda mantém traços ou resquícios de um debate descontraído que não é necessariamente politizado ao extremo, e sim pelo contrário,   procura  ser  mais humorístico, com uma vestimenta linguística  popular, sempre com uso de frases bombásticas, acompanhadas com desenhos, charges e fotos.

O caso do Buffet do Palácio da Abolição tem esse debate atravessado em direção a uma discussão animada ao estilo informal das rodas de conversas nos espaços privados da sociedade civil. A arte gráfica e o novo pasquim, com uso de várias charges que estão na timeline do Facebook, Google+ e Twitter.




O ato de ser um grande bate-papo comunitário sem ter algum grupo específico à frente da organização para usá-lo como debate negativo em relação ao Governo estadual. O seu poder devastador poderá ser ainda maior na popularidade do chefe do executivo, exatamente por esse estilo informal de protesto despolitizado de ideias, mas político em questão da indignação do cidadão- eleitor sobre o caso do preço dos serviços prestados ao cerimonial do Palácio da Abolição. Pois contra fatos não há argumentos e a indignação mesmo expressa de forma bem humorada é legitima.




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